domingo, 27 de julho de 2014

Miss (Universo) Brasil – ensaios de uma nova face.

Em minhas andanças net adentro, tenho visto e revisto muitos vídeos de concursos anteriores aqui da nossa querida e idolatrada terrinha. Descontando (as vezes) uma resolução imperfeita e aqueles quilos a mais que a lenda prega que temos em vídeo, ainda assim, nossas candidatas são ENORMES. As candidatas, e por tabela, as misses eleitas. São bundas grandes e farfalhantes; braços redondos; rostos flácidos; coxas exageradamente grossas e uma passarela medíocre.

Exemplos de um passado próximo temos: 2008 – os jurados conseguiram elevar ao Top5 apenas uma candidata de fato relevante, mas a esqueceram na terceira colocação; em 2009, ficamos sem opções no Top5 e em 2010 a única que alcançou o Top5 e poderia apresentar competência fora esquecida em 2º lugar.

Felizmente esse efeito está se dissolvendo, em viés de fossilização.

Não é minha intenção (longe disso) denegrir qualquer candidata tupiniquim, em qualquer época, seja no passado ou no presente. Tenho refletido nesse sentido, por observar n'algumas eleitas nos últimos anos, especialmente neste ano (misses estaduais), um book de candidatas com anatomia, FELIZMENTE, diferente, ou melhor, mais adequada aos certames internacionais. Certames estes que há muito tempo não almejam mulheres adiposas. Isso todos os observadores de concursos já perceberam e no Brasil, para alguns, miss-magra é tabu. Ou alguém já esqueceu da trágica preparação que recebeu o bela miss Pará 2009? Eu jamais esquecerei.

Miss Brasil 2013 - a miss e a modelo
Penso que de tanto gritarmos aos quatro ventos e diante das reiteradas derrotas, as praças subalternas, capitaneadas pela Band/Enter começaram a perceber que cevar, engordar as modelos para ser miss Brasil, será apenas para ser miss no Brasil, rasa e desprovida da capacidade de competir. A realidade tupiniquim agora é outra. Nos três últimos anos esse cenário mudou drasticamente e finalmente pudemos comemorar misses brasileiras sob o crivo da competência.

Em 2013 ainda tivemos vários estados elegendo misses visivelmente incapazes de competir internacionalmente, a grande maioria por apresentarem-se acima (e muito acima) do peso adequado. Muitos criticam a “ditadura das medidas perfeitas”, no entanto no mercado da beleza, não diferente dos outros mercados, existem regras que devem ser cumpridas. Quem se submete a elas entra no jogo e dele usufrui; quem não concorda tem como prerrogativa ficar na tangente, mas ao entrar mesmo não concordando, deve ter a consciência a dançar conforme a música.

Os concursos de beleza não devem ser avaliados apenas sob o ângulo da paz mundial e de projetos sociais. A paz mundial já caiu por terra há muito tempo, embora não devamos abandonar essa ideia e os projetos sociais são a essência dos certames. Havemos de atentar para a necessidade da adesão de outros elementos que agregaram esses tidos como principais. O mundo da moda, o glamour dos desfiles entrou no âmbito do mundo dos concursos de forma gradativa e definitiva. Hoje não é mais possível se eleger uma miss que apenas seja miss; é imprescindível que se eleja uma mulher que tenha todos os atributos em uma só pessoa. Os atributos das misses – doçura, paz mundial, projetos sociais, embaixatriz da beleza e eloquência latente – alinhados aos atributos das modelos – ousadia, elegância, altura adequada, passarela agressiva e firme e corpo relativamente magro e dinâmico.

Aquele que encontrar essa mulher terá a miss perfeita e capaz de competir – terá uma miss-modelo. A senhorita-dinâmica, que encontra liberdade de ação em qualquer ambiente quando acionada pela sua Diretoria de Apoio.

Por esse caminho os concursos de miss no Brasil devem palmilhar. Dinâmicos, leves, em renovação constante; os tempos são outros. Cada época tem seu viés de saudosismo. Lá no futuro este presente também será nostálgico e nem por isso será mantido a ferro e fogo. Com o passar dos anos os processos sofrem mudanças, sociedades se reajustam, os valores serão os mesmos, talvez vistos por outros ângulos. Que o passado fique na lembrança e o presente seja trabalhado com inteligência para acompanhar o processo evolutivo constante e necessário.

terça-feira, 22 de julho de 2014

Concursos de beleza: mundo de estilos, pompa, egos, quedas e tropeços…

Há um dito popular que diz: “tudo o que aqui se faz aqui também se paga”. É uma afirmação forte e muitas vezes carregada de rancor. Não sigamos tal conotação ao pé da letra nesta ocasião. Contudo, não deixa de ser o prenúncio de uma doce vingança.

