terça-feira, 31 de dezembro de 2013

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Pra não dizer que não falei das flores... (alguém disse isso... e não fui eu)

Cada pessoa tem uma história; cada história uma razão de ser. Em nome de uma razão, uma trajetória, que, necessariamente, vai desembocar numa realidade outrora almejada. Realidade essa muitas vezes desacreditada por muitos que, por imaturidade ou por ímpeto, pregam (ou pregaram) o descrédito sem razão ou sem necessidade.

É gratificante quando se vislumbra e se busca com maestria acertar um alvo, imprimindo dedicação e afinco. É grandioso quando notamos que os nossos maiores inimigos podem ser nós mesmos e mais ainda, quando descobrimos como enfrentá-los, ou enfrentá-las, se considerarmos a vilania das emoções. Tornamo-nos virtuosos quando aprendemos a criticar com parcimônia e responsabilidade; absorver críticas para aprendermos incessantemente com elas.

São nessas circunstâncias que descobrimos o quão fortes podemos ser; que somos centrados e dotados da razão; somos ricos em autoestima, em confiança; e somos maiores que os dissabores que nos acometem a todos, indistintamente.

Quando, finalmente, estamos aptos a perceber as fraquezas, virtudes e defeitos, nos descobrimos vencedores. Em algum momento haveremos de descobrir.

Então!... Se nos percebemos grandes e parcimoniosos, os outros também o perceberão, ainda que nos abstenhamos a dizer. De mesmo modo, torna-se desnecessário afirmarmos que o contrário também se aplica – ainda assim, afirmamos. Entrar numa batalha com determinação pode ser o prenúncio da vitória. Começamos a ganhar quando, logo no início, mostramo-nos vencedores.

Tudo isso pra dizer o óbvio. Somos exatamente aquilo que determinamos e lutamos para ser. Cada um de nós, faz parte do seleto grupo dos “inconstruíveis”; mas, nem todos lutam pelo aperfeiçoamento contínuo; o traçado já vem impresso desde a concepção, o “resto” é fruto do foco e da perseverança de cada um.

Diante de tantas vitórias, derrotas, críticas e da paciência que só os sábios têm, a cada ano, logramos pequenos feitos que nem sempre serão percebidos, mas, não quer dizer que não existam. Doravante, para percebermos é necessário aprendermos a sonhar.

O que seria da realidade sem o sonho?! Sonhar é muito válido, posto que dos sonhos nascem as realizações do presente.

ILUSTRAÇÃO: imaginemos uma pista ora curva, ora reta, mas, infinita. Semelhante àquelas de atletismo (mas adiante perceberá que nessa pista todos são protagonistas). Voltemos... na linha de largada, sob os olhares da plateia barulhenta há apenas dois competidores. Há plateia por toda a extensão do infinito corredor, e prontos para a largada estão dois atletas: o Sonho e a Realidade.

Ao som do estampido a torcida vai à loucura e os competidores arrancam a correr. Só que aqui uma disparidade: ou o Sonho queimou a largada ou a Realidade é que fora lenta demais. O fato é que a competição continuou e o Sonho logo sumiu da vista da Realidade. Imagine! O Sonho, apressado como ele só, e dono de si, nem se empolgou com a vibração da "galera" e continuou em alta velocidade. E a Realidade? No pique impresso, jamais alcançaria um oponente tão veloz.

Num lampejo de tempo, novos alvoroços fizeram-se ouvir. Era a plateia que se manifestava novamente, mas, desta vez, a Realidade era o foco. Gradativamente, outros personagens foram tomando forma, em constante aglomeração ao redor daquela Realidade de aparência já meio abatida pelo cansaço. Na medida em que os tais personagens iam tomando forma, a Realidade pareceu restabelecer-se. Ela de fato estava mais rápida. No entanto, as torcidas não compreendiam o sucedido. Somente depois de muito esforço é que foi possível perceber o que acontecia ao longo da pista.

Vejam que interessante! No peito e costas de cada novo personagem que circundava a realidade ainda atônita via-se seus nomes impressos: atleta-Carisma, atleta-Fraternidade, atleta-Companheirismo, atleta-Perseverança, atleta-Simplicidade, atleta-Força-de-Vontade, atleta-Humildade... e muitos outros que não era possível distinguir os nomes por um olhar tão riste.


