domingo, 28 de dezembro de 2014

MU/14 – Impressões Preliminares sobre as Candidatas – IPC-MU/14

Nossa percepção fotográfica às candidatas, faltando menos de um mês para o maior e mais belo evento de beleza da Terra – o Miss Universe 2014.

Lembramos que tudo poderá sofrer mudanças quando o certame tornar-se concreto e as candidatas começarem a ser mostradas como realmente são.

As percepções finais serão feitas e publicadas logo após a Apresentação Preliminar.

Em ordem “totalmente” aleatória apresentamos:
Kosovo – o país não enviou, por razões políticas, candidata ao MU 2013, na Rússia. Agora, nos presenteia com a participação de uma candidata dígna de um título de peso como é o (título) de Miss Universo. Belíssima plástica facial. Consideramos uma candidata com reais chances de impressionar os jurados e organização;

Filipinas – não é mais novidade a força que tem as candidatas desse país. Elas sempre são bem orientadas e embora não disponham de uma beleza arrebatadora, convencem pela solidez nas apresentações que fazem. A deste ano, particularmente é bela e embora não seja tão alta cresce muito no palco pela segurança. Acreditamos em classificação, quer seja por escolha dos jurados, quer seja por força do voto dos compatriotas. Dali para a frente ela deverá garantir a si mesma;

Portugal – pouco comentada, a portuguesa poderá ser uma das surpresas dessa edição. O país tem pouquíssimas participações em eventos dessa natureza. Caso confirme a beleza real como a apresentada em fotos, será agradável vê-la entre as semifinalistas;

França - remete à imagem de menina-pura, além de bela mulher. Por fotos passa um aspecto tímido, mas, sabendo atuar com segurança tem todos os atributos para ser percebida;

Brasil – traços fortes e simétricos fazem de seu rosto um dos mais belos desta edição. A força e altivez com que se apresenta prediz classificação em qualquer certame internacional. A passarela é forte, os movimentos simétricos e naturais faz dessa candidata uma das fortes a ser percebida;

Colômbia – uma típica concorrente colombiana. Raramente não são belas. Funciona bem sorrindo, isso implica dizer que séria não convence; passa um aspecto antipático de “patricinha” mimada. No entanto, pelo conjunto da obra deverá ser percebida. Qualquer deslize durante o evento e na apresentação preliminar será suficiente para desclassificá-la;

Polônia – uma figura encantadora. Consideramos tão interessante quanto as duas últimas classificadas daquele país no MU. Resta mostrar que é tão competitiva na real o quanto é em fotos;

Suécia – uma figura que alija o paradigma da europeia loura. Esperamos vê-la com méritos suficientes para fazer-se notar e avançar à semifinal;

Trinidad e Tobago – por fotos mostra-se uma das mais belas negras na competição. Possui traços autênticos e harmônicos o que a torna mais bela. Em fotos, perfeita. Em ação, veremos. Portanto, uma ótima aposta pré selecioná-la à semifinal;

Ucrânia – o acerto dos acertos. O tardio Miss Universo 2014 muito favoreceu esse país. Na última hora substituiu a primeira pela segunda colocada. Com isso, ganhou a organização nacional, ganhou o miss Universo e principalmente o público. É a candidata que consideramos a “mais perfeita” quando falamos de beleza plástica. Fortíssima candidata e torcemos por uma classificação preliminar para sentir seu desempenho e provável avanço;

Espanha – foge do padrão da vice 2013. Tem porte e um sorriso encantador. Caso preserve a classe de rainha com naturalidade sem exagerar no “ar celestial” poderá impressionar e, quem sabe, convencer;

Cazaquistão – impressiona a beleza dessa candidata. Apresenta traços bem típicos e, ao mesmo tempo, suaves. Isso faz ela ostentar uma beleza universal, ou seja, capaz de agradar todos os públicos. Caso demonstre firmeza e corpo em dia, será bem-vinda ao time de selecionadas;

México – a mexicana e sua “pinta” atraente seria uma atração a mais entre as semifinalistas. Embora não apresente uma plástica de encher os olhos, a postura e a naturalidade ao falar são pontos fortes que devem ser considerados. Tem presença suave e beleza simples, mas atrativa. Seria uma ótima aposta;

Índia – as fotos produzidas revelam uma bela mulher. Traços fortes e fora dos padrões-cotidianos-ocidentais. O corpo parece ser seu ponto fraco, pois ainda não sabemos como desenvolve as ideias ao falar. Pelo exotismo da beleza plástica, consideramos uma ótima opção para o time semifinalista;

Grécia – uma candidata com semelhante beleza somente fica para trás se não demonstrar comprometimento; apresentar-se muito acima do peso; expressar-se mal e desconhecer uma passarela. Imaginamos que não seja esse o caso da grega. Contamos com ela na semifinal;

Equador – a forte presença de palco é um ponto a ser considerado na equatoriana. Somado isso à vontade de vencer e expressão oral condizente, poderá lhe render classificação. O que seria bem interessante.

