quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Miss Universo Brasil - o que nos reserva 2014?


Dois anos depois do anúncio do domínio da franquia do Miss Universo no Brasil, a Band/Enter(Gaeta?) demonstrou uma certa coerência no direcionamento de suas atividades. Não por acaso, pois quem está inserido nesse mundo-paralelo-da-beleza tem consciência da enxurrada de críticas que têm recebido, mormente na última década.

Amargamos certames duvidosos, em alguns casos, até crassos. Jovens foram eleitas, nitidamente, sem a menor condição, moral, estética ou física de exercer o "cargo"; preferências foram concedidas sob um manto turvo que nos levou/leva a conjecturas das mais diversas possibilidades e nenhuma delas nos conduz a um desfecho decente.

Desde que a realização do certame miss Brasil foi centralizado em São Paulo, muitos defendiam a adoção de medidas descentralizadoras. Um evento itinerante seria, pois, uma das mais positivas mudanças a serem implementadas para torná-lo um evento de fato, nacional. Esse anseio do público foi percebido, aceito e implementado apenas em 2012, com a realização do show na capital cearense - diga-se de passagem, um dos mais bonitos já realizados.

Aos pés de 2014, novamente vem à baila a incerteza que sempre foi uma constante: será mantida, em 2014, a itinerância do miss Universo Brasil? Informes (apenas informes) dão conta que pretensas candidatas-sedes seriam Brasília e Porto Alegre. E como ainda não temos a feliz tradição de já anunciar a próxima sede findo o evento do ano anterior, nos resta aguardar e torcer para que tais informes tornem-se uma informação, de fato.

Outro ponto positivo foi a indicação de responsáveis pelo acompanhamento da candidata eleita, que, embora ainda escolhida em eleição tardia, pode contar com o apoio direto de profissionais capacitados.

É visível que o barco zarpou e já manda os primeiros sinais de que a bússola, antes inútil, agora passou a ser um instrumento fático de direção.  Aproveitar os ventos a favor dessa nau-perturbada é uma tarefa que somente um excelente capitão, e uma tripulação treinada conseguirão fazer.

Ultrapassadas algumas perturbações, o principal desafio é, sem dúvida, o calendário anual. Este, simplesmente nunca existiu. Os Estados, com suas coordenações-descoordenadas, mais parecem membros amputados, naturalmente, de um corpo mutilado. Não há regulamento-rígido a ser seguido, nem apoio cristalino da Organização Nacional.

Questões regulamentares são cruciais para o desenvolvimento proveitoso do certame, e ainda fazer-se perceber e respeitar diante de um público, presente e futuro, que anseia pelo sucesso do miss Brasil enquanto atração irrestrita.

De toda sorte, enquanto as novas implementações não chegam, nos resta aguardar e torcer para que aquelas já postas em prática sejam mantidas e aperfeiçoadas quando necessário for.

2013 ainda foi nebuloso em alguns quesitos, mormente no que diz respeito a critérios de classificação/desclassificação de candidatas, mas reconheçamos que antes do instante último, fora concedido ao telespectador e fãs uma verdadeira dádiva que poucas vezes se faz tão notória: o reconhecimento de mérito.

Que 2014 seja menos tenso!

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