Há
pessoas e pessoas… quem nunca ouviu
termo semelhante em algum momento? Raramente, nos perguntamos o real
significado. A grande maioria das vezes recorremos
a essa expressão para enfatizar diferenças básicas de algo ou alguém
em relação a um semelhante. É, portanto, uma colocação carregada de
pessoalidade.
E para não fugirmos da linha “personae” convido-os a mergulhar na personalidade enquanto
podemos ser publicamente, ou melhor, na personalidade pública. Fica óbvio que não tratamos aqui do “ter”,
mas sim do “ser” essa personalidade. E
por essa linha é possível afirmarmos que são poucos aqueles detêm os predicados
necessários. Ter personalidade faz alguém tornar-se personalidade, no
entanto, o fato de tê-la não é garantia do surgimento
e manutenção de uma personalidade pública que deve ser vista, seguida,
admirada, aplaudida.
No mundo-paralelo1 brasileiro tivemos e temos casos
que refletem com perfeição aquilo que acabamos de expor. Desde Martha Rocha
(1954) até Melissa Gurgel (2014) a
oscilação entre o “ter personalidade” e o “ter e ser personalidade” manifestou-se
ano a ano.
O Miss (Universo) Brasil 2014 - MUB/14 - pode bem ser considerado, senão o melhor, um dos melhores eventos
anuais já realizados. Amparou e permitiu
que todos os Estados fossem representados o mínimo dignamente. O resultado
foi um certame altamente competitivo e organizado a contento. E no calor da capital cearense fervilharam as
personalidades distintas.
Em um evento que reúne 27 (vinte e sete)
mulheres escolhidas sob o
crivo da perfeição nem seria necessário mencionar qual poderá ser o diferencial no momento do desempate. O uso do “ter
personalidade” da mesma forma que é
benéfico pode ser um prego no sapato, porque forçado e desmedido. É
exatamente nessa hora que o gigante se
apequena e o pequenino cresce.
A capacidade de domínio do “ter
personalidade” com o “ser personalidade” tornou-se cristalino no palco do MUB/14, já nas
tomadas preliminares com as candidatas. Comprovando
que a dimensão da capacidade de ter e ser personalidade não passa necessariamente
pelo aspecto físico, Melissa Gurgel, a Miss Brasil eleita mostrou-se a maior das candidatas pré-selecionadas
à grande final. O que foi mais intrigante, ou mesmo inacreditável foi constatar a regularidade da jovem nas
apresentações.
Ao contrário do que se imagina, defender
um título “em casa” nunca
foi nem será um manjar-dos-deuses. A torcida é vibrante e a pressão é infinitamente
maior sobre a “dona da casa”. Poucos
conseguem assimilar esse turbilhão de emoções, responsabilidade e
cobranças e manter-se de pé. Poucos são aqueles que conduzem a si mesmos (as) numa constância inatingível, transbordar
segurança e carisma. Poucos são aqueles que trazem em si o “ter” e o “ser” personalidade como virtude inata.
Poucos teriam a garra e a espontaneidade apresentadas pela jovem Miss Ceará,
que talvez nem atinou, mas, a cada passo
desenhava, singelamente, letra a letra, o próprio nome nos anais da
história do Miss Universo Brasil.
Há ainda aqueles(as) que vencem por “ter”
personalidade, apenas, e após vencer, caem nas valas
do esquecimento, pela ausência do complemento principal – “ser” personalidade. Aqui,
podemos comemorar pois a Miss (Universo)
Brasil 2014 e candidata a Miss Universo agrega todas as virtudes
necessárias para firmar-se como uma Miss Brasil memorável.
Como candidata a Miss Universo as chances de sucesso são nítidas. Como Miss Brasil – já é uma personalidade
pública consolidada. Janeiro 2015 poderá
marcar sua ascensão máxima neste segmento e, ainda que não ocorra, jamais lhe será demasiado o título de Miss
Brasil 2014.
Parabéns ao Brasil e ao Ceará por nos presentear com tão graciosa
beleza!
1 mundo dos concursos de beleza.