Dois anos depois do anúncio do domínio
da franquia do Miss Universo no Brasil, a Band/Enter(Gaeta?) demonstrou uma certa coerência
no direcionamento de suas atividades. Não por acaso, pois quem está
inserido nesse mundo-paralelo-da-beleza tem consciência da enxurrada de
críticas que têm recebido, mormente na última década.
Amargamos certames duvidosos,
em alguns casos, até crassos. Jovens foram eleitas, nitidamente, sem
a menor condição, moral, estética ou física de exercer o "cargo";
preferências foram concedidas sob um manto turvo que nos levou/leva a
conjecturas das mais diversas possibilidades e nenhuma delas nos conduz a
um desfecho decente.
Desde que a realização do certame
miss Brasil foi centralizado
em São Paulo, muitos defendiam a adoção de medidas descentralizadoras.
Um evento itinerante seria, pois, uma das mais positivas mudanças a
serem implementadas para torná-lo um evento de fato, nacional. Esse
anseio do público foi percebido, aceito e implementado apenas em 2012,
com a realização do show na capital cearense - diga-se de passagem, um dos mais
bonitos já realizados.
Aos pés de 2014, novamente vem
à baila a incerteza que sempre foi uma constante: será mantida, em 2014, a
itinerância do miss Universo Brasil? Informes
(apenas informes) dão conta que pretensas candidatas-sedes seriam
Brasília e Porto Alegre. E como ainda não temos a feliz tradição de já
anunciar a próxima sede findo o evento do ano anterior, nos resta aguardar e
torcer para que tais informes tornem-se uma informação, de fato.
Outro ponto positivo foi a
indicação de responsáveis pelo acompanhamento da candidata eleita, que, embora ainda
escolhida em eleição tardia, pode contar com o apoio direto de profissionais capacitados.
É visível que o barco zarpou e
já manda os primeiros sinais de que a bússola, antes inútil, agora passou a
ser um instrumento fático de direção. Aproveitar os ventos a favor dessa nau-perturbada
é uma tarefa que somente um excelente capitão, e uma tripulação treinada
conseguirão fazer.
Ultrapassadas algumas
perturbações, o principal desafio é, sem dúvida, o calendário anual.
Este, simplesmente nunca existiu. Os
Estados, com suas coordenações-descoordenadas, mais parecem membros
amputados, naturalmente, de um corpo mutilado. Não há regulamento-rígido a ser seguido, nem
apoio cristalino da Organização Nacional.
Questões regulamentares são cruciais para o desenvolvimento proveitoso
do certame, e ainda fazer-se perceber e respeitar diante de um público,
presente e futuro, que anseia pelo sucesso do miss Brasil enquanto atração irrestrita.
De toda sorte, enquanto as
novas implementações não chegam,
nos resta aguardar e torcer para que aquelas já postas em prática sejam
mantidas e aperfeiçoadas quando necessário for.
2013 ainda foi nebuloso em alguns
quesitos, mormente
no que diz respeito a critérios de classificação/desclassificação de candidatas, mas reconheçamos
que antes do instante último, fora concedido ao telespectador e fãs uma verdadeira dádiva
que poucas vezes se faz tão notória: o reconhecimento de mérito.
Que 2014 seja menos tenso!
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