sexta-feira, 31 de maio de 2013

As normas são imprescindíveis... quando são necessárias?

Uma sociedade sem normas seria um caos. Quando se restringe, trazendo a ideia do âmbito geral para o particular os efeitos tendem à semelhança. Mesmo no seio familiar, onde tudo tem início, se não há normas, ainda que tácitas, os desmandos vigem.

Notório também é que, em alguns momentos, as tais normas mostram-se desnecessárias, ou porque realmente são obsoletas, ou embora, sendo imprescindíveis, não são passíveis de se mensurá-las em uma utilização plena.

Particularizando mais ainda, as normas vigentes no miss Universo Brasil, certamente se enquadrariam numa categoria híbrida, nesse sentido, com regras dúbias, contraditórias e muitas vezes incoerentes. É bem verdade que vivemos em constante evolução, mas a volatilidade das normas do miss-brasil-oficial, nem sempre deixam despercebidos alguns retrocessos.

Em 2012, alterou-se o regulamento (norma) de última hora para permitir a participação de candidatas que já haviam participado em certames anteriores e à luz dos ditames então vigentes, não seria viável, menos ainda, possível.

Muito se fala ainda, na obrigatoriedade de uma determinada candidata residir, por no mínimo seis meses no local que, em tese, irá representar. Perfeito. Regras são regras e para uma condução sadia, precisam ser cumpridas. Todavia, normas do tipo que acabamos de citar, são totalmente desprovidas de qualquer senso racional. Não remetem à coisa nenhuma; não instruem um milímetro a mais do que atrapalham; são imposições, muitas vezes, fúteis que contribuem para o travamento da dinâmica do certame. Ser nativo é o grande dilema. Falta, pois, incentivos aos povos indígenas, pois não há mais puro-sangue, por assim dizer, do que os primeiros habitantes dessa terrinha abençoada.

Ora, se o concurso é para promover uma candidata a miss Universo Brasil, o menos grotesco seria crer que o perrequisito geográfico das fronteiras do país, seria o limitador, ou seja, a aspirante deveria ser brasileira, não ter nascido ou fincado residência por parcos seis meses em determinado lugar.

Ainda há a questão da unicidade por Estado. Aqui, os Miss Terra Brasil e Miss Brasil World têm demonstrado maturidade organizacional. Lá, se aceita a brasileira pretensa miss Brasil de forma independente. O requisito básico é o mais óbvio: ser brasileira.

Como se percebe, um organismo sem normas a seguir predispõe à mazelas diversas, mas o excesso delas atravancam o dinamismo, a evolução e mitigam sonhos e chances de boas aspirantes, que a cada ano esbarram no paredão do conservadorismo excessivo.

Saudemos, sim, as normas para ditar o caminho; ainda que nem sempre venham a semear flores, ao menos tragam poucos espinhos e farpas, pois os que temos na vida “social” já são o bastante. Ou deveriam ser.

Nenhum comentário:

Postar um comentário