quarta-feira, 3 de abril de 2013

E o miss Universo Brasil... continuará "oficial"?

Talvez seja cedo demais para predizermos algo a respeito do miss Universo Brasil... do Novo Miss Universo Brasil. Mas, certamente já é tardia qualquer ação para desatravancar esse que deve ser o mais tradicional certame de beleza da grande tribo tupiniquim.

Existem sim, algumas travancas de aroeira maciça que só com muita ousadia, coragem e vontade de mudar, poderão ser quebradas.

Aqui, serrar as aroeiras que sustentam um evento defasado, perdido no século XXI, sustentado pelo saudosismo do século XX, não caracterizaria “crime ambiental”. Seria uma prestação adequada de serviço aos espectadores, admiradores e por que não patrocinadores e adjacências.

O ponto inicial do corte certamente seria ver um evento miss Brasil começar pelo começo; ter um meio e finalmente um fim.

MUB2012 - soberana recebe a coroa em traje Maiô.
Explica-se: às vezes tem-se uma abertura bem dinâmica. Coreografias de animadoras de torcida e tudo mais. É plausível. Noutras, tem-se um farfalhar de vestidos de gala nada convencionais, pra não dizer feios, logo na entrada. Ato pouco plausível. Quando começa assim, quem já anda antenado (a roer as unhas) nos concursos de beleza já começa a imaginar o desfecho grotesco, qual seja, a vencedora coroada em trajes menores - de maiô.

Lá na tal abertura dinâmica, alimenta-se uma fagulha de esperança. Pois se as moças não entraram em gala, certamente farão um favor ao bom senso de pô-las assim em desfile final. Santa ignorância! Muito cedo para tal afirmação quando se fala do “miss Brasil oficial”.

Em 2010 e 2011 foi saborosa essa sensação. A sensação de que o movimento retrógrado só se aplicaria nos estudos mais minuciosos da física. Não! No miss Brasil, especialmente, o “oficial” são evidentes os movimentos retrógrado e ainda o retardado (para dá aquele reforço). E lá estão as candidatas antes flutuando em trajes de “princesa”, agora se despindo a enfiar-se em maiôs para o fechamento do evento.

miss Universo Brasil 2012 - as mascaradas dançaram no palco
2012 deu o ar da graça sem grandes transformações, todavia, as cenas grotescas prevaleceram. Alguma cabeça desprovida de cérebro arquitetou a ideia estapafúrdia de por no palco as candidatas mascaradas. Idem, a falta de massa pensante àquela (cabeça) que ratificou tal número. Escolher uma apresentação de dança medieval-de-mascaras ainda se entende. O que ficou tosco foi o caráter fixo das indumentárias facial nas carinhas lindas das candidatas.

O baile poderia ser de máscaras, mas as máscaras teriam, necessariamente que trazer hastes de punho. Posteriormente, iriam enfiá-las em maiôs, para o ato de coroação.

É de se imaginar o quão seria “glamoroso” a rainha Elizabeth dois, em trajes menores ostentando uma coroa de realeza. Ora, a coroa está para a rainha assim como a beleza está para a miss. Ambas são da realeza. Os polos (da política e beleza), embora distintos convergem a um significado comum.

Outra travanca que represa o passado no presente é o amadorismo na condução do evento. É perceptível que não há ensaios ou se há, eles não são suficientes. Nos holofotes prostram-se dois apresentadores sem a mínima sintonia; ou melhor, há sintonia nos constantes atropelamentos vocais. Um diz, o outro desdiz. 2012 ainda sofreu de tal decadência.

Há ainda aqueles que jamais foram mestre de cerimônia e que não demonstram sequer saber o que venha a ser tal denominação. Há também os com sérios problemas de dicção e raciocínio para conduzir e, de fato, comandar um programa de semelhante porte. Até 2011 (especialmente) foi tragicômico assistir ao miss Universo Brasil.

É clarividente que há inúmeros entraves que “enfeiam” o que deveria ser belo. Mas é bem verdade que é necessário aguardar como será o amanhã.

Amanhã, quem sabe... talvez... Amanhã.
O amanhã nos dirá se continuaremos a ter rainhas (da beleza) coroadas em trajes menores; o amanhã nos dirá se a parede da represa feita pelos "castores", com madeira de lei, será rompida em nome do bom senso; só o amanhã nos mostrará se é possível entrar no “ringue” da beleza e disputar como protagonista e não como mero figurante.

Diante do que não se pode afirmar... só nos resta dá um “enter”... e dizer: em um certame de beleza tem roupas leves convencionais, tem biquínis e maiôs, e a sutileza da gala para o fechamento – exatamente nesta ordem. Ao menos é mais olhável.

E continuamos a esperar o amanhã...

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