Mesmo com atletas tão fortes dando força à realidade, o máximo que ela conseguiu foi avistar, muito distante, o sonho que ainda corria feito louco, contudo, na direção correta. Esse efeito retardado se atribuía devido à ação desordenada dos novos-atletas, não obstante serem fortes, a incongruência os atrasava por demais.
Mas, com tantas virtudes o que poderia está faltando? Por que a Força e tantas outras não conseguiam a uniformidade? Foi diante dessas interrogações que o cenário fora tomado por uma luz infensa. De tão ofuscante era impossível ver o que se passava. Tudo que se podia perceber sem maiores obstáculos eram braços fortes e longos que, singelamente, passaram a embalar cada uma daquelas virtudes-atletas. A realidade, a princípio ficara meio sem noção, o que durou pouco, pois as faixas no peito e costas denunciavam a recém-chegada – era a atleta-União.

Finalmente, a Realidade dotada de tantas virtudes, e o melhor, agora unidas, alcançou velocidade suficiente para encostar-se ao velocíssimo Sonho. A partir de então a batalha se acirrara. Eis que o Sonho fora crescendo e crescendo e crescendo, pois ficava mais próximo na medida em que a Realidade se fortalecia. Em outras palavras, a Realidade atingira a velocidade de competição.

As torcidas foram ao êxtase novamente quando ambos, a Realidade (e suas virtudes) e o veloz Sonho passaram a correr lado a lado. Isso quer dizer que ambos estavam em posição de equilíbrio. Nessa feita, a União tudo faziam para trazê-lo ao afago dos seus braços potentes.

Ainda separados, com o Sonho arredio e sempre a desvencilhar-se do abraço da União, novamente passou ele a ganhar terreno. E a plateia não se aguentava mais de desejo de abrir os pulmões em brado uno. Um brado de vitória.

Numa última tentativa desesperada o potente braço da União, com um leve toque da Perseverança alcançou finalmente o Sonho e o trouxe ao aconchego dos demais.

FUSÃO: fundiram-se todos noutro clarão instantâneo e, para o espanto geral, quando a plateia levantou-se a aplaudir de pé, somente vislumbraram a Realidade, irradiando felicidade extrema.

A corrida chegara ao fim.

A Realidade não vencera o Sonho; ela apenas fundira-se a ele e ele a ela e juntos predominaram. O Sonho fora alcançado e a Realidade sorria ciente de que outra maratona se iniciava, pois um novo sonho começara a nascer, ou a correr...

Pôs-se termo a um ciclo. Um ciclo que jamais se esgotará, pois sempre estará em vias do recomeço... Daí, indagamos: quantos momentos de fusão já passaram em nossas vidas e nem sempre lhes atribuímos o real valor?

A realidade de hoje, fruto do sonho de ontem. Ele (o sonho) sempre corre à frente... se assim não fosse, não seria sonho, tampouco estaríamos aqui hoje, comemorando o agora, que fora sonho ontem. E começamos tudo, na milionésima-fração-de-segundo-seguinte...

Por último, que este final de ciclo (2013) sirva para repensarmos atitudes, reorganizarmos caminhos e, principalmente, reaprendermos a sonhar ou simplesmente, partilharmos tudo aquilo que de bom a dádiva da vida nos revela.

BOAS FESTAS - Que Deus (em sua concepção individual) esteja sempre conosco e nós com Ele!

sábado, 14 de dezembro de 2013

Personalidades públicas e os exemplos que NÃO devemos seguir

Vivemos uma inversão de valores. Presenciamos, através dos recursos de mídias, pessoas surpreendidas ao realizar atos ilícitos, declararem com extremo cinismo os meandros que os levaram aos feitos escusos.

A parte sadia da sociedade assiste perplexa com extrema repulsa a cada vez que explode um escandaloso caso de corrupção, quer seja na esfera política, quer não. Tal prática sempre será perniciosa, independente do âmbito da ocorrência.

Em outros tempos, ser taxado de larápio, vigarista ou ladrão era motivo de vergonha. Era vexatório para o próprio larápio, para familiares e até para os amigos. Mas, foi-se o tempo em que ter uma "ovelha-negra" na família, ou ser a própria, caracterizava algo equivalente a vergonha.

