sábado, 6 de abril de 2013

Imparciais todos alegam ser, mas com imparcialidade poucos agem.

O tempo é de renovação. Sempre deve ser tempo de renovação. É tempo de repensar, reorganizar e finalmente recomeçar, se preciso for.

Será possível, após anos e anos de promoções descompassadas se propor mudanças e essa mudança abranger o enlace fraterno dos mesmos convivas promotores dos descompassos do passado e passado recente? No miss Universo Brasil - é possível.

Mas, esse é um questionamento que nos instiga à resposta com alta incidência de dualidade. No pólo negativo é difícil acreditar que haja um “retrocesso” por parte dos descompassados e os tragam ao pólo positivo, virtuosos e escrupulosos, como se sonha, o homem deva ser. No pólo positivo prevalece a velha visão do “ser regenerado”, da mudança de posicionamento relativo a determinado assunto, do “virar a casaca” em bom português.

É claro que ambos são possíveis. O mais complicado, de fato, é saber se mudanças – positivas ou negativas – são verdadeiramente promovidas ou se somente são expostas ao público na forma dosada que esse público gostaria de ver.

A imparcialidade, talvez seja um princípio que mais põe em “xeque” os valores morais de uma pessoa. É dificílimo ser imparcial e quando se é, ele proporciona um sentimento de dever cumprido. Por outro lado, pode acarretar uma tormenta existencial, quando não se tem princípio ou nenhum resquício do que de fato seja ético. Não se pode ser imparcial sem ser ético.

Mas, aqui no mundo-paralelo das misses e misters é difícil crer numa imparcialidade concreta. Pode-se afirmar isso, não pelo que está por vir, mas pelo que já foi presenciado e deveria ser esquecido. Deveria, mas ao que tudo indica as mesmas caras, e porque não, atitudes serão levadas adiante.

Não obstante as "grandes mudanças" anunciadas e ocorridas na reestruturação do miss Universo Brasil, percebemos que a nau continua a ser capitaneada por vocês-sabem-quem. E o tempo ensina e mostra, cristaliza, clarifica de tal maneira, os fatos que às vezes eles passam imperceptíveis de tão óbvios que são.

2010 e 2011 são dois períodos na história do miss Universo Brasil que sempre serão lembrados. O primeiro por sua miss acima, e muito acima do peso e espezinhada em rede nacional; o segundo pela miss “pelada”, ainda que tenha respondido satisfatoriamente àquilo que se propunha. As casadas, as de título “politicamente” correto, etc., pouco se fala. Também pouco ou nada há a ser feito. O que poderia ter sido feito não foi na época e dia certos. E tais erros vieram persistindo até “ontem”.

Capitães do "navio" - onipresença para 
garantir escolhas equivocadas?
Com o prenúncio de bons ventos a soprar espera-se que efetivamente haja uma difusão séria da imparcialidade e comprometimento com a causa. Que não se olhe para esse “mundo” apenas com a intenção numérica do “vencer mais”.

Espera-se que os detentores desse direito elevem o miss Universo Brasil ao patamar de programa sério; de esporte convidativo onde se possa vestir a camisa do Brasil e não de um estado qualquer; onde a grandeza seja nacional e jamais setorial, segregado; onde a aleatoriedade possa visitar todas as regiões em busca da beleza branca, negra, índia, amarela, vermelha...

Talvez até seja a intenção uma dinâmica justa, mas os bastidores e o marasmo vigentes, nos mostram que a condução não evoluiu o mínimo; o capitão do navio continua no comando do leme desgovernado e a presidir o corpo de jurados que se julga imparcial. Aliás, recentemente mostrou que está afiadíssimo na escolha da miss Sergipe 2013 - uma competidora a menos no grupo das 27.

O que nos movimenta, enquanto espectadores desses eventos, é a convicção de que, no dia em que a valorização justa emergir de norte a sul, não importa quem estará à frente, o Brasil aplaudirá de pé.

Que conceitos sejam revistos e que venha 2014 recheado de imparcialidade EFETIVA - porque 2013 já não prediz grande apreço. Só um milagre nos livrará do vexame iminente.

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