Bons ventos hão de soprar sobre o
universo-paralelo tupiniquim. Uma brisa suave já começou a varrer os
entraves poluentes que faziam/fazem morada na mente de alguns
manda-chuvas. O preocupante é que a sabedoria popular afirma que uma
tempestade sempre se forma após uma breve calmaria. Ainda assim, havemos
de torcer para que o “tinho” informal do povo não se concretize; não nesse
caso, em especial.
Atentemos que a calmaria, no que se refere
ao mínimo empenho, sempre foi evento reinante nos certames brasileiros. Quando
olhamos com mais tenacidade numa busca por respostas, percebemos que, de
fato, não é possível ver algo concreto. Não é possível, por exemplo,
saber qual a real finalidade desses concursos no Brasil; não é visível
qual a causa defendida; não é possível se identificar o campo de
atuação das escolhidas e, menos ainda, perceber se há uma equipe de
suporte nos bastidores.
No segmento World essa visão mostra-se bem menos
embaçada. Ali é palpável certo empenho e existe um corpo profissional
dando suporte atrás das cortinas. Se não é real, na melhor das hipóteses, nos remete
à ilusão de que há uma empresa e profissionais a trabalhar. É um acalanto.
A parte universal é que nos têm deixado apreensivos,
temerosos e muitas vezes céticos a tal ponto que alguns admiradores
tornam-se ex-fãs, por crer não ser possível um "endireitamento".
Talvez um posicionamento mais radical não seja a solução – e não é. Mas,
porque alguém seria fiel a uma causa se essa causa não demonstra o
mínimo empenho em manter seus adeptos pela transparência de seus atos? Onde
há o pensamento livre, o lema é: ou caminhamos juntos com ideias claras
ou, discordando, rompemos a buscar quem as tenham.
Um dos erros mais grosseiros que se percebe
é a manutenção da ideia de se moldar uma mulher para ser miss Universo
(MU); de fato, grosso modo, não há mal nisso. Os malefícios e as derrotas
reinam porque “eles” esquecem que antes de ser uma miss Universo, a dona
precisa, necessariamente, ser a Miss Universo Brasil (MUB). Como é possível se “forjar”
uma MU se continuarmos a ter uma MUB mal assessorada e sem
aperfeiçoamento? Uma candidata eleita sem condições nem tempo de
preparação não será, nem sequer uma boa MUB, que dirá uma MU.
A resposta a esses questionamentos é dada a
cada ano no evento internacional do qual participamos. Os “experts”, do alto
de sua presunção, determinam que a candidata está-pronta; aí chegam à concorrência
internacional e as deficiências manifestam-se; é comunicabilidade precária;
é excesso de peso; é vestimenta equivocada; é descontentamento com o título; é
insegurança vocal; é fobia de palco e pessoas; é insubordinação por revolta.
Isso para citar alguns pontos podres. Convém lembrar que todos os fatores
citados são siameses (entre si).
O ponto crucial é a tal sustentação oral e o
preparo psicológico. Dos poucos eventos que tivemos figurantes brasileiras
habilitadas às respostas finais, em todos (exceto MU2011), elas mostraram fraqueza
de sustentação oral e psicológica.
Coragem - o cão covarde! |
Não é justo pegar essas jovens,
por mais que sejam preparadas nos estados de origem, elegê-las MUB e, em no
máximo dois meses, jogá-las no palco de um certame internacional e
esperar que vençam por milagre. Mudanças tão bruscas em tão pouco tempo,
nem o mais preparado dos cérebros conseguem adaptar-se; imagina-se o
turbilhão que envolve essas pobres jovens, na maioria, ainda sonhadoras.
O que pretendemos é o mínimo necessário.
Que seja feita eleição clara e tempestiva; que elas (as jovens) venham preparadas
previamente para sonhar com o título nacional maior, mas que seja
disponibilizado a vencedora o tempo de aperfeiçoamento adequado para
buscar maiores sonhos.
Da forma com tem sido feito, certamente ainda teremos muitas derrotas pessoais, inclusive, que poderiam ser evitadas – como ocorreu em 2010.
Nesse universo miss'ológico tropical, as conchas continuam vedadas – haverá pérola ou apenas lama dentro delas? Seria o temor do conteúdo interno que predispõe o silêncio?...
Da forma com tem sido feito, certamente ainda teremos muitas derrotas pessoais, inclusive, que poderiam ser evitadas – como ocorreu em 2010.
Nesse universo miss'ológico tropical, as conchas continuam vedadas – haverá pérola ou apenas lama dentro delas? Seria o temor do conteúdo interno que predispõe o silêncio?...
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