quinta-feira, 4 de abril de 2013

Respeitar é Ser humano...

A vivência e a convivência entre pessoas são difíceis. As dificuldades somente se alargaram, mormente, nas novas sociedades-cibernéticas-digitais, ou coisa do tipo. As comunidades, os fóruns de discussões – e aqui não há referência apenas aos “fêices”, claro – têm provocado verdadeiras guerras coloquiais no mundo da internet.

É incrível o poder que essas novas mídias e suas facilidades têm em disseminar a informação, ou apenas informes. Isso há muito não é novidade. Mas, da mesma forma que recebemos tais mudanças com naturalidade e despretensão, também tendemos a aprofundar discussões que muitas vezes toma um direcionamento indesejado ou mesmo proposital.

A opinião contrária àquilo que se crer e se defende é inadmissível, e muitas vezes para defendermos uma tese usamos de artifícios que talvez nem acreditamos, mas eles são necessários para nos fazer “vencedores” e difusores de "uma verdade”. A nossa verdade subjetiva. E nesse aspecto alguns valores são menosprezados e, posteriormente, até esquecidos.

Não é plausível, em hipótese alguma, querermos dominar o próximo, mesmo usando artifícios de religiosidade para angariar adeptos a fazer barulho; talvez por essa vertente ainda seja mais macabra tal prática. Da mesma forma, aqueles que se sentem ofendidos equivocam-se ao responder no mesmo tom de voz, se dizendo minoria.

É bem explícito que em ambos os lados há aqueles que apenas pretendem os holofotes e para si; ganhar publicidade, ainda que sensacionalista e hipócrita.

O sentimento de desrespeito, por assim dizer, é um sentir que dilacera quem o sofre e em contrapartida, ao carrasco, enche o ego equivocado.

A falta de respeito promove a discórdia que alimenta o aparecimento de elos e mais elos, formando uma corrente quase indefensável. Então, atrelada a falta de respeito pelo próximo vem a intolerância, que gera atritos, que promove a discórdia, que instiga o revide, que gera a agressão, que transborda em sangue, que provoca o pranto, que destrói famílias...

Não valorizar o respeito sob quaisquer circunstâncias é alimentar, mais e mais essa difusão soberba de que o pensamento do “eu” é majoritário; é o certo. É leviano usar o conhecimento e a capacidade de eloquência para seduzir ou alienar pessoas que não se dão ao trabalho de interpretar sua realidade por si mesmas. Muitas vezes por inanição cognitiva proposital, em outros casos por deficiência na educação.

Por que haveríamos de pensar com igualdade de visão, ou discernimento daquilo que nos cerca? Por que haveríamos de sentir os mesmos prazeres, de gostar das mesmas cores e comidas? Partilhar das mesmas crenças?... Parar e pensar mesmo que por instantes, que são as diferenças que fazem do mundo o mundo, já seria o suficiente para romper um elo que fosse daquela famigerada corrente de pensamentos malévolos que nos emaranham num ambiente intolerante.

Certamente não é esse mundo do perverso que queremos. E se o “eu” não pretende um mundo perverso, por que construí-lo para quem está logo ali ao lado?

Certo é que, contribuindo para a materialização de uma sociedade com elos espinhosos, acreditem, um dia os espinhos traspassarão os pés, indistintamente, pois cada um, sendo o que é faz parte desse todo que um certo dia denominaram sociedade.

O Carbono que compõe o oprimido é o mesmo que dá vida ao opressor. Mas disso, poucos lembram.

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