domingo, 2 de fevereiro de 2014

Nos certames de beleza, nem sempre a vencedora ostenta o título



Não é de hoje que sabemos da impossibilidade de se agradar a todos. No mundo-paralelo a incidência dessa máxima é constante, ano após ano. E não poderia ser diferente, tendo em vista que o alvo principal nesse universo é a beleza e suas nuances.

Quando falamos do Miss Universo, o principal concurso de beleza da atualidade, os ânimos e as críticas entram em ebulição. Já em 2012, foi estarrecedor o resultado com a eleição da apática Olivia Culpo. Desengonçada e destoante, ela conquistou, por milagre oculto, os jurados e venceu por um mérito impossível de ser aferido, mesmo após se ver e rever o certame.

Sempre que ocorrem fatos assim, o público anseia pelo ano vindouro na esperança de que ocorra uma retratação; que a banca julgadora seja mais feliz na escolha da substituta. Em 2013, infelizmente, as expectativas foram frustradas, solapadas em sarjeta indecorosa. Novamente, a Organização do Miss Universo demonstrou um alto índice de fisiologismo impregnado em suas ações.

Muitos afirmam que há nuances que o telespectador não consegue perceber e que eventuais vitórias, como a da venezuelana em 2013, são explicadas pela condição privilegiada da banca de julgadores, frente ao palco. Com a tecnologia que temos hoje e a qualidade das transmissões, havemos de crer que tais argumentos não se sustentam. Assim, podemos afirmar com toda segurança que, por beleza e mérito, a noite de 09 de novembro de 2013, no Crocus Hall, em Moscou, foi da miss Equador, Constanza Baez.

Outro momento discutível para alguns, foi a preterição da miss Grã Bretanha ao Top5. A apresentação sex da candidata encheu muitos olhos, mas esqueceram de dosar, especialmente na exposição de gala. O exagero tomou conta e foi-se o sonho da britânica envolto numa performance de dama de cabaré. Por essa linha de visão errou a candidata e acertaram os jurados ao ignorá-la para o Top5, contudo, fora mais forte que a fraca filipina.

Pelo desempenho naquela noite, especialmente após a formação do Top5, a equatoriana sobressaiu-se melhor em todos os quesitos. Não bastasse o desempenho de palco, a contestação fora a mais adequada e segura.

Pelo que nos foi apresentado, teríamos um Top3 com Brasil, Espanha e Equador, sendo a equatoriana a miss Universo 2013, por mérito pleno.

Como sabemos, a realidade fora urdida de forma distinta. “Vencera” a miss Venezuela, uma mulher elegante e desenvolta, cuja longa preparação não lhe garantiu segurança para contestar na noite final. Ainda assim, por razões que muitos julgam fisiologistas, fora a grande escolhida da noite. Hoje, em suas aparições, o público percebe que, realmente, um título de miss Universo é demasiado grande para Gabriela Isler ostentar. Assim como foi o de 2012, para Olivia Culpo.

Não sejamos ingênuos. Para o público, vale a capacidade, a beleza e o mérito da candidata. Já para as organizações os valores podem ser outros, por isso levantamos a hipótese da predominância do fisiologismo em eventos dessa natureza.

Diante de tudo que presenciamos ano após ano, o mais viável a fazermos enquanto público é apreciar as verdadeiras belezas enquanto elas estão no foco dos holofotes do evento (como Equador, Brasil e Espanha 2013). Enquanto do lado de lá, os donatários curtem suas escolhidas da forma que lhes é pertinente.

Aí, somos tentados a questionar: quem será a miss Equador 2013 no miss Universo 2014?

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