Expliquemos. Aqueles que laboram e/ou se locomovem nos labirintos do mundo-paralelo1 estão cientes que nossas candidatas muitas vezes são alvos de muitas críticas ou insultadas das mais diferentes formas. Algumas partem de nós mesmos, os compatriotas; outras, e a grande maioria, dos admiradores dos concursos de belezas mundo a fora. Em alguns casos críticas pesadas e merecidas, noutros, nem tanto.

Quem não se lembra da enxurrada de pancada verbal à miss Brasil 2009, especialmente quando da entrevista nas apresentações preliminares e classificatórias ao título de Miss Universo daquele mesmo ano? Aos esquecidos, nossa bela miss Brasil – Larissa Costa – equivocadamente tentou responder, em inglês, quando questionada. Foi um desastre coloquial que entrou para a história dos micos-da-beleza, o que também rendeu apenas a mera figuração da brasileira no evento. Claramente fora instruída a mostrar-se esforçada mesmo desprovida de qualquer domínio do idioma estrangeiro e caiu ruidosamente por terra. Um tiro no pé. As críticas e as chacotas perduram até hoje quando revemos o vídeo embaraçante.

Os admiradores hispanoamericanos, em especial, esbaldaram-se e já em 2010, na eleição da miss Brasil, veio ao evento ninguém menos que a miss Universo 2009, venezuelana de 18 anos que havia presenciado o fracasso da candidata brasileira nas Bahamas.

Sabedora do desastre do inglês-tupiniquim, ao ser entrevistada após a eleição da miss Brasil 2010, a miss Universo 2009 julgou-se satisfeita com o resultado e soltou algo como: “a nova miss Brasil é linda, alta e fala inglês”. Uma singela alfinetada na colega sucedida e ex-concorrente direta no Miss Universo.

Os meses se arrastaram e chegamos ao Miss Universo 2010. Lá estava nossa miss Brasil alta, linda, falando inglês e, pasmem, gorda e insegura. Novamente éramos o foco das atenções; atenções negativas, é bem verdade. Outro prato cheio aos críticos, especialmente mexicanos que cantarolavam, uma vez que a sua, até então, candidata era fortíssima e viria a sagrar-se vencedora.

Já no outro polo do radicalismo-miss’ológico, a Venezuela prostrara-se sem grandes ataques. Nada mais coerente, considerando a sua candidata visivelmente fraca. Ainda assim, a brasileira ficava atrás das concorrentes dado o aspecto físico desfavorável.

Mas, como dissemos, “tudo o que aqui se faz, aqui também se paga” – a vingança, por assim dizer, viria sorrateiramente nos braços da razão. Primeiro pagaria a conta, a Venezuela. Três anos depois do desastre-coloquial do inglês da brasileira, 2012 consagraria uma venezuelana como a detentora da contestação mais bizarra do mundo-paralelo em todos os tempos e dificilmente será superada. A entrevista da miss Brasil 2009 na preliminar do MU2009 tornou-se em mera informalidade se confrontado com o que fez a miss Venezuela – Irene Esser no miss Universo 2012. Selecionada ao Top5, quando questionada contestou em idioma que seria o Inglês, mas não formulou uma única frase, em qualquer linguagem conhecida pelo homem moderno.

Voltando ao norte da América encontramos os mexicanos. Também faziam coro ao criticar as gordurinhas a mais da miss Brasil 2010 e em 2013 - exatos três anos, como no caso anterior (não diferente dos venezuelanos em 2012), padeceram embebidos ao sabor do próprio veneno. Não bastasse a venezuelana ter levado o título (mesmo não respondendo ao que fora indagada na entrevista final), a candidata mexicana fracassou em Moscou, Rússia, sob todas as honras e críticas que somente as gordurinhas, as mesmas que reprovaram a miss Brasil 2010, em Las Vegas, são capazes de oferecer.

Ironia do destino? Que nada. Assim é a vida. E zeramos as diferenças.

Ao ressuscitarmos esses pequenos detalhes percebemos com clareza o quão sábio são os pensadores-informais. Eles nos ensinam que em nenhum aspecto somos absolutos. A existência é regada a altos e baixos e criticar, deve sim, fazer parte do pensamento livre, mas precisamos ter a consciência de que amanhã poderemos ser os alvos das mesmas críticas que fazíamos. Ou dos mesmos pecados: da gula e da ignorância, este não necessariamente capital, mas oriundo deles.

