quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

No balançar do miss Brasil – válido para o Universo, Mundo ou Galáxia...



São 27 (vinte e sete) Estados da Federação; vinte e sete candidatas participam do Miss Universo Brasil, anualmente; vinte e sete candidatas eleitas ao acaso, guiadas pelas famigeradas agendas estaduais-inexistentes, pouquíssimos dias antes do evento nacional.

E o quadro que temos hoje é repleto de incógnitas. Passados os compromissos com a competição nacional, o que estarão fazendo as misses estaduais-candidatas? Quais os pomposos compromissos que, em nome de suas terras estarão desenvolvendo? Que tipo de preparação estarão a receber nesses períodos de letargia? E preparação para que, se o foco mais sensível – o Miss (Universo) Brasil – já é fato pretérito porque consumado?

Diante de tais indagações, algumas respostas poderão ser abstraídas das entranhas do imaginário, e atribuídas a algumas raras figuras.

Vejamos:
a miss Mato Grosso – bem, essa é a atual miss (Universo) Brasil. Conquistou o título máximo nacional, foi ao Miss Universo 18 (dezoito) dias depois e nos honrou com um garboso e merecido 5º (quinto) lugar. Nada mal para quem não teve sequer tempo de “digerir” a vitória-tupiniquim; retornou ao país, como ocorre todos os anos, com todas as misses-Brasil-candidatas, para cumprir a famigerada agenda que nunca se soube ou se saberá qual é.

Moral inferida da história: miss brasileira é miss-candidata; – vá ao miss universo, participe e volte para cumprir a agenda – isso é uma ordem – ecoa a voz onipresente da “organização-desorganizada”;

a miss Rio Grande do Norte – não obteve êxito no miss (Universo) Brasil, mas foi designada por algum ser-onipresente a ser candidata no Miss Internacional. E a caudalosa agenda da miss Rio Grande do Norte, ficará desguarnecida? Afinal, o “reinado” da bela mal começou. Bem, talvez nem tenha tanta importância, se considerarmos que a tal agenda-caudalosa nunca existiu de fato.

Moral inferida da história: na agenda-caudalosa da miss Rio Grande do Norte, certamente tem uma página inteira que lhe garante uma participação no Miss Internacional e como a “organização” nunca conta com a vitória de uma brasileira, na página seguinte consta o roteiro do próximo compromisso, quando do retorno sem o título;

as misses Rio Grande do Sul e Amazonas – as únicas que podem bater no peito e gritar (até espumar) que cumpriram seus papéis como misses-Estaduais e candidatas a miss Brasil. Nesses dois Estados, um dos compromissos agendados às eleitas é, claramente, a preparação para competir. Isto porque foram eleitas 8 (oito) meses antes do certame nacional.

Moral inferida da história: aqui se cultiva aquilo que todo atleta (ainda que de palco) deve ter – Motivação e Foco. Além dos compromissos rotineiros que o cargo exige, a miss estadual e candidata (e não miss-candidata), quando eleita com responsabilidade, tem um “up” a mais: fazer bonito na competição nacional e se possível “abocanhar” o título máximo. Para isso a preparação a longo prazo é condição sine qua non;

os demais Estados-candidatos – estão adormecidos, pois, após o evento do miss (Universo) Brasil, a temporada é de hibernação. Hibernam as misses-candidatas; hibernam as organizações-desorganizadas... serão 6 (seis) meses de sono profundo até o retorno aos holofotes: das misses-candidatas, para entregar o “cargo”; e das “organizações-desorganizadas”, para eleger a nova miss-candidata e fadada a coadjuvar nos palcos da vida.

Ainda temos a exceção: recentemente o microblog da Band nos deu conta que a miss-candidata São Paulo 2013 está cumprindo a famigerada-agenda em algum país de língua Inglesa, com o namorado atleta. Provavelmente, com a preparação a todo vapor para participar do miss Universo Brasil... Pena que o miss Brasil já passou, portanto, o prazo de validade venceu. De toda sorte, a “agenda” servirá como experiência profissional e de vida.

Moral de toda a história: concursos de miss no Brasil é, de fato, uma piada... não, não... uma piadinha!

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