sábado, 27 de fevereiro de 2016

Miss Brasil - caminho único: tempestividade

Para começar, frisemos, começar o ensaio de um processo de mudança com responsabilidade e empenho, o Miss Brasil tem apenas um caminho: indicar uma candidata ao Miss Universo e promover, em mesmo ano, uma eleição tradicional para a escolha da miss Brasil do ano seguinte.

De nada adianta insistir nas proezas dos últimos quarenta e poucos anos. Alimentar a ilusão de que temos as mulheres mais belas do mundo e não prepará-las para um competição é o mesmo que saltar de um precipício e crer que terá a vida poupada por fanatismo a algum credo. Em bom português: a morte é certa; no caso do Miss Brasil o que é certa é a derrota.

Vejamos o quão interessante seria: se fizermos um apanhado nas edições do Miss Brasil, nos últimos 4 ou 5 anos perceberemos um número grande de ex-candidatas em condições de competir e dispostas a representar o país, especialmente no no Miss Universo. Dentre tantas belas moças, selecionar de 10 a 15 para uma eleição excepcional, um reinado excepcional e um contrato excepcional, não caracterizaria um pecado capital. Seria um pequeno sacrifício, feito pelos organizadores/donos, em nome de uma boa causa, qual seja, tornar menos bizarro e indigesto, o calendário inexistente da organização nacional.

E quais mulheres estariam aptas a contribuir com os ajustes que o miss Brasil necessita? Muitas, muitas... eis algumas:





Danielle Knidel foi representante do Acre no Miss Brasil em 2011. Naquele ano sagrou-se terceira colocada e representou o Brasil no Miss Continente Americano, atual Continentes Unidos.




Fernanda Leme miss São Paulo 2014, e vice-miss Brasil no mesmo ano. Seria uma aposta bem-vinda para concorrer novamente em evento excepcional.




Kelly Fonseca é a miss Rio Grande do Norte 2012. Uma das mais belas vice miss Brasil dos últimos anos; encantaria os brasileiros e fãs de concursos caso retornasse para acertar nosso calendário manco.



Marina Helms a miss Rio Grande do Sul 2014 vestiria divinamente bem a faixa de miss Brasil. Foi, injustamente, apenas Top10 no miss Brasil daquele ano. Vê-la miss Brasil seria uma forma de reconhecimento bem merecido.




Tamires Rodrigues a belíssima miss Distrito Federal 2012, Top5 no Miss Brasil, certamente se apresentaria bem mais segura e capaz. Uma aposta e tanto.



Camila Della Valle é a miss Mato Grosso 2015 e Top5 no Brasil. Essa moça dispensa comentários e está preparada para enfrentar qualquer certame internacional, necessitando de ajustes, apenas.




Priscila Santiago, a miss Bahia 2013 foi terceira finalista no Miss Brasil e alcançaria altos índices de aprovação caso ostentasse um título maior.




Isadora Amorim é a fantástica miss Maranhão 2015 e Top10 no Miss Brasil. Dona de uma beleza forte, carismática e uma presença de palco avassaladora.




Rhayanne Nery, a miss Pernambuco 2014 não conseguiu classificação no Miss Brasil, mas seria uma opção importante a ser considerada.




Larissa Oliveira é a miss Pará 2014 e semi finalista no miss Brasil. Semelhante beleza, com um aperfeiçoamento sério provocaria suspiros e levantaria qualquer plateia.




Larissa Pires a miss Maranhão 2014, foi Top10 no Miss Brasil. Uma jovem com robustez suficiente para ser uma excelente miss Brasil.
Estas são apenas algumas. Temos infinitas opções e para todos os gostos e/ou preferências.


Seria um duelo entre deusas tupiniquins!
Com uma mini eleição, a indicação da candidata ao Miss Universo do ano em curso, o tradicional evento anual poderia sim, ser realizado ao final do segundo semestre sem nenhum prejuízo e com isso teríamos, finalmente, a abertura de uma janela temporal, que culminaria na eleição tempestiva e, de fato, uma miss Brasil, e não uma mera candidata ao Miss Universo. Seria uma verdadeira demonstração de vontade de acertar.

