Após o descarrego de emoções durante a
Copa do Mundo da FIFA,
pouco a pouco, voltamos à realidade. Realidade essa por momentos esquecida ou
ignorada. Voltamos ao mundo dos esgotos
a céu aberto, da insegurança; ao descaso no atendimento em repartições publicas,
em especial nos hospitais-sucatas, anti-padrão-FIFA; voltamos ao mundo dos políticos corruptos, das atrocidades
patrocinadas pelas mais torpes mentes; voltamos
a ver o Campeonato Brasileiro com seus estádios (agora arenas) fora do
padrão-FIFA, ou seja, despadronizados e esburacados; e um dos pontos mais bizarros: voltamos à poluição visual das vias públicas
repletas de cartazes e faixas de
políticos fichas-sujas em campanha eleitoral.
Há uma lei que proíbe lixo politiqueiro em ambientes públicos fora dos horários e ambientes destinados para tal – alguém dirá. É Verdade. A lei 9.504/97 virou coro em decisões no judiciário condenando a famigerada propaganda perniciosa, mas como bem notamos, ainda há aqueles meliantes que a ignoram. Ora, se até os fichas-sujas passam pelo crivo de idoneidade da justiça eleitoral e recebem a chancela para continuar a nos roubar, a propaganda-lixo torna-se em mero detalhe.
Há uma lei que proíbe lixo politiqueiro em ambientes públicos fora dos horários e ambientes destinados para tal – alguém dirá. É Verdade. A lei 9.504/97 virou coro em decisões no judiciário condenando a famigerada propaganda perniciosa, mas como bem notamos, ainda há aqueles meliantes que a ignoram. Ora, se até os fichas-sujas passam pelo crivo de idoneidade da justiça eleitoral e recebem a chancela para continuar a nos roubar, a propaganda-lixo torna-se em mero detalhe.
Como foram eles, os dignos representantes,
que finalizaram o texto
legal, (são eles que finalizam e votam) em apenas uma leve leitura do Art. 37 dessa lei podemos notar a carga
extrapoladora de subjetividade. Ali, as frases, as palavras foram dispostas
para, exatamente propiciar uma gama
infinita de interpretações, as quais, dada a sobrecarga e morosidade da justiça
brasileira sofrerão mutações até que se chegue a um entendimento definitivo –
dez, vinte, cinquenta anos depois (quem sabe nunca). Enquanto isso, conscientes da obtusidade da justiça, os
dignos políticos candidatos, ou não, continuam a promover suas propagandas
tão pútridas o quanto são suas práticas espúrias no submundo do poder.
Há horário no Rádio e na TV - pago pelo cidadão. |
Não temos grandes escolhas, é bem verdade… mas temos escolha. E esse poder advindo
da prática democrática é uma das maiores forças das quais dispomos. A Democracia com todas as suas lacunas
ainda materializa uma das nossas maiores vitórias enquanto Nação livre. É
uma dádiva, da qual não podemos abrir mão, jamais.
Estejamos conscientes dos percalços e
virtudes e a partir de agora, com a calmaria pós-Copa, passamos agir como estrategistas a observar as nuances dos candidatos a mandatos
eletivos que, em cascatas, se apresentarão a cada um de nós. Deve haver algum (ou
alguns) que fuja do justo estereótipo do corrupto padrão-FIFA. Cabe a cada um de nós encontrá-lo(s).
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