sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

O ano é Novo...

As datas comemorativas, especialmente as de fim e início de ano nos deixam um tanto entorpecidos e, até certo ponto, cheios de perspectivas boas. E esse torpor, em muitos casos, nem está diretamente ligado ao consumo ou a mistura de bebidas, tão somente, aos ares de recomeço e renovação que tais datas nos impõem.

Indiferentes às mazelas da vida real, por instantes nos desligamos desse mundo de mentiras, enganações, conchavos, soberba e sede de poder; deixamos para escanteio toda sorte de pensamentos ruins que nos fazem, inevitavelmente, pensar naquelas pessoas que são capazes de fazer o diabo para conseguir o seu lugar ao sol, ainda que sob tal luz, venha destruir os pilares da existência de tantos outros.

Contrapondo tudo que a nós traz potencial nocividade, ainda nos divertimos, fazemos votos de sucesso, paz, fraternidade e cooperação; ainda somos capazes de imaginar e desejar um mundo melhor, onde as pessoas sejam capazes de olhar umas às outras sem temor; onde possamos trabalhar ou viajar em segurança; onde a sinceridade seja a regra e não a exceção; onde a incompetência não sobreponha a capacidade; onde as pessoas sejam tratadas como pessoas dentro dos liames do bom senso e do respeito.

Quando o calendário se renova renovam-se as esperanças não por sermos sonhadores, apenas, mas por ainda acreditarmos que, enquanto seres humanos que somos, havemos de convergir a um consenso onde todos possam usufruir das benesses existentes, ainda que desigualmente, mas, em condições reais de melhores dias, graduais e significativos. Não é prudente o desejo da igualdade absoluta, até porque somos diferentes por natureza; e que bom, que somos diferentes!; da mesma forma, prudente não é, a centralização ou mesmo a concentração de riquezas em determinado círculo em detrimento dos demais existentes.

Esse emaranhado de atos e atitudes desprovidos da ganância e da sede de domínio absoluto é o que nos torna dignos de sonhar dias melhores e trabalhar, arduamente, para realizá-los. Felizmente, poucos são os que buscam o poder para o domínio; e muitos são aqueles capazes de distribuir abraços e desejos de melhores dias sem esperar, absolutamente, nada em troca.

Àqueles que ainda conseguem ser humanos em sua melhor interpretação, um feliz ano novo e que 2016 represente um divisor para as grandes conquistas ou apenas a ponte para a continuação e/ou a consolidação de grandes e virtuosos projetos.

Feliz Ano Novo!

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