terça-feira, 16 de abril de 2013

Há muita calmaria no universo-paralelo brasileiro! O que virá depois, só o tempo nos dirá.

Bons ventos hão de soprar sobre o universo-paralelo tupiniquim. Uma brisa suave já começou a varrer os entraves poluentes que faziam/fazem morada na mente de alguns manda-chuvas. O preocupante é que a sabedoria popular afirma que uma tempestade sempre se forma após uma breve calmaria. Ainda assim, havemos de torcer para que o “tinho” informal do povo não se concretize; não nesse caso, em especial.

Atentemos que a calmaria, no que se refere ao mínimo empenho, sempre foi evento reinante nos certames brasileiros. Quando olhamos com mais tenacidade numa busca por respostas, percebemos que, de fato, não é possível ver algo concreto. Não é possível, por exemplo, saber qual a real finalidade desses concursos no Brasil; não é visível qual a causa defendida; não é possível se identificar o campo de atuação das escolhidas e, menos ainda, perceber se há uma equipe de suporte nos bastidores.

No segmento World essa visão mostra-se bem menos embaçada. Ali é palpável certo empenho e existe um corpo profissional dando suporte atrás das cortinas. Se não é real, na melhor das hipóteses, nos remete à ilusão de que há uma empresa e profissionais a trabalhar. É um acalanto.

A parte universal é que nos têm deixado apreensivos, temerosos e muitas vezes céticos a tal ponto que alguns admiradores tornam-se ex-fãs, por crer não ser possível um "endireitamento". Talvez um posicionamento mais radical não seja a solução – e não é. Mas, porque alguém seria fiel a uma causa se essa causa não demonstra o mínimo empenho em manter seus adeptos pela transparência de seus atos? Onde há o pensamento livre, o lema é: ou caminhamos juntos com ideias claras ou, discordando, rompemos a buscar quem as tenham.

Muitos apregoam que ainda é cedo para termos um desfecho de regularidade. Contudo, essa regularidade somente será concreta quando houver efetividade nas ações. Em 2013 já poderíamos estar a colher muitas respostas, no entanto, mais dúvidas emergem a juntarem-se as já costumeiras, porque sem respostas convincentes.

Um dos erros mais grosseiros que se percebe é a manutenção da ideia de se moldar uma mulher para ser miss Universo (MU); de fato, grosso modo, não há mal nisso. Os malefícios e as derrotas reinam porque “eles” esquecem que antes de ser uma miss Universo, a dona precisa, necessariamente, ser a Miss Universo Brasil (MUB). Como é possível se “forjar” uma MU se continuarmos a ter uma MUB mal assessorada e sem aperfeiçoamento? Uma candidata eleita sem condições nem tempo de preparação não será, nem sequer uma boa MUB, que dirá uma MU.

A resposta a esses questionamentos é dada a cada ano no evento internacional do qual participamos. Os “experts”, do alto de sua presunção, determinam que a candidata está-pronta; aí chegam à concorrência internacional e as deficiências manifestam-se; é comunicabilidade precária; é excesso de peso; é vestimenta equivocada; é descontentamento com o título; é insegurança vocal; é fobia de palco e pessoas; é insubordinação por revolta. Isso para citar alguns pontos podres. Convém lembrar que todos os fatores citados são siameses (entre si).

O ponto crucial é a tal sustentação oral e o preparo psicológico. Dos poucos eventos que tivemos figurantes brasileiras habilitadas às respostas finais, em todos (exceto MU2011), elas mostraram fraqueza de sustentação oral e psicológica.
Coragem - o cão covarde!

Não é justo pegar essas jovens, por mais que sejam preparadas nos estados de origem, elegê-las MUB e, em no máximo dois meses, jogá-las no palco de um certame internacional e esperar que vençam por milagre. Mudanças tão bruscas em tão pouco tempo, nem o mais preparado dos cérebros conseguem adaptar-se; imagina-se o turbilhão que envolve essas pobres jovens, na maioria, ainda sonhadoras.

O que pretendemos é o mínimo necessário. Que seja feita eleição clara e tempestiva; que elas (as jovens) venham preparadas previamente para sonhar com o título nacional maior, mas que seja disponibilizado a vencedora o tempo de aperfeiçoamento adequado para buscar maiores sonhos.

Da forma com tem sido feito, certamente ainda teremos muitas derrotas pessoais, inclusive, que poderiam ser evitadas – como ocorreu em 2010.

Nesse universo miss'ológico tropical, as conchas continuam vedadas – haverá pérola ou apenas lama dentro delas? Seria o temor do conteúdo interno que predispõe o silêncio?...

Nenhum comentário:

Postar um comentário