O que foi o Miss Universo Brasil 2014? Em primeiro lugar, um verdadeiro espetáculo, daqueles de encher os olhos do
espectador. Foi gratificante constatar
que todas as candidatas tiveram o “momento
protagonista” logo na abertura, quando
foram apresentadas individualmente. A Organização devia isso há muito
tempo. Conta paga, portanto.
O que não ficou claro foi o método utilizado pelo corpo de jurados, especialmente o
dito técnico, para classificar e desclassificar uma candidata. Sempre há quem fale do famigerado “conjunto
de miss”. Acreditamos que seria mais
interessante se eleger proposições, quesitos e prioridades em ordem e valor,
sendo o principal quesito a estética do
corpo, e, a partir de então enumerar os demais em ordem decrescente. A premissa seria: quem não tem
capacidade para domar o próprio corpo, não terá para ser a Miss Brasil.
Miss PI - Não agradou Júri |
Percebemos que embora preguem o “corpo em
forma”, este lema não foi
o considerado linearmente para todas as candidatas. Por este, necessariamente, teriam de separar as detentoras dos
melhores corpos, evitando-se assim que as
relapsas consigo mesmas fossem postas no topo da lista e não no final. Não
foi o que aconteceu: Amapá, Rio de
Janeiro e Distrito Federal mostraram-se sem condições de disputa direta e
foram classificadas por razões
humanamente impossíveis de se conceber. No outro polo, as misses Tocantins, Pernambuco e Piauí, pelos
mesmos motivos impossíveis de se mensurar foram jogadas em escanteio.
E a miss Amazonas, hen? A miss Amazonas mesmo com seu ano de
treinamento não evoluiu um milímetro
sequer no desempenho de palco. O que estava fazendo a miss Amazonas no
Top15? Provavelmente fora classificada
por fotos, como eu e muitos o fizeram. Quando
constatado seu desempenho cênico, chegamos fácil a conclusão de que foi o pior desfile da noite, especialmente
o de biquíni.
Foi claro o esforço da Band para realizar um bonito espetáculo. E conseguiu. Felizmente, pelo terceiro
ano seguido, não tivemos
lavação-de-roupa-suja no palco, nem pseudo apresentadores. Foi possível,
também percebermos, timidamente, um roteiro direcional aos apresentadores e
a louvação de Renata Fan a si mesma foi bem mais dosada. O resultado foi um
evento condizente àquilo que se esperava.
Consideramos o evento um tanto longo para uma atração dessa natureza. O que
motiva uma ação de enxugamento, a
começar pela extinção de um dos desfiles em traje-maiô. Dois
desfiles nesse traje é gritantemente desnecessário.
Muitos acertos saltaram aos olhos. E muitos erros também, em especial, como
dissemos, no sistema de classificação
preliminar. E aqui entendemos que os erros persistem ou na forma de escolha ou na escalação do time técnico para fazê-la.
Dois deles, os oficiais-fixos, já mostraram que seguem uma linha coerente e moderna, mas o a balança ainda não está
em equilíbrio. 2014 comprova isso com
seu quase todo equivocado Top14.
Contudo, apesar dos entraves ainda
latentes, o salto à
moralidade do evento proporcionado pela Band/Enter (até aqui) não encontra precedentes na história “contemporânea”
do concurso. Continuamos a crer (e torcemos) para que a cada ano esse tradicional concurso ganhe mais adeptos,
tornando-se, como finalidade maior, um
evento popular e para a família brasileira.
É um evento sadio e respeitoso. Deve primar mais e mais pela transparência
e respeito às participantes e ainda ao público; bem como pela ITINERÂNCIA tão necessária para divulgar o turismo no
País.
Enquanto público é prudente darmos votos
de confiança quando sentimos
que os reparos continuam a ocorrer. Parabéns
ao time da Band/Enter pois há sinais positivos no horizonte. Parcos, mas eles estão lá.