domingo, 24 de março de 2013

Crítica versus crítica - depende da percepção

Muitas vezes não podemos nos furtar de ler ou ouvir alguns questionamentos. Um dos que, não raras vezes, acabam se repetindo cristaliza-se quando alguém mais acalorado critica com veemência determinada aspirante “missal”. Em muitos casos é necessário que se auto-apare algumas arestas.

Em outras palavras, quando se insinua ou se critica uma crítica mais animosa, na concepção de alguns, se está querendo dizer que devemos ser convenientes (ou seria hipócrita)?... algo como: está errado, mas, somos humanos e suscetíveis a eventos tortuosos; o famigerado “quem nunca errou que atire a primeira pedra”; ou, a candidata é “feia” mas não podemos dizer isso de forma tão sucinta, pois isso é desrespeitar a pretensa concursante; ou ainda... o que pensariam/pensam seus familiares se virem ou lerem isso? Como ficará a cabecinha dessas “meninas” lendo tais críticas?

Em suma, temos que nivelar por baixo e falar apenas “abobrinhas” graciosas?

Você é de uma hipocrisia realmente encantadora.
A atitude menos dolorida seria: quem não tem preparo psicológico para receber críticas, que nunca se aventure em mídias... qualquer que seja; que permaneça no anonimato, pois lá se vive e vive bem; quem não é bonito(a) o suficiente para enfrentar certames de beleza que não entre nas disputas, pois até os belos de fato são criticados, seja por razão plausível, seja por simples sisma de desafetos. O que dirá daqueles(as) que são desprovidos(as) da beleza-plena e querem, a todo custo, ser vistos como belos?

Gostar de si mesmo(a) não significa querer abraçar o mundo e realizar feitos que, no fundo, tem-se a consciência da incapacidade. Gostar de si mesmo é, dentre tantas vertentes, buscar fazer aquilo que saibamos fazer com propriedade. E se o fazer-melhor não requer limitação (como muitos assim entendem), que o praticante esteja, no mínimo, consciente das implicações advindas de eventuais falhas e porque não, críticas, sejam elas boas ou ruins.

Pois bem: que venham as “feias”, as “gordas”, as “desprovidas de cérebro”, as “balzaquianas”, as “operadas”, a até aquelas “que se acham" acima do bem e do mal ao ponto de menosprezar um título e principalmente a inteligência alheia”... e muitas outras detentoras de adjetivos pejorativos - alguns atribuídos com justiça, diga-se de passagem.

Isso tudo, decerto, não nos impede de atuar nas mais diversas áreas, todavia, sabendo disso é necessário termos alguma maturidade para nos acomodar da melhor maneira, quando os solavancos da turbulência manifestarem-se sem a mínima piedade. Porque eles virão... cedo ou tarde, podes crer.

Há críticas que faz um bem danado. Mas há infinitos bens que não são percebidos por imaturidade ou incontinência de quem deveria recebê-los de bom grado... até. E muitos, justamente criticados(as), não precisam se esconder, mas recolher-se à própria insignificância calharia bem.

Como o cérebro humano bem absorve e aprende aquilo que se pratica... alguns até emergiriam menos presunçosos, caso passassem a buscar mais intimidade com a educação e os bons costumes.

Aqueles que acompanharam o mundo-paralelo nestes dias jamais esquecerão do que ou de quem falamos.

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