Indagamos: qual seria a funcionalidade ou os benefícios advindos da antecipação, em 1 (um) mês, de um evento que contabiliza 12 (doze) meses de atraso em sua realização anual? Realmente, não é possível levar os organizadores a sério. Está claro que não há o menor sentido na difusão de uma ideia estapafúrdia dessas; e o que é ainda pior, muitos comemoram com aquela efusividade típica das mentes altamente alienadas.

É desolador o cenário.

Categoricamente afirmamos: não há meio termo; não há atalhos ou ações paliativas. Para que o Miss Brasil comece a ensaiar um possível renascimento é preciso muito mais. É preciso um choque, um projeto sério, com pessoas capazes (não que tenham dinheiro, apenas) e, finalmente, uma organização que de fato faça por merecer esse nome.

Uma bússola com suas engrenagens manutenidas nos indica o norte e o norte para o Miss Brasil chama-se calendário tempestivo de eventos. Como é de claríssima inferência, a bússola que orienta o Miss Brasil está quebrada há quase meio século e esquecida em algum porão velho coberta de poeira, entulho e cocô de ratazanas.

Quem se habilita a resgatá-la, limpá-la e trazê-la à luz? Com a palavra: Polishop/Be Emotion?

domingo, 21 de fevereiro de 2016

MUB - a miss Brasil que o Brasil perdeu em 2015

Camila Della Valle é o nome dela. Jovem mato-grossense de 21/22 anos sagrou-se campeã em concurso local e adquiriu o título de miss Cuiabá. Ali, já se via uma miss Brasil em potencial. Posteriormente, apresentou-se no certame estadual e confirmou o favoritismo. Fora corada a mais bela do Estado em 2015, com direito a carregar a faixa "Mato Grosso" no Miss Brasil 2015.

A altura - 1,70m, empecilho para muitos, não foi para ela. Trabalhou o corpo como deveria ser nos meses anteriores ao concurso nacional e chegou à concentração do Miss Brasil com aspecto condizente ao que se espera de uma competidora responsável.

A oratória impecável aliada à simpatia e ao carisma latentes, nem fariam tanta falta diante da beleza avassaladora da candidata. Mas estavam (e estão) tudo lá, numa única pessoa como sempre sonhamos: beleza, desenvoltura, simpatia, aspecto físico perfeito, ideias claras ao passar sua mensagem com argumentação "destruncada" e desprovida de decorebas.

Tínhamos, pois, a miss perfeita, que parou no Top5 embora, nitidamente, tenha sido a mais convincente daquele quinteto.

O que teria feito a miss Mato Grosso de errado para não ser eleita miss Brasil 2015, ou mesmo avançar ao Top3? Nada. Não errou absolutamente em nada. A presença de palco foi acertada; e de quebra, a melhor resposta à entrevista final. O que mais queriam eles?

Qual a justificativa para a sua estagnação no Top5? Nenhuma. Não há justificativa que justifique o tamanho do descompasso promovido pelo corpo de jurados naquela noite fatídica.

Agora, devemos nos contentar com o que temos. E o que temos além de uma organização descontrolada e desconexa? Bem, temos uma miss inoperante eleita em 2015, com aspecto apático que não transmite muita confiança e atitude, nem no falar, nem no agir.

Outra certeza pulsante ecoa ao vento: tínhamos opções incríveis em 2015 (não apenas MT) e as desperdiçamos, as transformamos em pó pelas mãos de um grupo de "jurados" cuja técnica está restrita ao rompante de um momento qualquer.

Faltaram, portanto, as técnica técnica e técnica artística aos opulentos e desinformados jurados, bem como aos seus mentores.

E quanto à bela do Mato Grosso? Continua como sempre será: belíssima e capaz.

*** As fotos que usamos no Blog estão disponíveis ao público na Internet. Caso os detentores de direitos autorais julguem que não devam ilustrar nossas páginas, favor nos comunicar para a imediata exclusão.

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Miss Brasil - um mundo-paralelo escondido

Falar sobre concursos de beleza no Brasil é o mesmo que recitar em monólogo, dentro de um quarto escuro. É um tema que causa tanto interesse ao público o quanto a educação e a saúde interessam aos políticos, passadas as eleições. É um tema tão inóspito que, se não gostássemos muito, nem nos daríamos ao esforço mínimo a falar sobre ele.

