Alguns informes nos dão conta que Sílvio
Santos estaria enamorado
com a possibilidade de readquirir os direitos do Miss (Universo) Brasil. Essa
ideia tem ganhado força desde que o dono do SBT passou a apresentar, em série, as misses do Brasil, em seu programa
dominical.
De fato, se observarmos o teor das
conversas entre o
apresentador e as misses convidadas fica claro o direcionamento adotado. Em
todos os casos e para todos os encontros, os
questionamentos às misses rondaram por um ambiente comum: prêmios
auferidos, custos e despesas, e ações realizadas durante o ano de “reinado”,
dentre outros, por óbvio.
Pode ser apenas mais uma forma de Sílvio
Santos resgatar os
esquecidos, como tão bem faz e faz sempre, com cantores e demais artistas de
outras épocas. Frisemos, nenhuma outra televisão
brasileira demonstra interesse em valorizar personalidades do passado; mas,
para aqueles que palmilham nos caminhos do mundo-paralelo1 é possível vislumbrar
o prenúncio ou a pavimentação do retorno da franquia do concurso ao SBT.
Daquelas conversas de palco conduzidas sob
o aspecto da informalidade é possível inferir algumas nuances nas entrelinhas. Qual seria o custo
real de se ter e manter um miss, atualmente? Isso porque as perguntas-chave, em
todos os casos, pairam em “você ganhou premio”?
“o que você recebeu”? “você recebeu dinheiro (salário)”?. Indagações dessa natureza nos levam a crer
que o “patrão” estaria colhendo informações com as próprias misses, para,
quem sabe, decidir pela viabilidade de resgatar o mais tradicional certame do
Brasil.
Se compararmos o direcionamento das
entrevistas, desde a
participação de Melissa Gurgel, até Catharina Choi Nunes, com as duas últimas
duplas, Natália e Renata e, especialmente, Gabriela Markus e Jakelyne Oliveira,
fica em evidência uma conversa bem mais consistente,
portanto, séria.
Por
outro lado, pode ter havido na
manutenção dessa série, uma sutil forma de retratação, ou seja, adotar o tratamento
respeitoso, especialmente pelo fato do
apresentador ter espezinhado2, dias antes, as representantes do segmento
mundo. Mas, devemos ressaltar que estamos andando sobre uma cortina de ideias onde os fatos são separados do “achismos”,
por uma linha tênue.
A verdade é uma só. Mesmo que a aquisição dos direitos do
Miss (Universo) Brasil não esteja nos planos de Sílvio Santos, o espaço dado a essas mulheres – imortalizadas em seus respectivos anos
– além de uma obrigação (que deveria ser da Band), vai além, é uma demonstração de respeito pelo título
que cada uma detém e pouquíssimos valorizam.
Agora, se de fato os desejos, que viraram
boatos, que tornaram-se
informes, materializarem-se em uma feliz realidade – “a franquia agora é do SBT”
– teremos muitas razões para comemorar, no entanto, só valerá o esforço se o recomeço começar da estaca zero e todos os
ratos, disfarçados de capitães forem banidos da Nau principal, definitivamente.
Até chegarmos a um patamar decente ou navegar por águas tranquilas, a espera
paciente é o nosso único recurso visível, portanto factível… e, claro, torcer por dias melhores e ventos brandos que
nos favoreçam, enquanto público sonhador.
1. Mundo dos concursos de beleza;
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