Exemplos não nos faltam. Não muito distante, um certo corrupto, condenado e agora preso, teve a ousadia de bater no peito e se dizer orgulhoso de pertencer a uma certa quadrilha que atuou no mais alto patamar do Executivo brasileiro. Na feita, todos já sabiam que era mais um ladrão de recursos públicos, todavia, como o mandado de prisão ainda não havia sido expedido, insistia em cantar-de-galo, contando como certa a impunidade ou simplesmente, que sua atuação fosse apenas uma piada de salão mal contada. Não era. Neste caso, mesmo que timidamente, a sociedade esboçou um sorriso, pois a piada foi sim, de péssimo gosto, mas surtiu algum efeito nos tímpanos dos ministros do Supremo Tribunal Federal.

Mais recentemente, desbaratados pela força policial, quadrilheiros saqueavam os cofres públicos cobrando propina de empresas por benesses no recolhimento de impostos municipais. A pretexto de conseguir os benefícios da delação premiada, um dos criminosos foi à televisão expor suas ações-gatunas. Com extrema naturalidade, e quem sabe, até orgulho, relatara os meandros escusos dos perversos atos que podam a dignidade de muitos cidadãos.

Conforme perceptível, a futilidade se generaliza a cada dia em suas muitas faces. Isso não caracteriza um ponto de vista isolado e sim uma constatação passível de ser aferida a olho nu, pelo homem médio. Ademais, não se aplica tão somente aos casos semelhantes àqueles que acabamos de fazer referência.

As futilidades e as inversões são tão dissimuladas que até um velório pode vir a tornar-se um evento midiático para a promoção da imagem sob o óptica do interesse particular.

Foi deprimente a revoada de autoridades, celebridades e sub-celebridades (ou seriam pseudos) em direção ao continente africano com o advento da morte de Nelson Mandela. Logo para a África - o continente que historicamente, agoniza à margem do resto de mundo.


Suas lições de humanidade muitas personalidades não aprenderam
O líder sul-africano merecia todas as homenagens por aquilo que representou na sua luta pelo fim do famigerado apartheid. Seria natural que chefes de Estado das muitas nações da terra fossem lhe prestar uma última homenagem, todavia, o que se presenciou, claramente, foi uma horda de pseudos-condolentes buscando um lugar em frente as câmeras dos profissionais de mídia de todo o globo ali presentes.

Sucedeu um jogo midiático descarado onde as tais autoridades e pseudos-celebridades mostravam as tendências-modísticas dos seus estilistas particulares, felizes e sorridentes com aquela oportunidade ímpar e gratuita de aparecer ante aos holofotes do mundo.

Até seria cômico, se não fosse vergonhoso, presenciarmos as referidas hordas que pousaram na África do Sul, expondo ao mundo exatamente o contrário da lição que o "homenageado" ensinara a vida toda. Todos os presentes, sem exceção, buscavam sempre o melhor ângulo para aparecer bem na foto, algumas delas até com expressões pesarosas, não pela perda do líder-negro, mas pelo ciúme diante dos muitos flagras de flertes explícitos ou na melhor das hipóteses, do excesso de cordialidade.

Seja a inversão de valores - aquela que reprime o justo, ou seja, faz com que o digno sinta vergonha se sê-lo; seja a futilidade, que transforma a dor da perda em oportunidade e promoção, a verdade é que padecemos em uma sociedade decadente, exatamente por sermos conduzidos por homens e mulheres que não conseguem ver além daquilo que a visão lhes mostra; por absorvermos como padrão de conduta e beleza - o falso-estereótipo passado pelas telas de cinema - pessoas que levam até ao último grau, sua indecorosa ânsia por manter-se de pé, ainda que as custas de quem jamais as aprovariam.

Sempre virão grandes homens que deixarão grandes legados. E sempre existirão vigaristas para deturpá-los mesmo que por leves oscilações, quer seja em atos, quer seja pela conduta.

Hoje, quem trabalha vive trancafiado em casas e condomínios. Quem não é corrupto é considerado um bobo-da-corte; quem luta para aparecer por mérito próprio raramente será atribuído o valor que merece. Mandela lutou por um ideal e apareceu - mas essa máxima não se aplica àqueles que foram lhe render homenagem - não a todos.

Por outro lado, pousando em terras brasileiras, quem é corrupto, corruptor ou deputado, pode até ir para a cadeia, mas, ainda assim, exigirá da sociedade que lhe banque sucos especiais regados à água de coco.