Essa ojeriza não se caracteriza apenas porque as pessoas não conhecem os concursos; ou porque concursos de beleza “é coisa de viado”. A aversão ou desinteresse ocorre por razões ligadas ao fato de, na concepção dos donos, ser um mundo que não comporta ou aceita qualquer pessoa. Qualquer pessoa, frise-se, que não faça parte do grupo marcado para ele integrar.

É impressionante! Quando pesquisamos, mesmo superficialmente, percebemos com clareza que, ao longo das décadas, os grupos agem de maneira bem semelhante. A cada ciclo um grupo se eleva, domina os certames e promovem eventos para si mesmos. É como se adquirissem a franquia para realizar um desejo ou desejos pessoais. E assim o fazem, anos a fio.

Caminhamos para o final de fevereiro e 90% dos municípios não escolheram representantes. Se nos famigerados municipais não há candidatas, significa dizer que os estaduais estão nos braços de Morfeu, ou seja, adormecidos. Isso no segmento Universo, pois no Mundo, os organizadores já há meses vem enfaixando moças, representantes de ruas, becos, lagoas e córregos, especialmente os do Rio Grande do Sul.

Muitos juram que as candidatas dos EUA figuram no topo dos certames porque tem o inglês como língua oficial e a franquia Miss Universo é nova-iorquina. Mas devemos pensar um pouco: desde julho de 2015 que as misses estaduais, para o MUUSA 2016*, estão sendo eleitas. Isso faz muita diferença. O miss Estados Unidos, normalmente é realizado em julho, pouco antes do Miss Universo, mas os Estados há muitos meses já preparavam as suas candidatas.

No Brasil temos o português como idioma; não sediamos nenhum certame de ponta, e ainda, nossas organizações são, historicamente, relapsas na elaboração do calendário anual de eventos. E pasmem, queremos vencer todos os anos! Ora, mesmo aqueles que trabalham com seriedade não conseguem tal façanha, o que dizer dos desprovidos de empenho.

Hoje, temos uma miss Brasil 2015, recém-eleita, que serve apenas como peça decorativa. Foi ao Miss Universo poucos dias após ser “eleita” e, como era de se esperar, fez figuração no evento. Hoje temos o Miss (Universo) Brasil sob nova direção; direção essa que em nada contribuiu para acreditarmos que nos anos vindouros será diferente.

Não haverá acerto mínimo, qualquer que seja a empresa ou grupo a dominar as franquias no Brasil se a premissa for em manter a desordem reinante nos Estados e suas coordenações temerárias. Nada será diferente, se não houver ousadia e indicação direta de uma candidata para ajustar o calendário à realização de eventos tempestivos.

Atrelar o Miss Brasil (evento) à realização do Miss Universo ou Miss Mundo é o erro mais escrachadamente amador que se pode aferir. E essa lacuna de tempo somente poderá ser compensada quando os donatários elegerem duas candidatas num mesmo ano – uma indicada para representar o país no ano corrente, e a outra, eleita para atuar como miss Brasil e preparar-se para o respectivo certame no ano seguinte. Somente a partir daí será possível sonhar com um trabalho sério.

Diferente disso teremos os paliativos rotineiros e misses eleitas para passar vergonha (e nos envergonhar) nos certames internacionais. Mesmo assim é possível verificarmos duas funções primordiais em nossas misses: 1) fazer figuração nos certames internacionais; 2) passar a faixa (título) à sucessora no ano seguinte.

Ainda tem as aulas intensivas para aprender a acenar o “tchauzinho” mas esse é um tema que, de tão relevante, merece uma resenha própria; idem o “dei o meu melhor”.

E haja competência!...
* Miss (Universo) USA

domingo, 7 de fevereiro de 2016

Concursos de beleza brasileiros - não há luz, nem haverá!?

Quando olhamos o cenário real e cotidiano do mundo-miss tupiniquim é impossível disfarçar o gosto amargo que dele advém. Esse retrato é estampado numa realidade abstrata semelhante a um sonho (ou pesadelo) recorrente, isto é, que se repete a cada cochilo. E desemboca no único ambiente possível àqueles que não primam pelo empenho e dedicação: o fracasso.

