domingo, 6 de julho de 2014

O que é e quando começa a preparação de uma miss?...

O que é preparar uma miss (ou seria uma miss-preparada)? As respostas a esse tipo de indagação são tão ramificadas o quanto são as vasos sanguíneos do corpo. Um exagero, alguém dirá. Mas, se propuséssemos o registro de cada resposta, certamente o arquivo de opiniões distintas seria gigantesco.

No mundo-paralelo1 há aquelas teorias mais difundidas, mais latentes e compartilhadas. Para alguns, a preparação de uma mulher-miss se resume a cirurgias plásticas, principalmente na face, cuja finalidade seria adequar um rosto em harmonia aos padrões atuais de beleza. Mas, quais seriam esses padrões? Como se percebe uma interrogação leva a outra e a outra, até o infinito. Não há um padrão definido, até porque estamos a falar de beleza e toda a sua carga de subjetividade. Logo, são padrões e não padrão, objetivo, absoluto.

Em segundo plano aparece a preparação que envolve a estética do corpo e educação alimentar. Não é raro ouvirmos de candidatas a títulos dos mais diversos, frases: “agora é focar na alimentação adequada e muita malhação”… O que antes se resumia a “pregar a paz mundial” e “miss tem que ser um conjunto” – nos últimos anos vem ganhando discurso diferente e não menos decorado.

Enquanto a grande maioria acredita que uma preparação se resume a essas poucas premissas, outros poucos, já perceberam que o universo do aprendizado é ilimitado. Passa por essas vertentes, mas não se resumem a elas.

Correções estéticas-faciais-cirúrgicas, nunca foram nem deveriam ser consideradas preparação de uma candidata que almeja um título máximo de beleza. São complementos que poderão ser bons ou ruins, a depender do resultado. Nenhuma miss, jamais ganhou qualquer título apenas pela força da beleza da face, fosse ela natural ou cirurgicamente construída. Não é por outra razão que ano após anos criticamos resultados por acreditarmos ser a eleita “feia” ou não tão bonita o quanto aquelas que foram preteridas. Isso deixa claro que a preparação de determinada vencedora não se resume (resumiu) a realizar procedimentos cirúrgicos em busca da perfeição. A atual miss Universo, Gabriela Isler, é o exemplo mais notório à ratificar essa afirmativa.

As misses competitivas são aquelas que apresentam diferencial em seu arcabouço de aspirante que vai desde um corpo adequadamente cuidado e modelado para uma passarela, até a demonstração de maturidade, segurança e capacidade de comunicação desprovida de clichês decorados. Naturalidade e espontaneidade também são adquiridas com treinamento intenso. Ao abraçar um propósito é necessário que a candidata esteja disposta a fazê-lo com zelo, afinco e muita seriedade e isso depende de tempo, muito tempo de treinamento e, claro, motivos pessoais.

É possível então excluirmos do conceito de preparação de uma miss as cirurgias estéticas, educação alimentar e malhação? Não, não é prudente. Tais ações não podem ser consideradas preparação, mas são requisitos necessários para se chegar a ela em sua plenitude.

De nada adianta uma jovem se apresentar em grau altíssimo de instrução, comunicativa e cheia de vontade, se o aspecto do corpo não condiz com aquilo que se busca numa miss-modelo. Com isso buscamos uma resposta moderada, de tal forma que possamos englobar todas essas nuances num conceito mais abrangente, que nos conduza a um direcionamento desprovido daqueles absolutos a determinado quesito.

A preparação adequada seria aquela que dispusesse de tempo suficiente para o levantamento e discussão dos quesitos necessários de reparos; treinamento direcionado a apresentação de palco e passarela; envolvimento com a mídia e participação ativa em eventos sociais e de moda.

Mas… isso é tudo?

Respondemos: não, não é tudo. São apenas alguns pontos nevrálgicos que devem ser atacados com intensidade, para assim, começarmos a nos ambientar naquele emaranhado de ideias do que viria a ser a tal preparação. Para isso, reafirmamos, é necessário tempo, muito tempo e engajamento. E nenhuma Organização fará isso (a não ser na Venezuela), mas cabe à cada aspirante começar a materializá-la no momento em que lhes passar pela cabeça adentrar a esse mundo para ser vencedora e não coadjuvante.

O tempo de “reinado” de uma miss é de um ano. Mas, o tempo de preparação é de uma vida inteira. Não há porque buscar a preparação em última hora, uma vez que os ganhos serão pessoais e ficarão quando todo aquele glamour passar.

Por fim, a vida, o empenho próprio nos prepara. As organizações, sejam elas estaduais ou nacionais, apenas darão suporte e aperfeiçoamento – o que é muito diferente e bem mais simples de se fazer – mas, ainda assim requer TEMPO.

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