sexta-feira, 12 de abril de 2013

Concursos de beleza no Brasil - um olhar panorâmico sobre alguns entraves.



Temos dito que já se faz sentir uma leve modificação no ambiente do miss Universo Brasil. O miss Brasil World, já é fato consumado. A cada dia percebemos um tímido frenesi - uma marolinha. A boa escolha da miss Universo Brasil 2012 fez ressurgir uma fagulha de esperança. É chegada a hora em que os refratários escolherão suas candidatas... tomando como referência o Estado que representa, a causa que defende (ou nenhuma causa), a cidade natal, a beleza-pintadinha-a-pincel (ou não)... a identificação (muitas vezes equivocada) como um todo.

Devemos nos postar atentos e “eles” também, especialmente depois que o miss Brasil World deu os primeiros sinais de ressurreição. Há expectativas, ainda que mornas. Convenhamos que ter boas expectativas em se tratando de miss Universo Brasil é algo surreal. Não é raro, logo depois das nossas consecutivas derrotas, mundo afora, levante de vozes em coro, afirmando que poderíamos ter montado um time competitivo se a coisa fosse levada a sério (bem óbvio, nao?).

E por falar em seriedade, nunca é demais lembrar a nobreza das gigantes brasileiras em 2012 – Mariana Notarângelo e Gabriela Markus, no miss World e Universe, respectivamente.

Bom, continuamos a acreditar. E constatando os últimos sinais havemos em ficar satisfeitos não muito com o que já temos, mas com o que possamos vir a ter. Invoquemos o poder da fênix.

Percebam que não estamos a defender um estado, ou cidade, ou região... a defesa deve ir de encontro com aquilo que acreditamos ser a melhor opção. Mas, vejam bem, isso, não quer dizer que não devamos torcer, defender e vibrar por nosso estado... a medida em que os nossos vão caindo por terra ou ficando para trás é plausível escolhermos um lado à nos acomodar.

A melhor representante para o nosso país deve ser aquela que demonstrar maior segurança para tal, assim, poderá vir do Oiapoque ou do Chuí... preta, branca, amarela, índia... não importa. O fundamental é ser a melhor dentre as melhores. Concordando ou não, todas as candidatas têm méritos, serão postas em evidência e, sobressair-se melhor dentre as melhores não é tão fácil o quanto nós, que de fora ficamos, muitas vezes somos tentados a imaginar.

Aqueles que se dão ao trabalho (ou ao lazer) de acompanhar mais de perto os certames de beleza percebem sem grandes esforços que há muitas controvérsias e até atos nem um pouco condizentes com o mundo-paralelo-da-beleza. Não será por isso que se deve aderir ou desprezar. Devemos acreditar que nossas opiniões (equivocadas ou não) fazem muita diferença junto àqueles que estão envolvidos mais diretamente. Compartilhemos, portanto, dessa convicção, ou, contrário a isso, joguemos a toalha – não é isso o que queremos.

Assim, juntos vamos descobrindo nossas predileções, muitas vezes compatíveis outras nem tanto, mas é este o sentido. E a partir do poder de escolha que temos vamos aos poucos, montando nossas estruturas pessoais de puro encanto – formando os tops 15/16, 10 e 5, com tamanha convicção que até esquecemos que somos meros espectadores.

É gostoso quando acertamos ou quando nossas preferidas são as vencedoras. Ficamos inconsoláveis quando julgamos os resultados injustos. Passa o frenesi e começamos tudo de novo. É uma brincadeira que se aprende a brincar praticando e não tem mais volta. Parece dramático... melhor tornar tudo mais ameno, mais lúcido... e torcer com parcimônia.

O que seria das misses e seus tutores se não existíssemos para torcer, cobrar, brigar, alegar juntos? É uma pena que os donatários não nos deem o valor que merecemos – eles nunca nos darão satisfação alguma e somos nós seus melhores clientes (por assim dizer).

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