Certa feita, em uma entrevista dizia a Sra. Enter que o evento Miss
Brasil era direcionado à um público específico. Somente participavam da “grande noite” um seleto grupo de convidados.
A tal resposta fora dada ao questionamento a respeito da qualidade e quantidade do
público do evento.
Ao observarmos as entrelinhas daquelas
afirmações podemos
afirmar que o certame Miss (Universo) Brasil é elitizado, ou seja, apenas os “amigos do Rei” conseguem
adentrar à redoma da elite de personalidades que prestigiam o certame, ainda
que por uma noite só. Logo após o
recolhimento das cortinas e o apagar dos holofotes, vão-se embora, a
esperar o próximo convite “vip”.
No outro lado da moeda, o espectador, o admirador, o verdadeiro público que
acompanha o evento o ano inteiro deve contentar-se
em ver pela televisão e dar-se muito por satisfeito, pois, mais uma vez, as
vagas são limitados e os convites, ano
após ano, têm seus donos-cativos.
Na largada de mudanças tímidas, mas
graduais, a Band/Enter
finalmente anuncia a disponibilização de ingressos ao público-geral, ou da
geral. Outro acerto incontestável.
Falávamos anteriormente que o Miss Brasil sempre
foi elitizado ao extremo, no entanto, jamais se cogitou convites honorários.
O público sempre esteve disposto a pagar para fazer parte da festa, como tem feito para adentrar a qualquer outro
evento cultural ou artístico. Logo, a atitude da Band/Enter em atender a
mais este anseio das pessoas reflete um desejo cristalino pela busca do acerto
constante.
A itinerância ou a descentralização do
evento continua pelo
terceiro ano consecutivo; a sistemática de escolha linear prevaleceu em quase todos os estados da federação em 2014; vídeos
atestando a desenvoltura das eleitas nos estaduais e agora, a venda de ingressos
para a grande final, contabilizam grandes avanços
ao até pouco tempo, estagnado Miss (Universo) Brasil.
Ainda presenciamos muitos absurdos, especialmente nas coordenações
estaduais, no entanto, se fizermos uma retrospectiva, o saldo será positivo em favor da decência.
É bem verdade que temos candidatas sem
condições de competir e
os próprios certames locais nos amparam a chegar a essa conclusão. Nesse
sentido, o que esperamos, enquanto
espectadores é que aquelas que realmente fizeram por merecer estejam aptas
no palco, lutando com decência pelo almejado título de Miss (Universo) Brasil.
E que as oportunistas tomem seus lugares opacos os quais conquistaram sob o
crivo de ações obscuras.
Ainda há muito a ser feito, mas
acreditamos que a desinfecção já começo de fato. O desdobramento do Miss (Universo) Brasil 2014 será um atestado de idoneidade moral…
ou não.
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