terça-feira, 30 de setembro de 2014

MUB/14 – Miss (Universo) Brasil 2014 – sinais positivos em formação contínua

O que foi o Miss Universo Brasil 2014? Em primeiro lugar, um verdadeiro espetáculo, daqueles de encher os olhos do espectador. Foi gratificante constatar que todas as candidatas tiveram o “momento protagonista” logo na abertura, quando foram apresentadas individualmente. A Organização devia isso há muito tempo. Conta paga, portanto.

O que não ficou claro foi o método utilizado pelo corpo de jurados, especialmente o dito técnico, para classificar e desclassificar uma candidata. Sempre há quem fale do famigerado “conjunto de miss”. Acreditamos que seria mais interessante se eleger proposições, quesitos e prioridades em ordem e valor, sendo o principal quesito a estética do corpo, e, a partir de então enumerar os demais em ordem decrescente. A premissa seria: quem não tem capacidade para domar o próprio corpo, não terá para ser a Miss Brasil.

Miss PI - Não agradou Júri
Percebemos que embora preguem o “corpo em forma”, este lema não foi o considerado linearmente para todas as candidatas. Por este, necessariamente, teriam de separar as detentoras dos melhores corpos, evitando-se assim que as relapsas consigo mesmas fossem postas no topo da lista e não no final. Não foi o que aconteceu: Amapá, Rio de Janeiro e Distrito Federal mostraram-se sem condições de disputa direta e foram classificadas por razões humanamente impossíveis de se conceber. No outro polo, as misses Tocantins, Pernambuco e Piauí, pelos mesmos motivos impossíveis de se mensurar foram jogadas em escanteio.

E a miss Amazonas, hen? A miss Amazonas mesmo com seu ano de treinamento não evoluiu um milímetro sequer no desempenho de palco. O que estava fazendo a miss Amazonas no Top15? Provavelmente fora classificada por fotos, como eu e muitos o fizeram. Quando constatado seu desempenho cênico, chegamos fácil a conclusão de que foi o pior desfile da noite, especialmente o de biquíni.

Foi claro o esforço da Band para realizar um bonito espetáculo. E conseguiu. Felizmente, pelo terceiro ano seguido, não tivemos lavação-de-roupa-suja no palco, nem pseudo apresentadores. Foi possível, também  percebermos, timidamente, um roteiro direcional aos apresentadores e a louvação de Renata Fan a si mesma foi bem mais dosada. O resultado foi um evento condizente àquilo que se esperava.

Consideramos o evento um tanto longo para uma atração dessa natureza. O que motiva uma ação de enxugamento, a começar pela extinção de um dos desfiles em traje-maiô. Dois desfiles nesse traje é gritantemente desnecessário.

Muitos acertos saltaram aos olhos. E muitos erros também, em especial, como dissemos, no sistema de classificação preliminar. E aqui entendemos que os erros persistem ou na forma de escolha ou na escalação do time técnico para fazê-la. Dois deles, os oficiais-fixos, já mostraram que seguem uma linha coerente e moderna, mas o a balança ainda não está em equilíbrio. 2014 comprova isso com seu quase todo equivocado Top14.

Contudo, apesar dos entraves ainda latentes, o salto à moralidade do evento proporcionado pela Band/Enter (até aqui) não encontra precedentes na história “contemporânea” do concurso. Continuamos a crer (e torcemos) para que a cada ano esse tradicional concurso ganhe mais adeptos, tornando-se, como finalidade maior, um evento popular e para a família brasileira.

É um evento sadio e respeitoso. Deve primar mais e mais pela transparência e respeito às participantes e ainda ao público; bem como pela ITINERÂNCIA tão necessária para divulgar o turismo no País.

Enquanto público é prudente darmos votos de confiança quando sentimos que os reparos continuam a ocorrer. Parabéns ao time da Band/Enter pois há sinais positivos no horizonte. Parcos, mas eles estão lá.

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