segunda-feira, 15 de abril de 2013

O Brasil de coração mole.



Há anos o Brasil permanece inerte às "invasões" de estrangeiros ilegais, mas só nas últimas décadas esse problema tem sido evidenciado mais fortemente. Os grandes centros urbanos, têm abrigado imigrantes ilegais em condições precaríssimas, como se sabe, aquelas dispensadas aos “foras-da-lei” em qualquer nação.

Embriagados pela visibilidade do país no cenário mundial, muitos cidadãos estrangeiros vêm transpondo as fronteiras em busca de trabalho. Muito natural não fosse o alto índice de estrangeiros ilegais, portanto, uma agravante séria da escalada da pobreza e miséria nas comunidades que recebem tais pessoas.

Após o avassalador terremoto no Haiti, em 2010, o problema da imigração ilegal tem tirado o sono do governo do estado do Acre, após um ato de benevolência humanitária do Governo Federal, que autorizou a regularização daqueles cidadãos instáveis, desde que já em solo brasileiro.

Eis aí o grande erro. O Governo do Brasil, ao longo dos séculos manteve uma postura de omissão no que diz respeito às fronteiras do país, mormente as fronteiras secas. E com o advento da catástrofe haitiana, e outras ondas de pobreza mundo afora, o problema vem ganhando dimensão que tende a fugir ao controle das autoridades. E fugiu.

O governo do estado do Acre, para chamar a atenção do Itamaraty, decretou estado de emergência. Em dois municípios daquele ente federado os problemas tem se agravado continuamente com o crescente aumento de estrangeiros ilegais ultrapassando, livremente, a fronteira.
Armadilhas de coiotes

Devido a facilidade, a regularização de imigrantes ilegais, a conivência disfarçada e uma política equivocada do governo, os chamados "coyotes" encontraram um porto seguro para alavancar suas finanças, embora às custas da desgraça alheia. Tal como a fronteira do México com os Estados Unidos, estão as fronteiras de Bolívia e Peru, em relação ao Brasil; ambos os países, feitos de gargalo, escoadouro de imigrantes ilegais, pelos ditos coyotes. A ordem é vir, uma vez que o oásis está logo ali do outro lado da fronteira e de portas abertas.

Já em território brasileiro, haitianos, senegaleses e dominicanos – apenas para citar alguns – esperam ter a situação regularizada, pois lhes fora passado de boca em boca, que uma vez em terras do Brasil a autorização de permanência é certeza absoluta. E assim vem acontecendo, todavia, tem-se admitido milhares de pessoas, as quais não recebem condições adequadas de trabalho, e pior ainda, o Estado que as recebem não dispõe de estrutura para evitar a marginalização dessa gente. E cidadãos, ainda que estrangeiros, à margem da sociedade, já podemos imaginar aonde chegarão.

De acordo com a política brasileira aplicada ao caso, entrar no país pelas vias do contrabando é o correto, pois tendo os cidadãos estrangeiros ultrapassado a fronteira, o Governo os abraçará com afago de mãe. Seria hilário se não fosse extremamente perigoso e dispendioso.
Sejamos humanitários e até corações-moles, mas ajudar cidadãos de noções destruídas (como é o caso do Haiti) lhes dando benesses temporárias, não é a solução mais sensata. Os países (não só o Brasil) deveriam unir-se para ajudar àquele povo a reconstruir seus lares e não lhes abraçar em fuga, lhes dando guarida além-fronteiras ou promovendo ações paliativas isoladas.


Foto - Ação equivocada do Governo brasileiro provoca corrida desenfreada de estrangeiros ilegais no país - "coyotes" passaram a atuar nas fronteiras-secas.

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