Sob observação minuciosa: Angola, Geórgia, Grã Bretanha, Lituânia, Sérvia e Venezuela.

É isso aí. Após a Apresentação Preliminar, muitas subirão o conceito, outras tantas cairão, quando analisarmos o desempenho real no palco do Miss Universo.

Até lá!...

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

MW – Miss World: retrocesso à vista

Há poucos dias fiquei boquiaberto com um informe, supostamente veiculado pela assessoria do Miss World. Ali se justificou o injustificável – extinguiu-se a apresentação das aspirantes ao título internacional em traje-biquíni. Um retrocesso, para dizer o mínimo.

Em um mundo onde os direitos das mulheres foram negados desde tempos imemoriais é inconcebível um discurso dessa natureza, especialmente quando falamos em concursos de beleza. Entre movimentos clandestinos e reprimidos à força, muitas vezes tendo morte como punição e publicações anônimas, bravas mulheres entregaram-se à causa mais nobre, qual seja, serem consideradas humanas e humanamente livres. Livres para pensar, para trabalhar, para protestar, para governar. Não apenas livres para viver sob jugo, fadadas em satisfazer os caprichos de seus maridos-donos. Não apenas reprodutoras, cujo corpo era visto como um vetor para a perpetuação da espécie.

A luta de grandes mulheres (e homens também) resultou em tantas mortes! No entanto, seus protestos ecoaram mundo afora e hoje podemos afirmar que os direitos humanos que eram negados às mulheres é uma realidade palpável. Obviamente, devemos considerar as diferenças culturais e costumeiras – diferenças estas, em algumas nações, ainda vetoras de desigualdade. Essa ideia de liberdade e direitos humanos estendidos às mulheres sofre, por assim dizer, mutações culturais, locais e ideológicas. Em muitos casos não são de tudo perniciosas.

Em nações livres as conquistas mostram-se mais latentes e concretas. Noutro polo, ideologias, especialmente as religiões em nome de um deus-pessoal, continuam a submetê-las a uma existência vexatória e submissa ao extremo. E ninguém gostaria de viver e permanecer num casulo se fosse capaz de conhecer o mundo como ele é e as oportunidades que ele nos proporciona. São as radicais barreiras culturais, verdadeiros paredões ideológicos que ainda aprisionam milhões de mulheres nos dias atuais. Caso sejam indagadas elas afirmarão que são felizes assim; ou por medo de reprimendas terrena ou celestial ou por ignorância da existência do mundo e de si mesmas.

E quando falamos em vetores, desde o século passado os concursos de beleza têm, de maneira explícita ou inconscientemente, valorizado o discurso e os sacrifícios das precursoras da mulher livre. A exposição dessas jovens mulheres são para muitos, uma afronta, por isso a importância de se manter uma visão moderna. Foi à partir deles (sacrifícios) que as mulheres, em muitas nações foram consideradas “sujeito de direito”, especialmente os direitos humanos.

Lembremos que uma ramificação nesse amplo emaranhado dos direitos humanos está os direitos à integridade e a autonomia dos corpos. Dos corpos, repita-se. Essa autonomia predispõe algo mais amplo, a liberdade, no Brasil um direito fundamental, constitucional e pétreo.

Os donatários do Miss World dispõem de toda liberdade para progredir ou retroceder; implementar ou enxugar sua forma avaliativa, mas, suprimir, extinguir a etapa “biquíni” do certame por considerá-la desrespeitosa ou lesiva à imagem das mulheres é um ato inconsequente, retrógrado e autoritário. Lembremos da autonomia. Novamente se está cerceando o direito das mulheres sobre o próprio corpo, corpo este que cabe a cada uma decidir se mostra ou esconde.

Ainda é perceptível uma manobra singela e esquiva para abarcar mais aspirantes, especialmente daqueles países que ainda as tratam como objeto de manejo. Nesse ângulo, o Miss World presta um desserviço à sociedade livre, quando impõe às contestantes reprimendas que ferem diretamente o direito de escolha que cada um(a) tem. O direito de escolha em sentido amplo, não se restringe apenas a decisão de participar desse ou daquele certame. Uma vez dentro temos regras a cumprir, mas estas não devem ferir a individualidade e autonomia das candidatas.

A beleza para ter propósito precisa, antes de tudo, ser livre e envolta pelo respeito. É inconcebível a ideia de que um desfile em traje de banho desqualifica ou desrespeita uma mulher. O que assim o faz é entubá-las, escondê-las em mantos, panos e capas e mantê-las como bichos-de-estimação.

Em outras palavras, o MW fere o direito das mulheres e endossa o ato, ao curvar-se à prática doentia e radical das sociedades dominadas pela truculência que ainda hoje aprisionam seus homens e, principalmente, suas mulheres dentro de si mesmos.