quarta-feira, 31 de julho de 2013

Por que a Band parece temer o sucesso do Miss Universo Brasil?

Não raras vezes surpreendo-me a indagar o que tanto temem os “donatários” em popularizar os concursos de miss no Brasil. Na verdade há uma conta que não fecha com exatidão: tem-se um canal de televisão que empresta sua marca e prestígio a um propósito pelo qual não demonstra interesse, ou mesmo apreço. Forças controvertidas que aparecem em eterna colisão (estranho, não?), ou seja, de um lado, há a disposição em manter o evento, do outro, uma energia já letárgica parece anular as reações que visam uma evolução mínima.

Conjecturamos os movimentos à distância e formamos nossas opiniões sob a égide da subjetividade natural. Obviamente, não estamos aptos a afirmar com propriedade o que ocorre. Todavia, o fato de não termos a veracidade absoluta, não anula nossa aptidão em percebermos aquilo que de fato é: existe uma força-oculta a retrair o dinamismo e a "fórmula" do sucesso do Miss Brasil – especialmente o Universo.

Não é de bom alvitre esquecermos que a partir de 2012 houve tímidas mudanças. Nessa mesma linha, não neguemos que somente aqueles que tem laços e interesses muito próximos aos concursos sabem que eles existem. Apesar do esforço – nada retumbante – dos atuais organizadores, pouco fora feito em prol do certame ou se aconteceram mudanças significativas, ainda não estão passíveis de percepção.

Logo do miss Universo Brasil - mudança
Temos dito e reiterado que mudanças, reestruturações são dispendiosas e difíceis de serem implementadas, ademais, ficam notórias quando tratamos de ações com proporções amazônicas – é o caso. Nesse aspecto, o esforço da Band/Enter há de ser mensurado a um viés confiável.

Na edição do Miss Universo Brasil 2012 a emissora demonstrou pré-disposição em implementar mudanças cruciais:

1. expurgou (de certa maneira) o amadorismo da apresentação final. Durante anos a fio, o brasileiro admirador do evento padeceu diante de uma condução pífia e de gosto duvidoso;
2. descentralizou a realização do evento, abrindo outras frentes para uma publicidade maior fora de São Paulo. O Miss Brasil Itinerante tornou-se real e palpável;
3. realizou um evento decente com créditos o suficientes para não deixar margens para se contestar a lisura da eleição.

Mas, ainda persistem muitos entraves:

1. ausência de um calendário a ser seguido;
2. indefinição de quem comanda de fato as eleições estaduais;
3. eleições demasiadamente tardia e ausência de metas claras a serem cumpridas;
4. sigilo exacerbado de ações que deveriam ser públicas até para viabilizar mais adeptos ao concurso;
5. precariedade na divulgação dos eventos nos estados. Idem o nacional;
6. coordenações disformes, ou seja, cada Estado elege sua representante, confecciona faixa e coroa distintas, ao bel prazer, como se fossem competir em um certame distinto; e
7. falhas e pequenas falhas ao infinito...

Desse modo, nós, os leigos, continuamos a vagar no túnel escuro da miss’ologia brasileira: como entender a Band que detém os direitos sobre um evento tão nobre e pouco faz para divulgá-lo ao grande público? O que o torna tão ruinoso ao ponto de não fazer parte da grade da emissora?

Continuamos na dúvida até que “eles” resolvam revelar os segredos – que talvez nem sejam tão escabrosos assim.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

MUB/13 - os presságios do miss Distrito Federal

À exemplo do ocorrido no MDF/2012*, em 2013, novamente se frisou a possibilidade e permanência de um Miss Brasil itinerante – aplausos à Band/Enter.

Lá atrás (Jun2012), questionado, o interlocutor representante à época, respondeu que tal decisão não partiria dele e que acreditava ser a iniciativa, uma forma de envolver mais Estados e pessoas nos eventos anuais – aplausos ao interlocutor à época; este ano, provocada, a senhora-enter afirmou que a itinerância estará mantida com a realização do evento em Belo Horizonte, o que nos leva a inferir que em 2014 teremos uma sede diferente, num estado qualquer dessa Gigante Nação – aplausos a Band/Enter (e à senhora-em-questão).

Outro ponto importante que deve ser pautado: o MDF mudou de sede em 2013. Antes realizado em um auditório menor – Teatro Pedro Calmon – em 2013 tivemos como palco o belo Centro de Convenções, no coração da cidade, o qual teria palco suficientemente amplo para receber o evento principal – o MUB/2014**, em tese.

