Muito antigamente existia a rede Bandeirantes acompanhada pelo slogan
– o canal do esporte. É consciente a todos, também, que o mais sensato
seria: Bandeirantes – o canal do esporte paulista ou paulistano. Demais
notório, o ar de revanchismo; se o Rio de Janeiro tem a Globo, São Paulo tem a
Bandeirantes. Passados outros muitos e muitos anos aquela que atendia
pelo nome Bandeirantes, agora sem “eira” nem o “antes”, virou Band e
suprimiu-se o tal slogan – o canal do esporte (paulista ou paulistano)
que “implicitou” ser do Brasil.
Miss Brasil 2003 - A Band começava bem, depois, o Caos |
Dadas às novas mídias e o sucesso de programas-sucatas (esses de
baixarias que o povão-deseducado tanto ama) na concorrência, a grade, gradativamente
sofreu alterações ao sabor das necessidades. Efeitos da concorrência leal –
espetacular! E o navio da emissora
zarpou com o aval de novos ventos.
Na última década do século XX, a agora Band (já livre do slogan do esporte absoluto) emprestou sua cara a uma comissão de frente, então, recém-formada para conduzir um dos eventos mais tradicionais e saudosistas do Brasil – o Miss Brasil.
Naquela feita não nos fora dito, mas os anos nos mostraram o quão autônoma fora a relação dos promotores do miss Brasil “oficial” – então “donos” da marca Universe, no Brasil – com a “jovem” Band, agora, o canal de variedades. Evidente é que, tal casamento, da maneira como contraído e conduzido, raramente transporia a crise dos sete anos.
Pelo histórico que se constata, a Band limitou-se apenas a disponibilizar o seu sinal licenciado para a transmissão do evento, ao vivo; não demonstrou tomar partido, ou melhor, procurou não intervir no andamento de uma produção que levaria a sua cara estampada para todo esse Brasil varonil. Não interveio, até sentir-se acuada em seu próprio domínio em razão da promoção de desmandos de todo naipe, os quais, a torcida da seleção brasileira passou a assistir ao vivo, a cada realização do miss Brasil “oficial”.
Na última década do século XX, a agora Band (já livre do slogan do esporte absoluto) emprestou sua cara a uma comissão de frente, então, recém-formada para conduzir um dos eventos mais tradicionais e saudosistas do Brasil – o Miss Brasil.
Naquela feita não nos fora dito, mas os anos nos mostraram o quão autônoma fora a relação dos promotores do miss Brasil “oficial” – então “donos” da marca Universe, no Brasil – com a “jovem” Band, agora, o canal de variedades. Evidente é que, tal casamento, da maneira como contraído e conduzido, raramente transporia a crise dos sete anos.
Pelo histórico que se constata, a Band limitou-se apenas a disponibilizar o seu sinal licenciado para a transmissão do evento, ao vivo; não demonstrou tomar partido, ou melhor, procurou não intervir no andamento de uma produção que levaria a sua cara estampada para todo esse Brasil varonil. Não interveio, até sentir-se acuada em seu próprio domínio em razão da promoção de desmandos de todo naipe, os quais, a torcida da seleção brasileira passou a assistir ao vivo, a cada realização do miss Brasil “oficial”.
Miss Brasil 2010 - eleição e despedida revela o telhado de vidro do MUB |
Presenciamos de
tudo um pouco. Era (ainda
é) tão fácil quebrar um regulamento do miss
Brasil “oficial” o quanto é difícil quebrar um ovo com um martelo. Tivemos
miss casada; miss política; miss jurada no próprio concurso (seria o mesmo que
você fazer a prova do concurso e presidir a banca examinadora responsável pela
correção); miss em trajes menores...
2010 e 2011 foram anos emblemáticos. Ali, o iceberg demonstrou que aquela pontinha que flutua à deriva nos oceanos esconde um corpo robusto de uma montanha perigosa e gélida.
2010 e 2011 foram anos emblemáticos. Ali, o iceberg demonstrou que aquela pontinha que flutua à deriva nos oceanos esconde um corpo robusto de uma montanha perigosa e gélida.
Nem precisamos ser adivinhos para deduzirmos qual o navio desatento veio a rachar o casco ao bater na crosta de gelo.
Ganha um doce quem pensou no “canal do esporte”. Imediatamente, o capitão, demonstrando tino moral, correu ao convés a pedir à tripulação e aos
passageiros que não entrassem em pânico, uma vez que, quem navega por águas
turvas sempre se põe alerta às tormentas; é o primeiro requisito de segurança; dispunham de botes salva-vidas para todos.
E nessa leva talvez tenham sido salvos até quem não merecia.
Nesse painel desgovernado criou-se uma tecla nova – a enter – para otimizar as ações a partir de então. O navio continuou a navegar mesmo com a proa em frangalhos. O grande problema pode ter sido a simples adoção de medidas paliativas, visto que a essência da tecla enter ainda seria controlada a partir do conhecimento dos antigos amadores – aqueles que permitiram a colisão da embarcação com a grande montanha gelada, enquanto o capitão dormia.
Nesse painel desgovernado criou-se uma tecla nova – a enter – para otimizar as ações a partir de então. O navio continuou a navegar mesmo com a proa em frangalhos. O grande problema pode ter sido a simples adoção de medidas paliativas, visto que a essência da tecla enter ainda seria controlada a partir do conhecimento dos antigos amadores – aqueles que permitiram a colisão da embarcação com a grande montanha gelada, enquanto o capitão dormia.
As funcionalidades da tecla enter, todos sabemos quais são; idem as suas disfunções. Em um painel de
controle onde há seleções funcionais e não
dispomos de uma tecla enter efetiva
para acionar, a solução é apelarmos
para os ratos disponíveis e assim fazer valer o comando, até que os técnicos habilitados sejam
acionados para resolver o problema sem a famigerada maquiagem – palavra tão
comum nesse meio – e que tem exatamente aquele significado que ficamos tentados a
imaginar.
Aqueles que apostam na recuperação da Nau, agora querendo mostrar-se um Transatlântico, garantem que o tempo ainda é exíguo para se efetuar todos os reparos os quais permitirão, finalmente, voltar ao alto mar sem receios de naufrágio; por outro lado, os realistas apregoam que os reparos já foram feitos, a água continua e inundar os compartimentos internos, uma vez que os técnicos qualificados não assumiram o comando; e, talvez, nem assumirão.
Aqueles que apostam na recuperação da Nau, agora querendo mostrar-se um Transatlântico, garantem que o tempo ainda é exíguo para se efetuar todos os reparos os quais permitirão, finalmente, voltar ao alto mar sem receios de naufrágio; por outro lado, os realistas apregoam que os reparos já foram feitos, a água continua e inundar os compartimentos internos, uma vez que os técnicos qualificados não assumiram o comando; e, talvez, nem assumirão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário