quinta-feira, 28 de março de 2013

Os certames de beleza e o apoio popular inexistente

É bem comum nos depararmos com declarações agradecidas e reverências incondicionais aos "organizadores" dos concursos de miss no Brasil, especialmente à emissora de TV que transmite o evento que elege a candidata ao miss Universo. Afirmam que pior seria se não o tivéssemos. Pode ser, mas há controvérsias.

Sem dúvida é um espetáculo “divino”, um certame de beleza quando visto por olhos que sabem apreciá-lo. Nesse sentido fico feliz por podermos assisti-lo. Folguemos, pois, por termos a Band a nos proporcionar tal evento!

Ao observarmos por outro polo, percebemos também que ao público-engajado, somente o brinde da transmissão não é suficiente. É necessário que se adote postura mais transparente e que se defina qual a tática a ser trabalhada. Nesse “mundo” não vale o segredo-tático para se definir o vencedor. Este (o segredo-tático) deve prevalecer na preparação e/ou aperfeiçoamento da candidata.

Aqui há vida e movimento
Importa dizer que o apoio deve ser dado sim, quando e somente quando concordamos com os termos estabelecidos, o que fica por demais impossível quando não há termos estabelecidos. O que se percebe é a existência de uma caixa-preta-onipresente em todas as coordenações estaduais; coordenações estas que se mantêm enclausuradas ou encasuladas, de onde não se percebe movimentos ou se ouve uma simples conotação-vocal-monossilábica. Não dão entrevistas, não aparecem em programas televisivos com intuito de divulgar ou preparar suas representantes. Não se vê e não se ouve nada.

Certamente há raríssimas exceções (locais), mas essas exceções limitam-se apenas a falar “o que uma miss tem que ter”. Os próprios entrevistadores são tão “antenados” que se limitam apenas a pedir a encenação do tchauzim – este sim o grande protagonista.

A decadência, com ou sem a Band, é tamanha que para termos uma ideia da dimensão é só assistir as poucas entrevistas dispostas na Internet com misses brasileiras. Atentemos que (muito embora sabendo) os entrevistadores fazem questão em deixar transparecer que desconhecem totalmente o universo-paralelo. Fazem perguntas imbecis durante todo o tempo e sempre com ar interrogativo maior do que a interrogação da pergunta propriamente dita.

Ok! Agora vejamos um vídeo onde são entrevistadas as donas representantes dos mais diversos países e observemos o quão grande é a diferença e o incondicional respeito que é dado às profissionais-enfaixadas.

Aqui ainda há muito para se aplaudir. Mas os aplausos devem ser entoados quando não tivermos um evento limitado apenas à concentração final. Quem aplaude sem interesse de lograr vantagem é o grande público. E se ao grande público é apresentado uma moça com motivos de chacota, desinteresse e desconhecimento já “de casa”, não terá razão nenhuma aplaudir.

Uma organização de verdade jamais se limitaria à realização de um evento uma vez a cada ano. Uma Organização deve ser organizada a transparente a cada dia, todos os dias o ano inteiro.

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