Centro de Convenções Ulysses Guimarães - Brasília DF
Estariam as Band/Enter, avaliando as condições de infraestrutura para realmente manter o sistema itinerante em 2014? Esperamos que sim, ainda que a Capital Federal não seja a sede imediata. Essa corrida de eventos pelo Brasil é um sonho acalentado por muitos que admiram tais celebrações e almejam sua revitalização continuada.

Vale lembrar que logo após o anúncio do engajamento da Band através da Enter, debatemos nos fóruns-direcionados a possibilidade de se implementar tal dinamismo. Coincidência ou não, 2012 já se apresentou com um evento incrivelmente superior aos demais e anos anteriores – o memorável evento-das-mascaradas, realizado em Fortaleza.

Hoje temos que Belo Horizonte sediará o tardio e atrasadaço MUB/13, mas essa insubmissão a um calendário justo, nem de longe mitigará a beleza do evento, nem a sensação de vitória dos seguidores, por vê-lo, ainda, fora do eixo-dominante. Isso não quer dizer que não deva voltar, todavia, ainda temos 23 potenciais centros à espera de sondagem para cidades-sedes.

Quão bom seria se tivéssemos cidades-candidatas para a escolha da vencedora como se faz nos esportes de ponta! Quão bom seria se a sede do ano vindouro fosse anunciada e aplaudida já no encerramento do evento-presente!

Tudo isso (e muito mais) são apenas anseios daqueles que primam pelo belo e pelo mínimo justo e organizado; que ainda acalentam um resquício de esperança a cada sinal de acerto; que prezam pela tempestividade ainda que esta pareça ser a perversa-besta, a quimera na percepção e encalço dos donatários; que buscam vislumbrar uma tecla-Enter funcional e que, mesmo necessitando de reparos, tenham a humildade em admitir eventuais erros e em ouvir as vozes que gritam em coro a favor do sucesso e da pontualidade.

O conserto é possível e necessário – basta buscar técnicos capacitados e engajados para o feito.

Que Belo Horizonte nos traga bons frutos, tal como nos trouxe Fortaleza!... Dessa vez, sem máscaras.
* Miss Distrito Federal
** Miss Universo Brasil

domingo, 28 de julho de 2013

MUB/13 - Miss Distrito Federal

Parabéns ao Distrito Federal que mantém a tradição de uma eleição coerente. A vencedora é belíssima... Já a tempestividade, infelizmente não existe. A modelo é "crua".

Miss Nota Dez;
Empenho e aperfeiçoamento - Nota ZERO.
Boa sorte Nathalia Costa e DF - é só o que podemos desejar!

terça-feira, 9 de julho de 2013

Quando o paradigma fala mais alto...



Paradigmas. O mundo está repleto deles. Há paradigma para tudo: vestir “shortão” folgado, virar a aba do boné para trás, ouvir rap e andar de skate... é maconheiro; usar terno e gravata ou se é “doutor”, pastor evangélico ou político; rosa é cor “de mulher” e azul é “de homem”; miss tem que ser gordinha e com curvas, e modelo magérrima; concurso de miss é “coisa de viado”; MMA/UFC e futebol, “coisa de homem-macho”.

Na verdade, “paradigma” vem a ser nada além de um termo sofisticado utilizado para definir preconceito. A linha que separa ambos é tão tênue que não raras vezes se misturam. Casos mais cotidianos – preconceito; situações mais consolidadas – paradigma.

Quem não conhece a experiência com os macaquinhos que eram "duchados" todas as vezes que um deles subia uma tal escada para pegar uma banana, e que por isso os demais passaram a bater naquele que insistia no feito? A real: eles associaram o banho involuntário ao fato de um deles roubar a banana. Tempo depois, eles não foram mais "duchados", nem o teimoso foi às bananas, mas continuou a apanhar, pois os companheiros haviam se acostumado a batê-lo e não viam motivo para suspender as surras.

Isso seria paradigma. Cujas ações provêm da letargia cega, do apreço em demasia pelo velho-modelo – alienação voluntária; ou ainda fruto da ignorância, do desconhecimento do mínimo necessário, onde a rotina prevalece ainda que mudanças rondem em ebulição – alienação involuntária.

No mundo-paralelo percebemos com clareza que algumas mentes buscam a manutenção do “tradicional’, em sentido extremo. – Miss não é modelo, dizem. Desde os primórdios foi assim... porque hoje haveria de ser diferente? Não precisa ser. Há quase 50 anos não ganhamos um título internacional... mas isso é porque não compramos os títulos – e se contradizem – e ainda temos as mulheres mais lindas do mundo.

E por aí trilha um mundo de falácias.

Estariam acostumados? Tal como os macaquinhos, agem estes sob o jugo da mesmice, do repetitivo, para não destoar daquilo que fora feito ontem.

