domingo, 8 de fevereiro de 2015

MU/14 em 15 - as hispânicas são melhores?...

Não foi a mais convincente, mas venceu
Somente após baixar a poeira é possível, ou mais sensato fazermos algumas considerações sobre o Miss Universe 2014 (em janeiro de 2015).

É muito difundido nas redes sociais que o Miss Universo tornou-se um certame de latinas e para latinas - as americanas, claro. Acreditamos que em um pensamento absoluto pode haver sempre um quinhão de exagero. Não é por outro motivo que cremos que afirmações desse naipe não são de todo, verdadeiras.

É verdade que a hegemonia das latino-americanas no Miss Universo acentuou-se na última década. Mas é verdade também, que a maioria esmagadora das europeias e asiáticas não se apresentam a contento. Demonstram uma clara despreocupação com aquilo que a Organização busca em uma pretensa Miss Universo.

As misses europeias confiam demais na tez da face para ganhar concurso, quando todos sabemos que a face bela é apenas uma nuance em uma candidata. Já as brasileiras fiam-se na miscigenação cuja resultante são belezas quase que endêmicas, sejam negra, morena, ou branca e também esquecem que somente isso não é suficiente. O Brasil há quase meio século não consegue eleger uma miss Universo. E é um país latino; não hispânico, mas latino.

Em todos os concursos, embora desgostamos, há escolhas direcionadas. Há interesses econômicos. Não deveria, uma vez que todas as delegações pagam para participar, inscrever suas candidatas. Todas deveriam entrar em pé de igualdade. Competindo com elas mesmas. Deveriam. Seria incrível se, a partir do momento da concentração, as escolhas fossem feitas pelos atos, desempenho e peculiaridades de cada candidata. Mas, não é assim que funciona.

É verdade também que as hispânicas das Américas chegam mais preparadas. Alguns países simplesmente transformam suas candidatas como se fossem elas um objeto de manejo. É um exagero, um descompasso, mas é isso que vemos ano após ano. Algumas, grosseiramente alteradas e corrigidas pelos recursos tecnológicos da fotografia moderna.

Especificamente em 2014/janeiro 2015, o Miss Universo foi grotesco. Tivemos classificação tapa-buraco, como a holandesa; tivemos classificação injusta e conveniente, como a filipina; tivemos classificação muito injusta, como a venezuelana.

A tese de que só as latinas se dão bem mostra-se equivocada, tanto que latinas verdadeiramente belas e preparadas foram preteridas nessa edição da qual falamos. Citemos a candidata da Costa Rica, ou mesmo a do Equador ou México.

A maioria das europeias, de fato não tinha condições mínimas de competição, cite-se a candidata alemã como exemplo. Em contrapartida outras mostraram-se incrivelmente perfeitas a exemplo da belíssima miss Lituânia. Um desrespeito a desclassificação dessa jovem.

Mesmo sob o jugo das muitas teorias, a candidata que considerávamos a mais completa chegou ao Top5 para engrandecê-lo, mas foi abandonada em um injusto e incompreensível terceiro lugar. A ucraniana não deixou absolutamente nada a desejar. Foi impecável do início ao fim do certame, no entanto, novamente deram o título a uma hispânica.

Daí voltamos a coçar a nuca e franzir o cenho. Como argumentar contra os fatos? Acabamos por nos perguntar. É verdade. Buscamos outros argumentos; tentamos diversificá-los. Aí vem o Organização e reforça as polêmicas e teorias, ratificando títulos para  lá de estranhos.

Haverá, de fato, favorecimento às americanas? Haverão negociatas extraconcurso? Ou serão apenas discursos frustrados de perdedores mal preparados?

Sejam aquelas ou essa a corrente certa, a verdade é que não temos como saber. Só nos resta olhar, acompanhar, analisar com cautela e aderir a uma ou outra, ou a nenhuma delas.

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