segunda-feira, 25 de março de 2013

... nas asas da imaginação - II



Quando escrevemos, nem de longe temos a pretensão de dominar o mundo (paralelo), ou mesmo mudá-lo. Menos ainda, temos um posicionamento de inconformismo. Particularmente, acho bonito de se ver os tais concursos e gostaria, sim, de vê-los mais entrosados com todos os públicos. Fora isso, nada além de um “robi”.
Cérebro - sem o Pink seria o fim.

É inevitável não se associar ao MU12 à polêmica teoria dos conchavos, dos direcionamentos. Os concursos de beleza como um todo sempre foram controversos e 2012 foi um ano bem evidenciado em contrastes nos principais certames. Diante de tudo que conseguimos captar podemos imaginar uma infinidade de possibilidades usadas pelos donatários para a escolha da peteca-da-vez.
Olivia Culpo, miss Universe 2012 - a Peteca da vez.
Uma Peteca em sua forma original.

No MU12, por exemplo, podemos tomar por base, três possibilidades (dentre muitas):

– é a mais fácil de compreender e a mais aceita – as regras da conveniência – o concurso é "meu", eu escolho ou elevo a quem convir. Por essa tese o top16 e a escolha da MU foram justíssimos – não havia meios de a Olívia (que não é a Palito) não sagrar-se a melhor do universo;

– a elevação da candidata ao top16 pelos méritos alcançados individualmente + o arbítrio dos donatários que assim o decidiram – regra da conveniência + a capacidade individual – top formado e a partir daí, salve-se quem puder. Só as melhores avançarão. Essa tese justificaria (em 2012) a classificação da Índia, da França, do México (as sem méritos claros) dentre outras; – Brasil, Austrália, Venezuela, Polônia (as com méritos claros) e a desclassificação de tantas outras muito melhores que nem sequer foram vistas (desclassificadas pela conveniência do dono);

– top16 único e exclusivo por desempenho idividual – UTOPIA – tomando novamente 2012 como referência talvez chegássemos (das 16) a um top5 – Austrália, Brasil, Venezuela, Filipinas (não levemos em consideração a real aparência com a qual a filipina se apresentou), Polônia e nada mais... as demais candidatas que ali foram chamadas jamais atingiriam uma nota suficiente para alçá-las adiante. Não por não serem competentes para tal, mas pelo desempenho forte e gritante das demais concorrentes.
Miss Universe Netherlands 2012 - uma das desclassificações incompreensíveis no miss Universe 2012.

Por fim, num top5 onde as notas (aparentemente) são zeradas e a entrevista sacramenta a vencedora, por mérito, a coroa deveria ser das Filipinas, pois foi ali que reinou a ousadia, a espontaneidade e a inteligência de uma resposta rápida e coerente. É claro que não se está a falar da beleza padrão e plena.
Miss Universe Philippines 2012 - resposta segura e coerente pode tê-la garantido o 2º lugar no MU12 (ou não?)

Fica pois a lição que muitos não querem aprender. Eleger os rostinhos forjados pelo bisturi e pintados à mão, não vai garantir nada. Menos ainda os corpinhos violões e tesudos de mulheres-frutas. Aliás, garante a satisfação dos nossos olhos limitados, pois aos olhares daqueles que realmente importa, nada dirão.

Depois da piada que foi o miss Universe 2012, Afrodite deve ter caído em gargalhadas soltas diante da falta de criatividade dos mortais em perceber as nunces da beleza.

Não havemos de ficar tristes, mas devemos falar sempre, não? É bem verdade que a real é que tudo gira em torno de interesses onipresentes, escusos ou não, mas impossíveis de se entender.

E quanto as gargalhadas de Afrodite, nunca haveremos de saber o que pensou, de fato, ao proferí-las tão acintosamente.

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