Ocorre que o tempo evoluiu, aliás, evolui. Não é porque a maioria usa o volante do carro do lado esquerdo que a vontade daqueles que querem ter um do lado direito será anulada, ou menos correta. Não é menos verdade dizer que: não é por que os concursos do passado elegeram suas representantes curvilíneas ao excesso, que as de hoje devam engordar para cumprir os preceitos de um passado distante.

Miss Mundo Brasil 2012
Quem deu-se (ou dar-se) ao trabalho de ver os arquivos desses certames há de perceber que as mudanças têm sido substanciais. Tanto no formato (exceto MW) quanto no perfil das candidatas. E as mais latentes de todas transparecem no miss Universo, que ainda é o mais conceituado.

O saudosismo é positivo. Para mantê-lo vivo, têm-se os registros, quer seja em fotografias, quer seja em vídeos em branco e preto com listras cortando a tela. Isso é gostoso de ver; a alguns, de relembrar. Daí, querermos conservar o pretérito nas ações do presente e futuro é de um descompasso e egoísmo não passíveis de mensuração.

Quando almejamos algo pelas vias tórridas do radicalismo, o flerte com a intolerância diante do pensamento oposto é latente; pulsa como um órgão terminal ensandecido pelo delírio do objetivo próprio e não aceita a proposta de cura por considerá-la, erroneamente, veneno.

O equilíbrio e a sobriedade são sempre bem-vindas. Não menos importante é a constatação de modelos virem exatamente como elas são, contribuir para uma “revolução” definitiva no mundo-paralelo. Neste caso, temos vários fatores que justificam a evolução interna dos certames com a adesão das modelos:

Primeiro, porque o conceito de miss há muito já ultrapassou otchauzinho” e a “paz mundial”. Depois a maioria dos orientadores que já levantaram da hibernação e lavaram o rosto, estão buscando suas pupilas em agências de modelos;

O miss Universo, não obstante as causas sociais que apoia, tem escolhido reiteradamente moças com potencial para encarar passarela de moda; até o miss World, retrógrado como é a realeza britânica, tem primado por desfiles voltados ao desempenho-modelar;

- uma miss não tem que defender apenas os interesses difusos das comunidades, e sim ser produtiva em outras frentes, como angariar patrocínio pela imagem, estar apta a cumprir os contratos firmados pelo seu empregador, inclusive desfiles como modelo de passarela; deve (ou deveria) encarar o trabalho como qualquer outro. Devemos crer que as organizações invistam dinheiro; patrocinador investe dinheiro – e não se trata de uma entidade filantrópica ou religiosa. Onde há despesas tem que haver receitas, em contrapartida. Do contrário, o fracasso é o alvo mais atraente;

- ao contrário do que muitos imaginam, os certames estão cada vez mais embrenhados a ganhos com parcerias e contratos publicitários. É um negócio... e negócio que não dá lucro é negócio falido. Ou na melhor das hipóteses, “eikeistas”.

Miss Universo Brasil 2012
- quão gratificante e expositivo foi ver a miss Brasil 2012 figurar no São Paulo Fashion Week 2012! Certamente uma moça acima do peso ideal, jamais alcançaria semelhante patamar. Não por está acima do peso, mas por não atender ao novo paradigma que recai sobre uma miss.

Mudar paradigmas talvez não seja o caso, até porque são paradigmas. O menos impactante seria nos educarmos para uma adequação dos velhos valores com os valores modernos. São “mundos” distintos mais nem por isso devem ser dicotômicos ou inimigos do bom senso e do justo.

O que buscamos é algo que nos traga frutos. E estes para serem sadios não precisam vir regados a vitórias consecutivas; basta ser coerentes, adequados e certeiros, como foram nossas misses Universo Brasil 2012 e Brasil World 2012.

Pode-se até não concordar; o que não é plausível é ignorar ou não admitir que os tempos são outros. E quem não os acompanha, virará pó (em vida), em bom português, cairá no vão abissal do esquecimento.

A grande diferença entre uma miss e uma modelo tradicional é que a miss, além de ser modelo, precisa ser verdadeiramente culta.

sábado, 6 de julho de 2013

MUB/13 – PE - Impressões Preliminares sobre as Candidatas – IPC/2013 – PERNAMBUCO



Evento: 18/07/2013
O time pernambucano tomou forma no portal da Band. Somente por fotos fica difícil uma avaliação mais justa. Outro ponto negativo é a ausência de vídeos, os quais deveriam ser obrigatórios no ato da inscrição.

