Oferecemos este material às vítimas nos conflitos na Venezuela. Em especial, às MISSES daquela Nação que perderam suas vidas ou tiveram ameaçadas a integridade física, na luta por dias melhores ou vítimas da omissão do Estado enquanto garantidor de direitos.
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Incontáveis problemas assolam o mundo. Instabilidades das mais variadas encabeçam situações de desordem, de opressão, de injustiças. Soma-se a insurgência legítima daqueles que não estão dispostos a compactuar com intentos insanos à uma vida oprimida; à uma liberdade cerceada.
Muitos países estão imersos em conflitos, muitas vezes setoriais; outros mergulhados em guerras impostas pelo único motivo aparente: perpetuação de, e no poder.
Não nos cabe julgar o que ocorre à
determinada sociedade. Algo de impróprio certamente acontece para
obrigá-la a vir à público e em massa buscar guarida, reivindicar direitos suprimidos pelo
Estado, na maioria das vezes em casos semelhantes, dominado por tiranos – ou tiranetes – como é o caso
de alguns países espano-americanos. Em especial, da Venezuela.
Um povo quando vem buscar direitos é
porque estes lhes estão sendo negados. E esta busca por igualdade, por liberdade é o que deve nortear as
relações de um Estado com o povo que o forma. Caso haja a negação do Estado, haverá revoltas; se insurgem revoltas
geram os conflitos e destes, nenhum dos lados sairá vitorioso do ponto de vista
existencial.
O mais forte – Estado – cerceará, oprimirá, dominará e matará;
o mais fraco – a sociedade, o
cidadão – oferecerá a própria integridade em nome de um ideal mais justo. Muitos perderão a vida, mas, se vencedores,
o legado ficará para as gerações futuras. Caso advenha o domínio da truculência,
do totalitarismo, a perda existencial terá sido em vão.
Isso não significa que não devamos lutar. Pelo contrário, devem revigorar os
impulsos rumo à constante busca por dias melhores, mesmo quando parecer
impossível.
Como
apontamos, todos os povos têm suas divergências,
e no Brasil vivemos, diuturnamente, esses conflitos. A grande diferença é que temos conosco o condão da liberdade garantida.
Temos uma Constituição consolidada e extremamente Cidadã, que atribuiu a cada pessoa direitos e garantias indisponíveis e
indissolúveis. Daí afirmarmos que tais garantias jamais poderão ser
afetadas por qualquer que seja a mente (muito menos as doentias) que vierem a assumir a chefia de Governo e
Estado.
Temos problemas. E quem não os tem? Mas o
direito do cidadão à liberdade, mormente de expressão, não está sujeito a vontade de uma pessoa ou de um
grupo de pessoas insano e ávido de poder. Em sentido estrito, todos vivemos a mercê desses grupos perversos; mas numa visão mais ampla, as garantias
fundamentais nos são atribuídas pelos ditames democráticos – e contra isso “eles” não podem lutar.
Na Venezuela muitas vidas já se perderam; outras foram-se sem que se soubesse ao
certo para onde. Tudo em nome de um sistema-ideológico-particular de governo falido, que, como um câncer, destroi a economia
de um país que deveria ser rico e mais igualitário. E o que é pior, sob o olhares antagônicos: os atônitos
- olhares do Mundo; e os acalentadores
- olhares dos Países vizinhos (do
Brasil, inclusive) cujos governos parecem assistir
com imenso prazer o sofrimento de um povo a clamar por socorro, sujeitos ao
descompasso de um chefe de governo e estado que
não põe limites ao ato próprio de oprimir.
Não é sábio querer imprimir exemplos a
serem seguidos. Repita-se,
todos temos problemas. Sob aspectos distintos, mas os temos. No entanto, isso não deve nos limitar a
criticar feitos que colidem com o mínimo sensato possível. O mínimo justo.
Conflitos e guerras jamais foram e jamais
serão a saída para a resolução de qualquer que seja o impasse. Pessoas civilizadas dialogam. Divergem e convergem, contudo, sempre pelo
diálogo. E governos consolidados, existindo
sob a égide da liberdade e do respeito, jamais precisarão demonstrar poder
pelo força bruta.
O verdadeiro governante conduz uma nação
para o povo e em nome deste; jamais governa para si mesmo e seus lacaios e contra a sociedade que, naturalmente é a única que tem legitimidade
para formar uma Nação igualitária.
Talvez jamais seremos perfeitos ou
atingiremos essa pretensão; mas, no dia em que deixarmos de sonhar, mesmo diante da insanidade de
mentes torpes, estaremos condenando
qualquer ideal de liberdade e justiça. E não é isso o que queremos.
Diplomacia se pratica externa e internamente –
qual aula eles deixaram de
frequentar?
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