segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

MU/63º - 26 de janeiro de 2015, o mais agridoce dos dias

Finalmente fechou-se mais um ciclo tardio e desconexo do Miss Universo, que nem é 2014, nem tampouco 2015. É apenas o de número 63. Melhor assim.

É também aquele que será lembrado pelos brasileiros (os poucos que acompanham concursos) como o que acolheu uma das mais emblemáticas misses eleitas no Brasil.

A capacidade de comunicação e magnetismo dessa jovem é de uma latência incrível. E mostrou isso desde o primeiro momento em Miami, até a sua derradeira aparição oficial no certame.

Torcedores e fãs da miss Brasil 2014 amanheceram esse 26 de janeiro de 2015 com um sabor agridoce na boca. Primeiro, pela eliminação prematura e, segundo, pelo sentimento de dever cumprido em grande estilo e empenho.

É bem verdade que a miss Brasil não se apresentou no Miss Universo como o fez no Miss Brasil. Isso do ponto de vista da estética física. Em algum ponto aqui mesmo no Blog, ressaltamos que Melissa encontrava-se com um peso extra. Nada que viesse prejudicá-la, de imediato, como não prejudicou na pré-classificação. No entanto, para seguir na competição, o corpo não estava no padrão adequado para a sua estatura.

Acreditamos que houve erro grosseiro de instrução nutricional aliada aos exercícios físicos. Não é necessário ser especialista para se perceber que houve ganho de massa muscular ao mesmo tempo em que tonificava a musculatura corporal. Quando o necessário e correto seria apenas manter o peso e tonificar o corpo. Um erro amador, repita-se.

É verdade também que algumas passaram à frente e estavam extrema e visivelmente fora de forma, tais como França, Filipinas e, especialmente Venezuela, sendo que a primeira dessa trinca, também fora rejeitada. Todavia, nunca, jamais devemos pautar nossos atos equivocados e justificá-los com os erros alheios.

Tínhamos todas as condições em figurar o Top5 no Miss Universo, pelo quarto ano seguido. E não conseguimos por falta de orientações básicas ou pelo excesso de orientação amadoras. Novamente, chegamos com força, nadamos bravamente e no último impulso, o cálculo fora mal feito e morremos na praia.

Porque sempre que acertamos um ponteiro desestabilizamos um outro?

Em 2012 tínhamos um cenário perfeito. Fraquejamos na eloquência. Em 2013, o cenário foi mantido, no entanto a parte frágil em 2012, fora ignorada, não trabalhada e, novamente, paramos por falta de argumentos e segurança. Em 2014, somente pecamos na altura, e vimos que ela não era tão importante o quanto se imaginava. Ganhamos na eloquência e, infelizmente esquecemos dos quesitos que nos levaram ao sucesso nos dois certames anteriores.

Temos a fórmula, mais ainda não aprendemos a utilizá-la na sua integralidade. E enquanto continuarmos a desenvolvê-la por partes, estaremos nos condenando a tombos desnecessários, como esse de 25 de janeiro de 2015, nos arredores de Miami.

Uma vez no Top5, a eloquência e simpatia de Melissa Gurgel, aliada a sua beleza, nos leva a crer que não seria improvável uma colocação mais ao topo se considerarmos a situação apresentada pelas cinco finalistas oficiais, sendo que uma delas, nem sequer conseguia falar.

Mais uma vez, felicitamos o desempenho da brava Miss Brasil 2014. Com o pouco que dispunha, além da própria beleza, conseguiu realizar um grande feito.

Que continuemos a aprender e apreender. Aprender a sermos mais humildes; ouvir mais; admitir que não detemos o controle do que é certo ou errado; abrir o leque de opções e buscar sabedoria para selecionar o que melhor se adequa àquilo que temos. E o que dispomos e “jogamos fora”, muitos adorariam ter ao menos a metade de uma metade.

Fica mais uma lição… E 2015 já chegou há tempos! Vamos sacudir a poeira?

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