As inversões de valores e as futilidades de algumas vidas não se restringem a um país. Alastram-se mundo afora. Não as percebemos em larga escala, pois somos pequenos demais para alcançá-las. Mas elas existem, latentes e clamando por corretivos, mas existem.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

No balançar do miss Brasil – válido para o Universo, Mundo ou Galáxia...



São 27 (vinte e sete) Estados da Federação; vinte e sete candidatas participam do Miss Universo Brasil, anualmente; vinte e sete candidatas eleitas ao acaso, guiadas pelas famigeradas agendas estaduais-inexistentes, pouquíssimos dias antes do evento nacional.

E o quadro que temos hoje é repleto de incógnitas. Passados os compromissos com a competição nacional, o que estarão fazendo as misses estaduais-candidatas? Quais os pomposos compromissos que, em nome de suas terras estarão desenvolvendo? Que tipo de preparação estarão a receber nesses períodos de letargia? E preparação para que, se o foco mais sensível – o Miss (Universo) Brasil – já é fato pretérito porque consumado?

Diante de tais indagações, algumas respostas poderão ser abstraídas das entranhas do imaginário, e atribuídas a algumas raras figuras.

Vejamos:
a miss Mato Grosso – bem, essa é a atual miss (Universo) Brasil. Conquistou o título máximo nacional, foi ao Miss Universo 18 (dezoito) dias depois e nos honrou com um garboso e merecido 5º (quinto) lugar. Nada mal para quem não teve sequer tempo de “digerir” a vitória-tupiniquim; retornou ao país, como ocorre todos os anos, com todas as misses-Brasil-candidatas, para cumprir a famigerada agenda que nunca se soube ou se saberá qual é.

Moral inferida da história: miss brasileira é miss-candidata; – vá ao miss universo, participe e volte para cumprir a agenda – isso é uma ordem – ecoa a voz onipresente da “organização-desorganizada”;

a miss Rio Grande do Norte – não obteve êxito no miss (Universo) Brasil, mas foi designada por algum ser-onipresente a ser candidata no Miss Internacional. E a caudalosa agenda da miss Rio Grande do Norte, ficará desguarnecida? Afinal, o “reinado” da bela mal começou. Bem, talvez nem tenha tanta importância, se considerarmos que a tal agenda-caudalosa nunca existiu de fato.

Moral inferida da história: na agenda-caudalosa da miss Rio Grande do Norte, certamente tem uma página inteira que lhe garante uma participação no Miss Internacional e como a “organização” nunca conta com a vitória de uma brasileira, na página seguinte consta o roteiro do próximo compromisso, quando do retorno sem o título;

as misses Rio Grande do Sul e Amazonas – as únicas que podem bater no peito e gritar (até espumar) que cumpriram seus papéis como misses-Estaduais e candidatas a miss Brasil. Nesses dois Estados, um dos compromissos agendados às eleitas é, claramente, a preparação para competir. Isto porque foram eleitas 8 (oito) meses antes do certame nacional.

Moral inferida da história: aqui se cultiva aquilo que todo atleta (ainda que de palco) deve ter – Motivação e Foco. Além dos compromissos rotineiros que o cargo exige, a miss estadual e candidata (e não miss-candidata), quando eleita com responsabilidade, tem um “up” a mais: fazer bonito na competição nacional e se possível “abocanhar” o título máximo. Para isso a preparação a longo prazo é condição sine qua non;

os demais Estados-candidatos – estão adormecidos, pois, após o evento do miss (Universo) Brasil, a temporada é de hibernação. Hibernam as misses-candidatas; hibernam as organizações-desorganizadas... serão 6 (seis) meses de sono profundo até o retorno aos holofotes: das misses-candidatas, para entregar o “cargo”; e das “organizações-desorganizadas”, para eleger a nova miss-candidata e fadada a coadjuvar nos palcos da vida.

Ainda temos a exceção: recentemente o microblog da Band nos deu conta que a miss-candidata São Paulo 2013 está cumprindo a famigerada-agenda em algum país de língua Inglesa, com o namorado atleta. Provavelmente, com a preparação a todo vapor para participar do miss Universo Brasil... Pena que o miss Brasil já passou, portanto, o prazo de validade venceu. De toda sorte, a “agenda” servirá como experiência profissional e de vida.

Moral de toda a história: concursos de miss no Brasil é, de fato, uma piada... não, não... uma piadinha!