Pelo pouco que nos é/foi apresentado, eis o resultado preliminar extra-oficial:
CIDADE
CANDIDATA
NOTA
CONSIDERAÇÕES
São José
Étila
5,00
(MM)
Recife
Helena
5,00
MISS PERNAMBUCO 2013 (MT)
Caruaru
Andressa
4,70
(MT)
Macaparana
Daniele
4,50
(MT)
G. Freire
Andrielle
4,00
Nihil
Afogados
Tainara
4,00
Nihil
Olinda
Mônica
3,70
Nihil
B. Regional
Gabriele
3,50
Nihil
Caprina
Gabriela
3,50
Nihil
MM = Miss-Modelo; MT = Miss-Tradicional; MUB = Miss Universe Brasil

Desconsiderou-se as candidatas que perceberam notas inferiores a 3,50 (três e meio). TRATA-SE DE MERA PERCEPÇÃO AO ASPECTO FOTOGRÁFICO DAS CANDIDATAS.
Sorte à todas as aspirantes!!
CONFIRA na fonte: www.band.com.br/miss e demais navegáveis na Internet.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

MUB/13 - entre uma miss bela, uma inteligente e uma modelo - dê preferência às 3 em 1



Quem nunca ouviu alguém dizer que no mundo há pessoas e pessoas? É, por certo, um dito corriqueiro que nem nos remete a uma análise mínima. Não até agora.

De fato, há pessoas e pessoas. Há aquelas que são reservadas e limitam-se ao mínimo social – alguns, pejorativamente, as designam de “antissociais”; há aquelas alheias a tudo e a todos; há as vingativas; as ambiciosas – tanto no âmbito sadio quanto na seara da inveja; há as desprovidas de simpatia; as rancorosas; as amáveis; as compreensivas; há ainda as belas fisicamente e torpes de personalidade; as lindas fisicamente e extravagantemente carismáticas ao sabor do acaso.

Tudo isso reflete apenas uma ínfima percepção daquilo que traduz uma pessoa.

Tais qualidades são difíceis de se mensurar literalmente, em contrapartida, fáceis de serem percebidas na concepção real dos fatos. A essência do belo é exatamente essa condição peculiar que cada um, com uma beleza distinta, transmite aos olhos de quem a vislumbra. O belo, nesse sentido, ou se é ou não se é; e uma beleza para ser plena, precisa ser apresentada com sobriedade e sabedoria.

Somos belos pela casca-física, como já nos referimos, bem como pelo poder de persuasão, não apenas vocal, mas corporal. A linguagem gestual e corporal é tão ou mais importante do que a linguagem falada. A prova disso? Não conseguimos emitir um único som sem esboçar um gesto ou uma expressão específica. Percebamos que a recíproca não é verdadeira, ou seja, a linguagem corporal não carece, necessariamente, da companhia da voz.

Miss Universo Piauí 2013
No mundo-paralelo dos palcos e da beleza, essa máxima é tão clara o quanto é o cristal mais puro. Percebe-se que os profissionais sobressalentes nem sempre serão os mais belos fisicamente e sim aqueles que conseguem dosar beleza física e atitude condizente. O miss Universo Brasil 2012 nos mostrou isso com a eleição de Gabriela Markus e agora, recentemente, pudemos saborear o mesmo sentimento com a eleição da jovem Natália Araújo – miss Universo Piauí 2013.

Por óbvio que são nuances distintas, mas com um mesmo ponto de convergência. Ambas são modelos; agora, ambas são misses; ambas carregam os mesmos traços carismáticos – inclusive a postura cênica – comportam-se com sobriedade no palco e demonstram maturidade além da idade que têm. São duas mulheres belíssimas que irradiam bons ares ao simples gesto de um olhar.

Poucos profissionais da beleza detém o controle harmônico do corpo para serpentear em um palco, quer seja como miss, quer seja como modelo; pouquíssimos conseguem passar movimento ao simples ato de fotografar. Os que tentam a qualquer custo, não transmitem a verdade mínima.

Miss Brasil 2012 - miss-modelo
Por essas e por outras que virão, é natural sentirmos o sabor adocicado do engajamento de modelos ao mundo das misses. E embora muitos, equivocadamente, façam distinções entre “os dois mundos” – de miss e de modelo - são profissões ou profissionais que se completam em algum ponto da trajetória.

Que sejam sempre bem-vindas as modelos de passarela. Uma boa miss precisa, necessariamente, ser uma boa modelo; caso não andassem juntas, as apresentações de palco e passarela não teriam nenhuma relevância nos concursos de miss.

Não esqueçamos do intelecto, todavia este não deve ocorrer à revelia das apresentações de palco e passarela. Um evento miss’ológico desprovido do desfile de belas misses-modelos seria um evento “morto”.