segunda-feira, 28 de outubro de 2013

MU/13 - aprender Inglês é coisa para inglês ver?


Jakelyne - Miss Brasil 2013*
A cada realização de um concurso de ponta, como é o Miss Universo, uma discussão se renova: falar outros idiomas, especialmente o Inglês é, de fato, necessário para uma miss obter êxito em um certame internacional? A resposta é sim e não.

Sim, porque um segundo idioma pode (sim) abrir portas; nos faz trilhar novos caminhos com mais desenvoltura e segurança; um segundo idioma, especialmente o Inglês, nos permite uma comunicação abrangente quando se está em um meio onde o próprio predomina.

Por outro lado, o não também se adequa como resposta ao questionamento introdutório. A comunicação para se fazer perceptiva não carece única e exclusivamente da língua falada. E ainda, em certame Internacional de beleza, o que se valoriza é exatamente a distinção entre pessoas e suas culturas, credos, costumes, e porque não, diferentes idiomas.

Por que aceitariam delegações do mundo inteiro se houvesse a obrigatoriedade de aprender o idioma “a” ou “b” para se ter uma mera expectativa de êxito? Aí não seria um concurso Internacional – entre Nações.

MU/2007 - A confiança (inclusiva) ao falar rendeu o título.
O grande diferencial em uma aspirante ao título máximo (a beleza aqui faz parte do "pacote", visto que subentende-se todas belas) é a capacidade que esta desenvolve à sobressair-se com esmero diante de situações diversas e adversas, em um ambiente, até certo ponto, inóspito.

A mensagem que uma pessoa deseja passar, em idioma nativo, sempre virá imbuído em maestria e verdade; Lá no outro polo, em idioma estrangeiro, a mesma segurança poderá vir a converter-se em desastre, caso se queira atropelar os próprios limites.

Concursos de renome sempre disponibilizam tradutores para auxiliar o espectador a entender em palavras a mensagem da concursante. Todavia, de nada adiantará um intérprete se a candidata, ao ser questionada, não demonstrar firmeza e sincronia dos gestos com a sonoridade da voz.

O miss Universo, em sua página na Internet, dispensou o tópico “idioma”. Isso reflete um avanço significativo, desse que ainda se mantém como o de maior prestígio. Recentemente, uma pergunta sobre a necessidade de falar idiomas distintos (no caso o Inglês) fora elaborada a uma das finalistas do concurso em 2012, que de forma certeira rebateu, deixando claro que o papel de uma miss Universo é além-fronteiras – e que o idioma não deve ser, e não é, uma barreira

... e quem nunca se sentiu assim?
Quem de fato é o vilão nos concursos de beleza é a insegurança, o medo, advindos do despreparo emocional das candidatas. Todas muito jovens e pouquíssimas recebem um tratamento diferenciado à lidar com o grande público quando chegar a hora.

Nestes dias, e até o dia 09 de novembro – finalíssima do Miss Universo 2013 – os amantes desses certames estarão atentos a todas as nuances que ocorrem em Moscou e como não poderia ser diferente, muitos criticam a miss Brasil 2013 por não ter fluência em Inglês – não o suficiente para contestar os jurados. Como dissemos, nem de longe, esse é o maior problema de uma candidata a miss Universo, seja ela brasileira ou não.

Quem ditará as regras será aquela que (em tese) convencer os julgadores de que é a mais capacitada para ostentar o título. Outrossim, não sejamos ingênuos ao ponto de imaginar que tudo deva ocorrer dentro de parâmetros sadios. Em todo negócio há lobys e negociatas e os concursos também são Um Negócio. Portanto, amar e torcer é o dever do apaixonado, mas a prudência é vital. Já, ter fluência em Língua Inglesa...
*Fonte/Foto: missuniverse.com

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