quarta-feira, 23 de setembro de 2015

MUB/15 - Miss (Universo) Brasil 2015... Cadê?

Há um silêncio profundo pairando sobre o destino da miss'ologia (universo) tupiniquim; o ano de 2015 veio varrer qualquer expectativa sóbria que nutríamos, desde os fatídicos 2010/2011 e, junto às incertezas dos rumos do Miss Universe Organisation, estacionamos nosso sucateado Miss (Universo) Brasil.

A ausência de um calendário decente lá na organização do MU*, sempre tem refletido e surtido efeitos retrógrados, também, no organismo brasileiro. É uma triste constatação, pois deixa claro o que sempre tememos e é o principal responsável pelas derrotas sucessivas do Brasil no certame internacional, cujas candidatas nunca conseguem ter um aperfeiçoamento mínimo. O Miss Brasil ainda existe porque existe o Miss Universe (1), quando o contrário deveria imperar: o Miss Universo existe porque existem os certames nacionais e destes aquele depende (2). Dito assim, parece-nos óbvio que a máxima numero 1) é o lema de qualquer certame; mas não deveria, e alguns países já descobriram isso. Um organismo nacional jamais deveria existir em função de outro, estritamente, logo, escolher a Miss (Universo) Brasil, ano a ano, não deveria ser apenas para empunhar a faixa "Brazil" no evento Miss Universo.

A melancólica mudez da Band/Enter sobre o destino do miss (Universo) Brasil 2015 não deveria ser a regra, apenas a exceção. No entanto, se olharmos para trás perceberemos o quão silenciosos têm sido os "mandatários", em atos praticados ou ratificados pelos rincões do Brasil.

Nos três anos anteriores sentimos um sabor menos ocre a nos saudar a boca. Tivemos miss Brasil itinerante (Fortaleza, Belo Horizonte e Fortaleza) e rogávamos pela manutenção dessa feliz ideia, aliada, claro, a um calendário fixo ou no mínimo tempestivo. Diziam, e chegamos a crer, que o mês de setembro seria o mês âncora para saudar o evento anual. Hoje sabemos que essa máxima já caiu por terra, uma vez que caminhamos para o fim (de setembro) e o último dos estados da federação (RJ) somente veio a realizar seu certame, no último dia 19. Quem sabe ano que vem setembro volte a reinar!

Em escala mundial, informações recentes nos dão conta que o Miss Universe Organisation, agora sob nova direção, desvencilhou-se das garras do anedótico Trump, o que pode vir a ser um ganho incomensurável à todas às nações que intentam participação no evento. Não é nada prudente que o mais importante certame de beleza do mundo, cuja finalidade maior é intercambiar nações, continuasse a depender dos caprichos de um empresário, declaradamente, xenófobo.

Diante das perspectivas ressurgentes com as mudanças que, certamente, o MU sofrerá, do lado de cá, renovamos os votos de esperanças para que ventos favoráveis soprem com intensidade; que a maré suba e desencalhe nosso barco sucateado e, finalmente, a Band/Enter tome coragem e moralize de vez o Miss (Universo) Brasil.

Há muito a ser feito. Um calendário; um afago ao público, leia-se, informações continuadas; a eleição da miss Brasil independente da data do Miss Universo... seriam implementações saudáveis e bem-vindas. E seria apenas um pequenino começo.
* Miss Universo

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