Nesses dois
anos de Band/Enter (Gaeta?) a frente da Organização do Miss Universo
Brasil, começou a se cristalizar uma rota
a ser adotada na condução do evento e eleição da Miss Universo Brasil –
MUB. Tudo indica que a realização do certame
nacional irá permanecer condicionado à realização do Miss Universo. Não
aparenta ser uma tática sábia e adequada, contudo, não totalmente desconexa.
Não seria
adequada pelas razões que os brasileiros conhecem muito bem: as misses eleitas dispõem de pouquíssimo
tempo para assimilar a condição de miss Brasil recém-eleita e ainda preparar-se
psicologicamente, para enfrentar novo confinamento em menos de 30 (trinta) ou
40(quarenta) dias. É uma situação que pouquíssimas
pessoas estarão aptas a enfrentar, mesmo se focadas naquilo que fazem.
Quando o corpo de jurados tem a felicidade de eleger jovens com potencial consolidado
– como ocorreu em 2011, 2012 e 2013 – ainda é possível comemorar e até sonhar
com o título internacional. Mas, infelizmente, nem todos os anos são agraciados
com mentes sadias que acertam na escolha
da melhor candidata.
A
inadequação nos pune exatamente quando erramos, óbvio, uma vez que não
dispomos de tempo hábil para amenizar as fraquezas de uma miss Brasil eleita sem méritos explícitos. Caso dispuséssemos
de tempo, mínimo de seis meses, os
problemas com a miss Brasil 2010 e o fiasco no miss Universo daquele ano, certamente não
seriam tão gritantes.
Por outro lado, faz sentido a manutenção do calendário do evento nacional à
realização do miss Universo, mas, se, e
somente se, for adotado um cronograma
que regule os certames estaduais e todos estes, sob o rigor da batuta da
Organização Nacional.
Deslocando a
responsabilidade da preparação inicial da candidata aos profissionais dos
Estados, estes, necessariamente terão
que eleger sua representante com mais tempo antes do miss Brasil. Poderia,
sim, acirrar a corrida de cada ente federado em otimizar sua pupila para chegar
forte e competir de fato, ao invés de
coadjuvar, como ocorre com a maioria dos Estados, ano após ano. Desse modo,
a candidata seria eleita miss Brasil praticamente no final do “reinado”
Estadual, mais experiente, mais segura e
com fôlego à absorver as instruções pontuais de como portar-se em certame de
cunho internacional, mesmo se eleita a 18 (dezoito) dias antes de se
apresentar à concentração do miss Universo – como ocorreu em 2013.
É um
descompasso sem precedentes, se pararmos para pensar na rotina diária, em
semelhante situação. O grande trunfo em 2013, repita-se, foi o acerto na escolhida para nos representar, dada a sua experiência
em concursos de beleza, apesar de seus 20 anos de idade.
Somos críticos ferrenhos dos desmandos que ocorrem
no mundo-paralelo brasileiro. Mas
havemos de pautar pela coerência e reconhecer quando o trabalho está sendo
direcionado de maneira satisfatória. E nesses dois anos em que a marca da
Band predominou no miss Universo Brasil, muitos pontos positivos já são passíveis de aferir.
Isso nos
instiga a afirmar (embora possamos nos arrepender) que em 2012 e 2013 tivemos eventos relativamente limpos, bem realizados
e produzidos (salvo alguns deslizes dos quais já falamos) e o mais importante: a organização escolheu suas pupilas sob o
crivo da coerência, ou seja, as mais capazes, não se deixando levar pelo calor dos ânimos exaltados que pregam o
favoritismo, cegamente, à revelia da competência da candidata.
Acreditamos
que este seja o caminho. Estados antes hibernantes, já mostram sinais de
atividade para 2014. Talvez, quando aprendermos a consolidar um calendário sério, passaremos a não mais desperdiçar
moças incrivelmente cobiçadas, mas derrotadas
pela falta de preparo e tempo suficiente de aprendizado mínimo.
Que 2014 seja, ainda, mais promissor, sem esquecermos jamais, que em 2013 estamos
bem servidos de miss Brasil – quiçá de
miss Universo – com a belíssima e competente Jakelyne Oliveira.
Boa Sorte, BRASIL!!!
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