sexta-feira, 29 de março de 2013

Certames de beleza e televisão - um "casamento" necessário.

Às vezes até queremos ficar calados. Mas nem sempre conseguimos. Às vezes (de novo), falar é preciso e se serás ouvido, aí já é outra discussão.

Hoje temos um miss Brasil encabeçado (como sabemos) pela Rede Bandeirantes. Glórias por isso, muitos dirão! Se ruim for com Ela, sem Ela será pior. Será? Não duvido que seja mesmo. Não termos um certame tão tradicional no Brasil, como é o MUB*, deve ser terrível aos amantes da beleza! Muitos já presenciaram esse mal e devem bem saber como é.

MB 2002 (o erro) - destituída por ser casada
Aí, para resgatar o valor do certame veio a Band em parceria com a Gaeta Produções. Ao que consta, desde o início dessa parceria, muitas polêmicas vieram à tona. Mas quem no meio midiático não vive imerso em polêmicas constantemente? Muitas, sabe-se que são apenas especulações falaciosas. Outras nem tanto assim. Contudo, presenciou-se alguns momentos sóbrios também.

O mais embasbacante é perceber uma empresa do porte da Band, associar a sua marca a um certame de beleza sem para isso lhe dar a atenção necessária para angariar o mínimo de adeptos. Noutra feita, levantamos a hipótese de que, caso a Rede Globo se aventurasse numa jornada dessas, em, no máximo, um mês todos os brasileiros estariam falando de miss Brasil nos “butecos” e campos de peladas. Muitos acharam absurda a forma como “endeusamos” a Globo. Aqui dou a resposta àquelas indagações: não se trata de engrandecer ninguém, mas sim, de reconhecer que alguns são tinhosos mesmo e divulgam aquilo que querem que traga o lucro almejado. Seja em dinheiro, seja em realização.

A Band tem mostrado o miss Brasil, mas também tem se limitado apenas a transmiti-lo. Durante uma década deixou o certame, de certa maneira, se transformar naquilo que se ver hoje – desacreditado por muitos que o acompanham. Os resultados não são claros. A apresentação é pífia, salvo algumas ressalvas em pouquíssimos anos. O formato e a escolha dos jurados parece não obedecer a critérios preestabelecidos e sim estabelecidos por um grupo, jamais por uma organização.

Gabriela Markus - o maior acerto de Band/Enter
Pequenas modificações já são percebidas desde o anúncio da suposta condução da Enter (Enter essa que ninguém sabe o que é) – evento apresentado por um apresentador do ramo da comunicação; miss Brasil itinerante; e... e só. Acho que são apenas esses... no mais, continua como antes. Aguardaremos para ver se, ao menos, a itinerância será mantida. O concurso de 2012 realizado em Fortaleza mostrou-se mais sólido, apesar de algumas atravancas facilmente percebidas.

Daí vem outros e dizem: vamos tratar bem, vamos apoiar a Band/Enter(Gaeta?) e sua turma, pois eles não estão ganhando nada para nos presentear com o miss Brasil; OH!!... se “eles” largar tudo, vamos ficar às escuras como antes, aí será muita “mais” pior; mesmo sem tanta transparência, cabe a nós, amantes do mundo-paralelo, levantar a bandeira branca do apoio e paz incondicional...

Francamente, amigos... se não têm lucro é por que não querem tê-lo; se não tem audiência é por falta de divulgação; se não tem divulgação e nem público não terão patrocínio; e se não tem patrocínio, não entra dinheiro e se não entra dinheiro, voltamos ao início do ciclo – ostracismo. Que empresa ou empresário seria esclerosado o bastante para investir num projeto-casulo? É o que temos.

É imprescindível o apoio de uma emissora de TV, mas, enquanto não estiverem dispostos a assumir o certame com seriedade, estaremos fadados ao constante desconforto.

Caso seja feito com clareza e empenho – é louvável. Do contrário, não fará diferença alguma se pegar ou largar. De obscuridades está cheia a Esplanada dos Ministérios, o Congresso nacional – os Três Poderes... O País está repleto de cidadãos que toleram tudo... querem constatar? pesquisem, ainda que de leve, o naipe dos eleitos nas últimas eleições municipais...

NÃO tolerar qualquer coisa é o lema...
* Miss Universo Brasil

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