MUB/13 - vencer com méritos é sempre mais gostoso

Dizem que quando se é competente naquilo que se faz, você se torna um alvo nítido; muito visado, por assim dizer. E de fato há alguma verdade nisso. Visado pelos admiradores que tecem elogios e engrandecem independente de serem amigos, conhecidos ou não; visado pelos nem tão amigos, que tende a sentir-se ameaçados e partem para os embates nem sempre tão justos.

No mundo-paralelo brasileiro essa máxima é percebida em pouquíssimos nichos geográficos. Alguns profissionais padecem entre a cruz e a espada. Não é novidade para ninguém (nem para os leigos) que há uma certa tradição em promover, participar e ganhar concursos de beleza, alguns poucos estados brasileiros. E isso, ao contrário do que muitos afirmam, não se dá porque são as terras das mulheres mais bonitas do país. Isso é uma falácia - repetimos enfaticamente. É tão verdade que tais nichos-miss'ológicos brasileiros tem as mulheres mais belas, o quanto é afirmar que no Brasil há macacos e jacarés andando pelas ruas.

A verdade (e sabemos disso) é que nesses poucos "setores", os concursos de beleza ainda sobrevivem imbuídos na cultura, nas tradições locais; gera o interesse do público e como consequência, os investimentos tornam-se necessários e os patrocínios surgem para alavancar os certames.

Priscila Machado - miss Brasil 2011, uma das mais polêmicas da história.

Por tratar-se de concursos de beleza, muitos seguidores torcem o nariz quando há a coroação de uma miss com beleza de face mediana. Tivemos (e bem recentemente) provas concretas de que nem sempre a mais bela figura facial, necessariamente, sagra-se a vencedora. E duas das vencedoras do miss Universo Brasil, por exemplo, nos últimos anos vieram de um Estado tradicional, e elas, nem de longe, eram as mais bonitas nos seus respectivos certames.

Aqui entramos na famigerada seara dos alvos e holofotes. Quando de tais ocorrências, os levantes conspiratórios tomam ênfase. As supostas falcatruas emergem e a pequena fração que acompanha fica sem saber o que é certo e o que é errado – 2011 é o maior exemplo, na história recente do miss Universo Brasil.

Diante das controvérsias, contradições e levantes, o sensato passa a observar, a dar viés às próprias conclusões e a analisar os fatos pelo que é apresentado e não pelo que alguns poucos sustentam em caráter hipotético.

Neste ano de 2013 não haverá de ser diferente. Seguramente estaremos diante de acontecimentos que farão muitos discordarem. Mas, se procurarmos olhar com a aguçada visão racional, talvez ainda assim, não teremos tudo aquilo que queremos e necessitamos, mas seremos aptos a mensurar os fatos e formarmos uma opinião independente.

Ele pode ter vida mansa...

Não devemos nos envergonhar em admitir que, enquanto alguns setores-miss'ológicos trabalham, alguns "perdedores" ficam tão ocupados em procurar ou mesmo forjar falcatruas que se esquecem que o certo é trabalhar também.

Quando chega o dia "D", perdem os que dormiam, ou melhor, aquele que trabalhou sagra-se campeão e o rotulam de "fraudador”. Decididamente não se pode atribuir credibilidade a certos atos, pelos motivos que bem se sabe quais são.

No mesmo diapasão, não se pode afirmar que não há conchavos e “armações”. Mas se não fazemos o nosso dever-de-casa, não é justo que crucifiquemos, sem o direito à ampla defesa e ao contraditório, quem o faz... e as vezes, muito bem!

Tsc, Tsc, Tsc... Pintou um ar "juridiquês" aqui, no finalzinho...