domingo, 23 de março de 2014

Diálogo – a poderosa arma daqueles que detém a sabedoria

Oferecemos este material às vítimas nos conflitos na Venezuela. Em especial, às MISSES daquela Nação que perderam suas vidas ou tiveram ameaçadas a integridade física, na luta por dias melhores ou vítimas da omissão do Estado enquanto garantidor de direitos.

 

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Incontáveis problemas assolam o mundo. Instabilidades das mais variadas encabeçam situações de desordem, de opressão, de injustiças. Soma-se a insurgência legítima daqueles que não estão dispostos a compactuar com intentos insanos à uma vida oprimida; à uma liberdade cerceada.

Muitos países estão imersos em conflitos, muitas vezes setoriais; outros mergulhados em guerras impostas pelo único motivo aparente: perpetuação de, e no poder.

Não nos cabe julgar o que ocorre à determinada sociedade. Algo de impróprio certamente acontece para obrigá-la a vir à público e em massa buscar guarida, reivindicar direitos suprimidos pelo Estado, na maioria das vezes em casos semelhantes, dominado por tiranos – ou tiranetescomo é o caso de alguns países espano-americanos. Em especial, da Venezuela.

Um povo quando vem buscar direitos é porque estes lhes estão sendo negados. E esta busca por igualdade, por liberdade é o que deve nortear as relações de um Estado com o povo que o forma. Caso haja a negação do Estado, haverá revoltas; se insurgem revoltas geram os conflitos e destes, nenhum dos lados sairá vitorioso do ponto de vista existencial.

O mais forte – Estado – cerceará, oprimirá, dominará e matará; o mais fraco – a sociedade, o cidadão – oferecerá a própria integridade em nome de um ideal mais justo. Muitos perderão a vida, mas, se vencedores, o legado ficará para as gerações futuras. Caso advenha o domínio da truculência, do totalitarismo, a perda existencial terá sido em vão.

Isso não significa que não devamos lutar. Pelo contrário, devem revigorar os impulsos rumo à constante busca por dias melhores, mesmo quando parecer impossível.

Como apontamos, todos os povos têm suas divergências, e no Brasil vivemos, diuturnamente, esses conflitos. A grande diferença é que temos conosco o condão da liberdade garantida. Temos uma Constituição consolidada e extremamente Cidadã, que atribuiu a cada pessoa direitos e garantias indisponíveis e indissolúveis. Daí afirmarmos que tais garantias jamais poderão ser afetadas por qualquer que seja a mente (muito menos as doentias) que vierem a assumir a chefia de Governo e Estado.

Temos problemas. E quem não os tem? Mas o direito do cidadão à liberdade, mormente de expressão, não está sujeito a vontade de uma pessoa ou de um grupo de pessoas insano e ávido de poder. Em sentido estrito, todos vivemos a mercê desses grupos perversos; mas numa visão mais ampla, as garantias fundamentais nos são atribuídas pelos ditames democráticos – e contra isso “eles” não podem lutar.

Na Venezuela muitas vidas já se perderam; outras foram-se sem que se soubesse ao certo para onde. Tudo em nome de um sistema-ideológico-particular de governo falido, que, como um câncer, destroi a economia de um país que deveria ser rico e mais igualitário. E o que é pior, sob o olhares antagônicos: os atônitos - olhares do Mundo; e os acalentadores - olhares dos Países vizinhos (do Brasil, inclusive) cujos governos parecem assistir com imenso prazer o sofrimento de um povo a clamar por socorro, sujeitos ao descompasso de um chefe de governo e estado que não põe limites ao ato próprio de oprimir.

Não é sábio querer imprimir exemplos a serem seguidos. Repita-se, todos temos problemas. Sob aspectos distintos, mas os temos. No entanto, isso não deve nos limitar a criticar feitos que colidem com o mínimo sensato possível. O mínimo justo.

Conflitos e guerras jamais foram e jamais serão a saída para a resolução de qualquer que seja o impasse. Pessoas civilizadas dialogam. Divergem e convergem, contudo, sempre pelo diálogo. E governos consolidados, existindo sob a égide da liberdade e do respeito, jamais precisarão demonstrar poder pelo força bruta.

O verdadeiro governante conduz uma nação para o povo e em nome deste; jamais governa para si mesmo e seus lacaios e contra a sociedade que, naturalmente é a única que tem legitimidade para formar uma Nação igualitária.

Talvez jamais seremos perfeitos ou atingiremos essa pretensão; mas, no dia em que deixarmos de sonhar, mesmo diante da insanidade de mentes torpes, estaremos condenando qualquer ideal de liberdade e justiça. E não é isso o que queremos.

Diplomacia se pratica externa e internamente – qual aula eles deixaram de frequentar?

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