sábado, 11 de outubro de 2014

O que faz a grandeza de alguém…

Há pessoas e pessoas… quem nunca ouviu termo semelhante em algum momento? Raramente, nos perguntamos o real significado. A grande maioria das vezes recorremos a essa expressão para enfatizar diferenças básicas de algo ou alguém em relação a um semelhante. É, portanto, uma colocação carregada de pessoalidade.

E para não fugirmos da linha “personae” convido-os a mergulhar na personalidade enquanto podemos ser publicamente, ou melhor, na personalidade pública. Fica óbvio que não tratamos aqui do “ter”, mas sim do “ser” essa personalidade. E por essa linha é possível afirmarmos que são poucos aqueles detêm os predicados necessários. Ter personalidade faz alguém tornar-se personalidade, no entanto, o fato de tê-la não é garantia do surgimento e manutenção de uma personalidade pública que deve ser vista, seguida, admirada, aplaudida.

No mundo-paralelo1 brasileiro tivemos e temos casos que refletem com perfeição aquilo que acabamos de expor. Desde Martha Rocha (1954) até Melissa Gurgel (2014) a oscilação entre o “ter personalidade” e o “ter e ser personalidade” manifestou-se ano a ano.

O Miss (Universo) Brasil 2014 - MUB/14 - pode bem ser considerado, senão o melhor, um dos melhores eventos anuais já realizados. Amparou e permitiu que todos os Estados fossem representados o mínimo dignamente. O resultado foi um certame altamente competitivo e organizado a contento. E no calor da capital cearense fervilharam as personalidades distintas.

Em um evento que reúne 27 (vinte e sete) mulheres escolhidas sob o crivo da perfeição nem seria necessário mencionar qual poderá ser o diferencial no momento do desempate. O uso do “ter personalidade” da mesma forma que é benéfico pode ser um prego no sapato, porque forçado e desmedido. É exatamente nessa hora que o gigante se apequena e o pequenino cresce.

A capacidade de domínio do “ter personalidade” com o “ser personalidade” tornou-se cristalino no palco do MUB/14, já nas tomadas preliminares com as candidatas. Comprovando que a dimensão da capacidade de ter e ser personalidade não passa necessariamente pelo aspecto físico, Melissa Gurgel, a Miss Brasil eleita mostrou-se a maior das candidatas pré-selecionadas à grande final. O que foi mais intrigante, ou mesmo inacreditável foi constatar a regularidade da jovem nas apresentações.

Ao contrário do que se imagina, defender um título “em casa” nunca foi nem será um manjar-dos-deuses. A torcida é vibrante e a pressão é infinitamente maior sobre a “dona da casa”. Poucos conseguem assimilar esse turbilhão de emoções, responsabilidade e cobranças e manter-se de pé. Poucos são aqueles que conduzem a si mesmos (as) numa constância inatingível, transbordar segurança e carisma. Poucos são aqueles que trazem em si o “ter” e o “ser” personalidade como virtude inata. Poucos teriam a garra e a espontaneidade apresentadas pela jovem Miss Ceará, que talvez nem atinou, mas, a cada passo desenhava, singelamente, letra a letra, o próprio nome nos anais da história do Miss Universo Brasil.

Há ainda aqueles(as) que vencem por “ter” personalidade, apenas, e após vencer, caem nas valas do esquecimento, pela ausência do complemento principal – “ser” personalidade. Aqui, podemos comemorar pois a Miss (Universo) Brasil 2014 e candidata a Miss Universo agrega todas as virtudes necessárias para firmar-se como uma Miss Brasil memorável.

Como candidata a Miss Universo as chances de sucesso são nítidas. Como Miss Brasil – já é uma personalidade pública consolidada. Janeiro 2015 poderá marcar sua ascensão máxima neste segmento e, ainda que não ocorra, jamais lhe será demasiado o título de Miss Brasil 2014.

Parabéns ao Brasil e ao Ceará por nos presentear com tão graciosa beleza!
1 mundo dos concursos de beleza.

Nenhum comentário:

Postar um comentário