sexta-feira, 30 de agosto de 2013

MUB/13 - As máscaras de uma miss... e quando setembro chegar...

Há quase um ano o Brasil presenciou uma cena constrangedora no palco do Miss Universo Brasil. As candidatas, além da amarga desclassificação sumária, foram “obrigadas” a digerir a derrota, retornando ao palco do evento, ao vivo e em rede nacional, atrás de máscaras – diga-se – artefatos bem característicos e condizentes com alguns mandatários-miss’ológicos. Já em relação às candidatas, a lógica talvez não se aplique na sua integralidade.

É inconcebível convocar jovens e suas equipes, familiares e amigos a participar de um evento de tamanho porte, e menosprezá-las de forma tão crassa e grosseira. Naquela feita a sensação foi vexatória, sentimento que se renova a cada vez que assistimos tais cenas.

Não-classificadas lá atrás... mascaradas.
Erraram os donatários-miss’ológicos quando acataram uma preliminar restrita e limitada a apenas 10 (dez) classificações. Em um time de 27 belas candidatas, preterir mais da metade a apresentar ao público o trabalho desenvolvido em seu Estado é no mínimo desrespeitoso e suspeito. Insistiram no erro, posteriormente, ao humilhá-las com máscaras-fixas, tudo em nome de uma encenação de época. Encenação essa que bem melhor seria aproveitada se fossem as máscaras dotadas de hastes-de-punho.

Em 2013, às portas do fim do ciclo 2012, questionamos quais serão os erros mais aparentes. Aqueles que são totalmente previsíveis, mas que, por ação ou omissão ocorrem para a frustração de todos. Em outras palavras, ninguém faz o menor esforço para combatê-los.

Especulações dão conta de que, equívocos tais como o famigerado Top10 serão extintos da primeira eliminatória, retornando o Top15, para fazer o mínimo de justiça. E isso, nem de longe torna o evento anti-dinâmico.

Dinâmica não se faz cortando candidatas com potencial. O dinamismo, tanto em um evento, como em qualquer nuance que se queira apresentar, somente terá efeito (positivo) se rondar todos os aspectos do evento, a começar pela apresentação e, principalmente por ela.

Quem faz o dinamismo é uma direção séria, coerente e adequada ao objetivo real; é escalar apresentadores que tenham disponibilidade para treinar exaustivamente; que tenham compromisso em desempenhar uma atuação sadia, com amor à profissão e respeito ao público. Implementar dinamismo é saber o que se vai falar e falar com precisão o que se deve, e não tecer comentários desconexos e desnecessários, na vã tentativa de ser engraçado.

Dinamismo também é, ao final, encontrarmos vencedores e “perdedores, mas todos satisfeitos – o mínimo que seja – conscientes do trabalho que desenvolveram; é também saber ouvir; ouvir tudo e todos e ter a sabedoria de filtrar aquilo que de fato é benéfico; ainda, é absorver boas ideias, corrigir eventuais erros, ter a humildade em admitir que de fato não somos uma ilha; que dependemos de terceiros para ser o que somos ou aquilo que queremos ser.

Os passos de uma miss (Brasil?)

Nesse pequeno intervalo de tempo, é perceptível que os “condutores” do Miss Universo Brasil (ou novo MUB?) tem difundido propósitos mais adequados. Isso não quer dizer que devam ser perenes, mas para quem não conseguia distinguir um rato de um cavalo nesse túnel escuro, as expectativas caminham para um patamar mediano, regular.

Para termos essa torre (que é o MUB) firme e livre da ruína é necessário termos uma base de sustentação erguida com meterial-de-primeira. Sabe-se que muito material descartável ainda compõe essa estrutura, todavia, fazendo continuamente os reparos – ainda que pontuais – alicerçando com o aval e supervisão de uma engenharia-competente, é possível sim, a cada ano, termos muitas razões para nos orgulhar.

Ao final de tudo, vão-se as máscaras, as eliminações em massa (será?)... Vem a satisfação, ainda que ausente a vitória máxima, mas com aquele saboroso gostinho do dever cumprido... Ao menos são assim acalentados os nossos sonhos.

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