sexta-feira, 15 de maio de 2015

Concursos de beleza e a organização desorganizada

Quando buscamos respostas, dificilmente não as encontramos. No mundo-paralelo não é diferente. É bem verdade,  também,  que nem sempre elas suprirão as expectativas daqueles que as fazem.

Chegamos a um estágio de calhordice tão elevado que muitos órgãos e/ou organismos nem sequer dão-se ao trabalho de justificar certos atos.

Recentemente,  a Band/Enter, detentora da franquia Miss Universo no Brasil veio a público tornar sem efeito a eleição estadual da representante de Sergipe. Conforme já falamos aqui no Blog, o evento em Sergipe apresentou um rito de mau-caratismo tão gritante que foi impossível a ordem nacional permanecer inerte, fingindo desconhecimento;  atitude,  aliás, corriqueira no Brasil.

Estranhamente,  essa mesma Band/Enter tem se mantido estática (ou apática) diante do não menos vergonhoso certame amazonense, agindo como se nada de podre tivesse acontecido naquela fatídica noite manauara.

É impensável imaginar que numa organização de certame de beleza existam pessoas agindo nos bastidores a aliciar moças à andar por caminhos tortos. Acreditamos ou queremos acreditar que, atualmente, no organismo nacional não haja espaço para cafetinas e cafetões. Frisemos, são alegações de uma ex-miss e do próprio coordenador-corrupto sergipano, que, inclusive explicita em gravação de áudio, os meandros espúrios que envolvem um título de miss no Brasil.

Seja a prática de aliciamento,  seja de favorecimento e compra de título,  a ilegalidade reinará, sombriamente, em ambas as situações a podar os sonhos daqueles que não compactuam com tais práticas e almejam pretensões sadias.

A partir de 2012, quando a Band decidiu abraçar o Miss (Universo) Brasil, foi ou tem sido possível encontrar acertos; ou ao menos uma diminuição de erros e amadorismo. Em alguns momentos eles são de fácil percepção,  para os dois lados, do bem e do mal: Miss Sergipe 2015 invalidado (bem) e miss Amazonas 2015, mantido (mal). Houve então o equilíbrio, muito dirão. Não, não nesse contexto.

O que se espera da Organização Nacional (a atual, da Band) é sempre um posicionamento que venha justificar tomadas de decisão.  Não que seja uma condição obrigatória,  mas tão somente a prática de atos transparentes que informe ao público que ele está acompanhando um evento sério. Ainda que ratifique o ocorrido no Amazonas.

É possível que a Band/Enter esteja empenhada em moralizar o Miss (Universo) Brasil nos estados. Clamamos por isso! No entanto, cairia bem intensificar mais as ações para coibir desde pequenos atos, até acusações escandalosas de prostituição, como aquelas que foram feitas à "gestão" anterior. 

Após anos e anos, emprestando sua imagem e prestígio à Organização Miss (Universo) Brasil, e se limitando a assistir a uma escalada de tropeços e escândalos, talvez é chegada a hora de a Band/Enter promover uma desratização nos porões do Miss Brasil.

Somente uma atitude drástica resgataria um pouco do prestígio e simbologia do Miss Brasil, algo impossível de acontecer, conforme proclamou uma cética Adalgisa Colombo, ao ser indagada sobre o futuro da Organização, no Brasil.

Teria a inesquecível Colombo exagerado no prognóstico? Cremos que não. No entanto, a Band/Enter e o tempo serão os protagonistas daqui em diante.

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