Olhar o mundo por uma fresta é condenar-se
ao ocaso eterno (ou
enquanto perdurar a fresta). Perceba-se que o cenário visto numa situação dessa
nunca mudará. Poder-se-á constatar
atores diferentes, mas somente se esses atores entrarem no ângulo de visão
da fresta através da qual se olha. Ou seja, o observador que se limita a enxergar através de uma fresta, sempre
estará sujeito as alternâncias do acaso.
Interpretar um termo ao pé da letra causa essa mesma distorção. Em nosso idioma (e creio que em todos) toda palavra tem sinônimos, por consequência, conotações distintas para cada situação. Com o termo “magnânima” é a mesma coisa. Termo esse, que lá em 2012 causou certo desconforto a alguns observadores-fresteiros, segundo os quais, magnânimo se restringe à benevolência em sentido estrito.
Interpretar um termo ao pé da letra causa essa mesma distorção. Em nosso idioma (e creio que em todos) toda palavra tem sinônimos, por consequência, conotações distintas para cada situação. Com o termo “magnânima” é a mesma coisa. Termo esse, que lá em 2012 causou certo desconforto a alguns observadores-fresteiros, segundo os quais, magnânimo se restringe à benevolência em sentido estrito.
Um
dicionário básico traduz o termo “magnânimo(a)”, dentre outros como: benevolente, nobre, elevado... e mais
uma infinidade de equivalências. Importa
perceber, por exemplo, que o “elevado” aí não se trata de um
morro, um altiplano ou uma montanha; o contexto e a interpretação dará a
noção perfeita do que vem a ser um ser elevado (percebamos que o “ser” em
referência entrou na frase com dois significados totalmente distintos). Podemos
denominar esse fenômeno como
interpretação contextual.
Com o(a)
magnânimo(a), a regra é a mesma.
ILUSTREMOS:
Gabriela
Markus entrou no cenário do
mundo-paralelo desacreditada (até um certo ponto, convenhamos). Sim, por ser gaúcha e sim por preceder nada
menos que Priscila Machado, também gaúcha - a antecessora. Não precisamos
relembrar os ânimos em relação a miss Brasil 2011.
Após
toda a turbulência-2011, veio o tão
esperado miss Universo Brasil 2012 e escolheu a Markus, de uma maneira mais
cristalina, e logo veio a cair nos braços-do-povo bem antes de ir ao Miss Universo 2012. Por lá, fez bonito, mereceu com louvor o título maior do
Universo, mas terminou em quinto lugar; foi aclamada lá e aqui e mostrou profissionalismo e “condizência”
com o título nacional em suas aparições; uniu
meio-mundo-de-mentes-doidas-que-queriam-enforcar-sua-antecessora... nesse
contexto, não há exagero em se atribuir a benevolência ou a nobreza - aqui em sentido amplo.
É benevolente sim, porque sóbria e destra o suficiente para preencher uma lacuna efervescente
no miss Universo Brasil; é elevada,
altiva, sim, por transcender
elegância e beleza; é elevada em educação e respeito, além da decente e nobre função de ostentar o título maior de beleza
do Brasil – e o mais importante, honrá-lo.
À essa jovem, cuja figura pública aspira confiança, o sucesso é nada mais que uma consequência
ante o trabalho decente que apresentou. São profissionais desse calibre que nos
obrigam a deixar os conceitos e preconceitos para trás para elegermos uma maneira própria de encarar a realidade,
não raras vezes mais coerente e mais justa. São nessas horas que deixamos de olhar pelas frestas dos paradigmas e
expandimos a visão para formarmos novos entendimentos.
Dessa
forma, “magnânima” passa a ter mais um
significado particular, ainda que restrito, jamais será diminuto, independente
do âmbito de preponderância.
E o
velho conceito das frestas?... bom, esse vai ficando para trás gradualmente, na medida em que somos instigados a pensar.
Especialmente
para Gabriela Markus - Miss Universo Brasil 2012 - SUCESSO SEMPRE!
Texto originalmente publicado em 25Jan2013 – adaptado.
Quando aprendemos e compreendemos o que estamos fazendo aqui, o que devemos fazer aqui, o que somos aqui e o porque de estarmos aqui, tudo se completa.
ResponderExcluirÉ de fato uma tarefa difícil... mas nunca impossível.
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