Gislaine - 2003 |
Apesar do pouco ou quase nenhum respaldo
dispensado às candidatas
tupiniquins tivemos verdadeiras guerreiras defendendo nosso país “lá fora”. Em todas as épocas, desde a década de 1950
algumas delas ofuscaram, ainda que não
arrebatassem o posto máximo.
Da década de 2000 até os dias atuais essas gladiadoras evidenciaram ainda mais
seus esforços, especialmente porque nesses tempos modernos o apoio foi minguando drasticamente e aquelas que obtiveram sucesso
foi por esforço e luz própria.
Não é raro nossas representantes já saírem
do Brasil desacreditadas.
Seja por razões óbvias de falta de comprometimento (2008 e 2010, por exemplo) ou pelo achincalhamento de algumas vozes
torpes que tentam desestabilizá-las.
A competente Gislaine Ferreira (2003)
sofreu constrangimentos
logo após sua justa eleição. O grupo dos maus perdedores prepararam suas
jogatinas com antecedência, conscientes da
capacidade da jovem, então com 18 anos. Sabiam que ela tinha reais
condições de vencer a etapa nacional e cuidaram
em publicar resultados fajutos sob a égide covarde do anonimato. Ocorreu o
que temiam. A jovem venceu e os anônimos ganharam força. No entanto, a força maior tinha a jovem miss Brasil
2003. Foi ao Miss Universo e conduziu-se numa participação que será lembrada como uma das mais significativas de
todos os tempos. Terminou em sexto lugar na classificação geral.
Natália - 2007 |
Até 2007 o Brasil ficara adormecido no
Miss Universo. Esse foi o
ano do renascimento tupiniquim. Sob críticas diversas Natália Guimarães recebeu o título nacional e a incumbência para
ser o Brasil no evento internacional, na Cidade do México. Manteve-se serena o
tempo todo, blindando sabiamente a si
mesma das críticas e falácias levantadas acerca da lisura do seu título.
A atitude e o carisma (além da
incontestável beleza, claro) daquela jovem de 22 anos encantaram a todos. Não por outra razão,
a torcida local a ovacionava, especialmente
após a eliminação da anfitriã, na Grande Noite. Com maestria, leveza e competência
chegou onde foi possível chegar. Desde os anos-de-ouro do Miss Brasil uma brasileira não alcançava um vice-campeonato
no Miss Universo. Até hoje há quem diga que o segundo lugar fora pouco à miss
Brasil. Pouco foi, mas diante do apoio
nulo, o feito foi gigantesco.
Gabriela - 2012 |
Em 2012 e 2013 o Brasil foi feliz com suas
eleitas. Gabriela Markus
e Jakelyne Oliveira, ambas também bombardeadas pelos insatisfeitos, realizaram grande atuação em seus
respectivos anos. Souberam de igual maneira conquistar ou preencher os espaços para fazerem-se notar. E foram
notadas.
Nessa linha seria justo evidenciarmos o
mérito da candidata de 2013 uma vez que dispôs de míseros 18 dias da saída do palco como miss Brasil, até o embarque à Moscou para
apresentar-se à concentração do Miss
Universe Organisation. Poucas conseguiriam chegar tão longe. Jakelyne conseguiu e chegou.
A edição nacional em 2014, não é novidade, foi uma das mais aguardadas e acirradas,
talvez, em toda a história do evento. E por isso mesmo, fosse quem fosse a vencedora, teorias polêmicas viriam à publico.
Ganhou o Ceará e as suposições começaram já no ato de coroação.
Melissa Gurgel fora cumprimentada por nada
mais, nada menos do que
cinco educadas concorrentes. Sendo que uma deseducada, deselegante e péssima
perdedora (a sergipana) chegou ao cúmulo de retirar-se do palco, embora fosse obrigada a retornar em seguida
envolta na face da inveja e do ódio.
Jakelyne - 2013 |
Nas redes sociais os insultos proliferaram. Nos fóruns, idem. Mas a jovem e
talentosa miss eleita ressurgia a cada dia com maior visibilidade. A implicância dos derrotados culminou por evidenciar
sua imagem e a despertar o interesse da mídia, da televisão. Inclusive a mídia internacional, que a viam
com potencial latente.
Há muitos anos uma miss Brasil não era tão
requisitada. E as
aparições apenas ratificaram o que certamente os jurados do certame perceberam:
seu magnetismo, sua beleza, carisma e
força.
No Miss Universo fez uma participação tão emblemática ao estilo daquelas que os brasileiros haviam presenciado apenas no já longínquo 2007. Não logrou o tão sonhado sucesso como o fez Natália, mas se aferirmos a sua participação independente da classificação final perceberemos que Melissa marcou sua história no certame, positivamente. Como todas as suas antecessoras sofreu com a falta de planejamento, no entanto a sua imagem por si só é de uma força tão latente que foi impossível não ser notada.
No Miss Universo fez uma participação tão emblemática ao estilo daquelas que os brasileiros haviam presenciado apenas no já longínquo 2007. Não logrou o tão sonhado sucesso como o fez Natália, mas se aferirmos a sua participação independente da classificação final perceberemos que Melissa marcou sua história no certame, positivamente. Como todas as suas antecessoras sofreu com a falta de planejamento, no entanto a sua imagem por si só é de uma força tão latente que foi impossível não ser notada.
Nesse breve retrospecto com as mais
importantes misses
eleitas no Brasil moderno fica claro o que nos falta. Tudo nos leva a crer que a deficiência está exatamente no
assessoramento precário. Isso ficou evidente na insensatez com a confecção
do traje de gala nesse último certame, bem como a ausência de um plano B. É inconcebível que uma equipe de assessoramento, depois de três
meses de “preparação” não consiga identificar aquilo que fica bom ou ruim em
sua pupila.
Melissa - 2014 |
Temos a matéria-prima de primeiríssima
qualidade. Falta-nos
profissionais com bom senso, engajamento e humildade
para conversar com pares e com as próprias misses e aferir o que é melhor.
Muitas vezes a teimosia e, especialmente,
a arrogância nos jogam
num buraco escuro e lá haveremos de permanecer até que alguém acenda uma luz,
pois algumas atitudes nos impedem de
reconhecermos até aquilo que é real e tem a funcionalidade de enxotar as
trevas. O interruptor desligado na parede, por exemplo, à espera de um dedo firme para acendê-lo.
Então, é prudente sonharmos com mais e
mais gislaines,
natálias, gabrielas, jakelynes e melissas, da mesma forma que esperamos um corpo técnico competente e comprometido,
livre do fisiologismo e dos pseudos especialistas que se auto posicionam acima do bem e do mal.
* fotos públicas da rede.
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