Não somos nada além de pessoas… muitos dirão que é muita coisa. Eu penso que é apenas o necessário.
1. mundo dos concursos de beleza.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Depois da Copa da FIFA vem as eleições – fiquemos mais atentos.


Após o descarrego de emoções durante a Copa do Mundo da FIFA, pouco a pouco, voltamos à realidade. Realidade essa por momentos esquecida ou ignorada. Voltamos ao mundo dos esgotos a céu aberto, da insegurança; ao descaso no atendimento em repartições publicas, em especial nos hospitais-sucatas, anti-padrão-FIFA; voltamos ao mundo dos políticos corruptos, das atrocidades patrocinadas pelas mais torpes mentes; voltamos a ver o Campeonato Brasileiro com seus estádios (agora arenas) fora do padrão-FIFA, ou seja, despadronizados e esburacados; e um dos pontos mais bizarros: voltamos à poluição visual das vias públicas repletas de cartazes e faixas de políticos fichas-sujas em campanha eleitoral.

Há uma lei que proíbe lixo politiqueiro em ambientes públicos fora dos horários e ambientes destinados para tal – alguém dirá. É Verdade. A lei 9.504/97 virou coro em decisões no judiciário condenando a famigerada propaganda perniciosa, mas como bem notamos, ainda há aqueles meliantes que a ignoram. Ora, se até os fichas-sujas passam pelo crivo de idoneidade da justiça eleitoral e recebem a chancela para continuar a nos roubar, a propaganda-lixo torna-se em mero detalhe.

Como foram eles, os dignos representantes, que finalizaram o texto legal, (são eles que finalizam e votam) em apenas uma leve leitura do Art. 37 dessa lei podemos notar a carga extrapoladora de subjetividade. Ali, as frases, as palavras foram dispostas para, exatamente propiciar uma gama infinita de interpretações, as quais, dada a sobrecarga e morosidade da justiça brasileira sofrerão mutações até que se chegue a um entendimento definitivo – dez, vinte, cinquenta anos depois (quem sabe nunca). Enquanto isso, conscientes da obtusidade da justiça, os dignos políticos candidatos, ou não, continuam a promover suas propagandas tão pútridas o quanto são suas práticas espúrias no submundo do poder.

Há horário no Rádio e na TV - pago pelo cidadão.
O caminho ainda é cada um buscar difundir uma ideia mais “globalizada” de enfrentamento às oligarquias políticas. É humanamente impossível extirparmos as mazelas da política dos corruptos, mas cabe a cada um, a cada eleição, cortar alguns elos que propiciam a oxigenação ao desrespeito à sociedade e à rés pública. Em todos os ciclos ou mandatos, a corrente poderá sofrer reparos, para o bem e para o mal, e a nós, enquanto detentores do poder do voto, temos a prerrogativa de quebrá-la se os reparos mostram-se perniciosos.

Não temos grandes escolhas, é bem verdade… mas temos escolha. E esse poder advindo da prática democrática é uma das maiores forças das quais dispomos. A Democracia com todas as suas lacunas ainda materializa uma das nossas maiores vitórias enquanto Nação livre. É uma dádiva, da qual não podemos abrir mão, jamais.

Estejamos conscientes dos percalços e virtudes e a partir de agora, com a calmaria pós-Copa, passamos agir como estrategistas a observar as nuances dos candidatos a mandatos eletivos que, em cascatas, se apresentarão a cada um de nós. Deve haver algum (ou alguns) que fuja do justo estereótipo do corrupto padrão-FIFA. Cabe a cada um de nós encontrá-lo(s).

domingo, 20 de julho de 2014

MUB/14 - Miss (Universo) Brasil 2014 - AMAPÁ

Priscila Winny - miss (Universo) Amapá 2014.
Outra candidata com potencial.
Parabéns!

MUB/14 - Miss (Universo) Brasil 2014 - BAHIA

Anne Lima - Miss (Universo) Bahia 2014
Outra belíssima candidata ao título de miss Brasil 2014.

Parabéns!

domingo, 6 de julho de 2014

O que é e quando começa a preparação de uma miss?...

O que é preparar uma miss (ou seria uma miss-preparada)? As respostas a esse tipo de indagação são tão ramificadas o quanto são as vasos sanguíneos do corpo. Um exagero, alguém dirá. Mas, se propuséssemos o registro de cada resposta, certamente o arquivo de opiniões distintas seria gigantesco.