Nos últimos anos observados constatamos que os mesmos erros são repetidos à exaustão. E quando falamos do mundo-miss tupiniquim nos referimos a todos os segmentos de concursos de beleza realizados no país e em especial aos dois principais, logo, mais relevantes: o Miss (Universo) Brasil – MUB, e o Miss (Mundo) Brasil – MMB.

Cada um deles envolto em seus casulos de mediocridade a levitar, como em animação suspensa, sustentados por uma presunção desmedida que inevitavelmente os corroem a cada ano. A forma de pensar de seus mentores é extremamente elitizada, ou segregada; os conselheiros do absurdo são os mesmos desde que nasceram os concursos dessa nova era, significa dizer que eles nunca admitem renovação de seus quadros; aquelas figuras carimbadas são vistas atuando ano após ano sem nenhum mérito que justifique tal atuação - por isso os erros sucessivos; desse grupo de elite, não raras vezes, estão presentes os aprendizes de anos anteriores, o que é até natural, uma vez que foram moldados para dar segmento à lógica medíocre de eleição e despreparo que culminará num único e conhecido alvo: a derrota.

Concurso de beleza não é questão de sorte ou brilho de momento como muitos tantos míopes tentam difundir e enganar os outros e a si mesmos. Esses eventos são carregados de alto teor competitivo, político-negocial e de lucratividade. E é assim que devem ser. Mas, quando falamos em lucro, não devemos confundir com a infame prática de compra e venda de títulos e sim, em angariar adeptos (público), empresários e toda sorte de gente que possa contribuir para se chegar a um evento sadio e que inspire respeito e confiança.

Quem investe em um evento, não procura levar o título para casa; quem investe o faz porque percebe um evento sério e capaz de difundir a sua marca e atrair mais clientes; e isso somente será possível no dia em que os concursos de beleza brasileiros se voltarem para um horizonte mais iluminado, portanto, menos nebuloso e individualista.

Nesse ponto fica muito claro que os certames, por essas terras, servem, unicamente, para realizar os sonhos individuais de alguns poucos e poucas, que dentro daqueles casulos estão. Em inúmeras edições não é possível perceber sequer competição, o quão direcionado é o desfecho do evento. Isso destrói qualquer pilar que porventura seja ensaiada uma construção; isso desfaz sonhos e empobrece, a cada instante, um evento que deveria ser abastado em virtudes, beleza e sucesso.

Miss Brasileira após MU e MW!
O ciclo 2016 ainda não começou embora já estejamos no mês dois, do calendário. O ciclo miss’ológico anual deve começar em meados do ano, como de praxe e, novamente, teremos eleições estaduais às pressas; eleição nacional intempestiva e misses-candidatas eleitas imaturas e sem tempo para aperfeiçoamento mínimo, destinadas a fazer figuração no Miss Mundo e Miss Universo.

No período do ano que avança, se tivéssemos organismos sérios, nossas representantes nos dois certames internacional de ponta, já deveriam estar eleitas e trabalhando como verdadeiras misses devem trabalhar; e seus mentores já distribuindo competência para os estados escolherem as representantes para 2017, cuja eleição, necessariamente, deveria ser um ano antes, portanto, em 2016.

Lembramos que um calendário assim está apenas no imaginário daqueles que almejam eventos sadios, mas esses visionários sonhadores estão fora do casulo da prepotência e fora dele permanecerão.

Enquanto público já estamos aptos a assistir os mesmos descalabros dos anos passados, a repetirem-se com a recorrência que nos referimos anteriormente; enquanto público já nos preparamos para engolir a seco esse coquetel indigesto que nossas organizações nos brindam a cada edição. E, em sendo assim, com a certeza de que nada será feito para minimizar o dramático cenário, enquanto público, assistiremos impassivos mais uma onda de derrotas a nos varrer dos palcos mundo afora.

Não culpemos o pessimismo, nem as candidatas (que também têm suas parcelas de culpa) culpemos os mentores e mandatários que se deixam conduzir pelo fascínio à cegueira do orgulho e individualismo.