segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

MUB/14 – Amazonas e Rio Grande do Sul – a Organização Nacional deveria adotar os mesmos parâmetros de preparação e tempestividade



2014 já abriu as portas e o mundo-paralelo-tupiniquim* continua em sono profundo. Caso sirva de consolo, o mundo-do-esporte também sofre de hibernação-terminal, no que diz respeito ao calendário “pestilento” das obras para a Copa do Mundo – mas isso é assunto a ser tratado em expediente próprio. Voltemos ao mundo-paralelo.

É factível que ainda não tivemos nenhum motivo para brindar o ano novo se considerarmos que nada de novo aconteceu. Temos 02 (duas) candidatas eleitas, mas isso nem de longe é uma novidade. Todos os anos, nos últimos, constatamos que os 02 (dois) (e únicos) polos atuantes na miss’ologia brasileira recrutam suas candidatas à revelia da realização do Miss Universo Brasil (MUB) – e isso é muito positivo.

Nesse cenário, ganha a candidata que tem maior tempo e, de fato, exerce a sua função como miss Estadual; ganha a Organização estadual que não corre o risco de ver sua candidata à miss Brasil perder o foco e ser tomada pelo desânimo, uma vez que sua participação no MUB se dará no fim do “reinado”; ganha o público ao não ser brindado com uma candidata incapaz de feitos mínimos, frutos da imaturidade e despreparo. Essa máxima deveria ser adotada pela organização nacional em relação ao Miss Universo (MU), mas isso também é assunto de resenha própria.

Os dois polos aos quais nos referimos – RS e AM – podem não lograr o feito máximo no certame nacional, todavia, jamais passarão despercebidos frente a um corpo de juízes competentes e entendedores das atribuições. Isso quer dizer que tempo e preparação não são sinônimos ou garantia de títulos máximos, mas sim de capacitação que nos remete à segurança e a garantia de uma participação sólida.

Ytala - Miss Amazonas 2014
Atualmente, com duas candidatas para 2014, muitos já comemoram. É plausível, ambas ostentam, de fato, aparente competitividade, ressalvados os pontos frágeis visíveis aos olhos leigos, inclusive.

No Amazonas temos a imponência em forma de mulher. Essa moça sabe como ninguém flertar com o público (isso inclui os jurados), tem porte, carisma e beleza, além da graça em fotogenia. Muitos gritarão aos ventos: é perfeita! Não, não é perfeita. Acalmem-se os ânimos. O calcanhar-de-aquiles reside exatamente onde não deveria: na passarela. A pegada de palco é fria, descoordenada e mecânica; as paradas são acalantos; em movimento perde toda a graça e naturalidade.

Marina - Miss RS 2014
O Rio Grande do Sul elegeu aquela que considero a mais bela entre todas as candidatas em 2014 – e isso comparando-a com as já eleitas nacionalmente, mundo afora. Pode parecer exagero dito assim, mas é inegável a beleza da gaúcha. Aqui, nada deixa a desejar em relação à amazonense, idem as ressalvas, embora em ângulos distintos. A imponência natural não é sua maior virtude; a postura tímida e contida não arremete a grandes ambições; a eterna face emoldurada em expressões excessivamente singelas (muitas vezes tornam-se lúgubres) faz com que os olhares busquem mais vida em outras faces.

Não nos iludamos. No entanto, o grande trunfo daqueles que se antepõem as falhas é a aptidão tempestiva em corrigi-las. Nesse aspecto não devemos nutrir qualquer sentimento negativo de que essas candidatas não farão seus papeis de maneira condizente. É de se crer que chegarão com maturidade arraigada. Isso é previsível, tanto pelo potencial de cada uma, como pelo empenho demonstrado pelos profissionais que as conduzem nos respectivos estados.

Do outro lado da moeda, ou nos polos-frígidos, seguirão desmotivados os demais estados cujas misses ainda não atingiram a metade do “reinado” de 2013. Para estes, as calamidades serão sempre em menor grau, pois, felizmente manter-se-ão em sono profundo, a sonhar com uma vitória que jamais virá.

Em outras vertentes, especialmente o Miss Mundo Brasil – MMB, ensaiou-se um leve ajustamento de conduta, no entanto, 2013 nem havia se despedido, constatou-se que não predispomos de um calendário anual sério.

Com tanta inconstância predizer onde querem chegar é tarefa impossível – e nem é o que se busca. Talvez queiram alcançar muitos lugares ao mesmo tempo ou lugar nenhum. Mas, é totalmente possível afirmarmos com propriedade: a direção desses navegantes ainda precisa de ajustes, a qual será verdadeira e precisa, se e somente se, o dono-da-bússola abdicar dos costumeiros reparos paliativos e partir para um conserto definitivo.

E qual seria a direção norte nessas águas turbulentas? Perguntemos às coordenações do Amazonas e Rio Grande do Sul.
* mundo dos concursos de miss

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