Você sabia? |
- que os EUA já estão elegendo suas candidatas
estaduais desde metade do ano de 2013,
para a competição em 2014?
- que a Venezuela tem calendário anual fixo para a
escolha da miss Universo Venezuela e que as eleitas têm, no mínimo, um ano de preparação e aperfeiçoamento?
- que Porto Rico, quando enviou sua representante
ao miss Universo 2013, já havia coroado
a miss para 2014?
- que o México e a Colômbia seguem os mesmos trâmites em busca de formar misses competitivas?
Os três
primeiros países citados ilustram os tops
em certames de beleza. Ano após ano, suas candidatas poderão até não fazerem-se
perceber, todavia são sempre
concorrentes em potencial. Os dois últimos ensaiam metodologias de aperfeiçoamento com o nítido intuito de entrar para o
seleto grupo dos países mais temidos em certames internacionais de beleza.
Miss México 2012 - Sem Compromisso |
Dados os últimos resultados, as fórmulas mexicana e colombiana ainda não
atingiram o ápice e a excelência necessárias para tanto, mas é perceptível
que o passo inicial já fora dado, ou seja, em muitos países (nesses inclusive),
onde os concursos ainda são tradicionais,
elegem-se uma miss nacional e nunca uma mera
candidata ao miss Universo ou miss Mundo.
No Brasil,
ainda tem-se a cultura da eleição da miss-Brasil-candidata.
Não se sabe, se por falta de conhecimento, comprometimento, ou patrocínio
suficientes. Ou, simplesmente, por falta de credibilidade mesmo. É uma incógnita que somente o tempo nos
virá esclarecer... um dia.
Todos são sabedores (ou deveriam saber) que um tempo longo não é sinônimo de sucesso
se a irresponsabilidade e a falta de foco são as metas a serem
atingidas. Por outro lado, quando prioridades e consenso, aliados a um trabalho sério são perseguidos, os
resultados positivos emergem numa naturalidade tão óbvia quanto uma bola de
isopor procura o ar quando solta sob a água.
Os exemplos
– bons e ruins – são perceptíveis a olho
nu, por assim dizer. E aqui, a prática de reprodução da metodologia alheia deve ser vista sob o ângulo da
parcimônia. Cada um deve ter como
baluarte a própria realidade, pois o método pelo qual vai o raciocínio é
demasiadamente particular.
Uma equipe
bem comandada sempre age de forma coesa,
ou seja, vislumbra metas convergentes à
um mesmo ponto. Quando esse ponto não pode ser mensurado ou alvejado,
raramente o resultado será satisfatório. No mundo-paralelo brasileiro essa máxima tem sido constante há
décadas.
Não devemos
esquecer que nos dois últimos anos presenciamos leves oscilações nesse espaço-tempo-exíguo. Nossas
misses-candidatas (sim, ainda padecemos
com meras misses-candidatas), ainda sem nenhum amparo temporal têm buscado
à duras penas, honrar o nome do Brasil.
São jovens destemidas, ousadas e, incrivelmente fortes, que encaram situações
adversas tanto para realizar um sonho pessoal, como para honrar a faixa que
lhes fora confiada.
Não logramos
grandes vitórias, mas saboreamos o um doce paladar do pódio, mesmo sem tempo, mesmo sem treino, mesmo sem o apoio mínimo necessário.
Temos sim o direito de cobrar, mas nem sempre teremos o direito de exigir
dessas jovens brasileiras além daquilo que elas podem nos oferecer.
O que mais poderíamos
querer de uma jovem de 20 anos eleita miss Brasil (miss-candidata) há
parcos 18 dias antes de embarcar à competir no miss Universo? Seria justo exigirmos uma vitória máxima?
Como admitir que chegar em 5º lugar não foi um resultado glorioso?
São fatos recorrentes. E não é exagero afirmar que enquanto perdurar o modelo de eleição
vinculado à realização dos certames internacionais; enquanto não decidirmos
eleger uma miss Brasil independente para
exercer o papel de miss Brasil estaremos sempre sujeitos a demonstrar força
quando em alto mar, todavia, cansados
demais para cruzar a linha de chegada.
O resultado
é bem notório: cair por terra quando chegada a hora mais importante – em claro português – morrer na praia.
Que 2014 nos
exija uma retratação!... Mas, não sejamos imprudentes em apostar nisso.