No mundo-paralelo1 há aquelas teorias mais difundidas, mais latentes e compartilhadas. Para alguns, a preparação de uma mulher-miss se resume a cirurgias plásticas, principalmente na face, cuja finalidade seria adequar um rosto em harmonia aos padrões atuais de beleza. Mas, quais seriam esses padrões? Como se percebe uma interrogação leva a outra e a outra, até o infinito. Não há um padrão definido, até porque estamos a falar de beleza e toda a sua carga de subjetividade. Logo, são padrões e não padrão, objetivo, absoluto.

Em segundo plano aparece a preparação que envolve a estética do corpo e educação alimentar. Não é raro ouvirmos de candidatas a títulos dos mais diversos, frases: “agora é focar na alimentação adequada e muita malhação”… O que antes se resumia a “pregar a paz mundial” e “miss tem que ser um conjunto” – nos últimos anos vem ganhando discurso diferente e não menos decorado.

Enquanto a grande maioria acredita que uma preparação se resume a essas poucas premissas, outros poucos, já perceberam que o universo do aprendizado é ilimitado. Passa por essas vertentes, mas não se resumem a elas.

Correções estéticas-faciais-cirúrgicas, nunca foram nem deveriam ser consideradas preparação de uma candidata que almeja um título máximo de beleza. São complementos que poderão ser bons ou ruins, a depender do resultado. Nenhuma miss, jamais ganhou qualquer título apenas pela força da beleza da face, fosse ela natural ou cirurgicamente construída. Não é por outra razão que ano após anos criticamos resultados por acreditarmos ser a eleita “feia” ou não tão bonita o quanto aquelas que foram preteridas. Isso deixa claro que a preparação de determinada vencedora não se resume (resumiu) a realizar procedimentos cirúrgicos em busca da perfeição. A atual miss Universo, Gabriela Isler, é o exemplo mais notório à ratificar essa afirmativa.

As misses competitivas são aquelas que apresentam diferencial em seu arcabouço de aspirante que vai desde um corpo adequadamente cuidado e modelado para uma passarela, até a demonstração de maturidade, segurança e capacidade de comunicação desprovida de clichês decorados. Naturalidade e espontaneidade também são adquiridas com treinamento intenso. Ao abraçar um propósito é necessário que a candidata esteja disposta a fazê-lo com zelo, afinco e muita seriedade e isso depende de tempo, muito tempo de treinamento e, claro, motivos pessoais.

É possível então excluirmos do conceito de preparação de uma miss as cirurgias estéticas, educação alimentar e malhação? Não, não é prudente. Tais ações não podem ser consideradas preparação, mas são requisitos necessários para se chegar a ela em sua plenitude.

De nada adianta uma jovem se apresentar em grau altíssimo de instrução, comunicativa e cheia de vontade, se o aspecto do corpo não condiz com aquilo que se busca numa miss-modelo. Com isso buscamos uma resposta moderada, de tal forma que possamos englobar todas essas nuances num conceito mais abrangente, que nos conduza a um direcionamento desprovido daqueles absolutos a determinado quesito.

A preparação adequada seria aquela que dispusesse de tempo suficiente para o levantamento e discussão dos quesitos necessários de reparos; treinamento direcionado a apresentação de palco e passarela; envolvimento com a mídia e participação ativa em eventos sociais e de moda.

Mas… isso é tudo?

Respondemos: não, não é tudo. São apenas alguns pontos nevrálgicos que devem ser atacados com intensidade, para assim, começarmos a nos ambientar naquele emaranhado de ideias do que viria a ser a tal preparação. Para isso, reafirmamos, é necessário tempo, muito tempo e engajamento. E nenhuma Organização fará isso (a não ser na Venezuela), mas cabe à cada aspirante começar a materializá-la no momento em que lhes passar pela cabeça adentrar a esse mundo para ser vencedora e não coadjuvante.

O tempo de “reinado” de uma miss é de um ano. Mas, o tempo de preparação é de uma vida inteira. Não há porque buscar a preparação em última hora, uma vez que os ganhos serão pessoais e ficarão quando todo aquele glamour passar.

Por fim, a vida, o empenho próprio nos prepara. As organizações, sejam elas estaduais ou nacionais, apenas darão suporte e aperfeiçoamento – o que é muito diferente e bem mais simples de se fazer – mas, ainda assim requer TEMPO.

sexta-feira, 4 de julho de 2014