Colisões de ideias sempre existiram e, felizmente,
sempre existirão. Onde elas inexistem ou são suprimidas à força, emerge o
totalitarismo e todas as truculências advindas. Felizmente, em nossas
ensolaradas terras, vencemos tais barreiras. A geração passada sacrificou
muitos sonhos, ditos menores, em nome daqueles mais pomposos, consistentes,
portanto, duradouros.
Repressão militar no Brasil - um período sombrio e tenebroso rompido pela vontade de não apenas viver, MAS EXISTIR plenamente.
Nos dias atuais, podemos dizer que colhemos os
louros oriundos das lutas passadas. Mas, isso nem de longe quer dizer que a
geração atual deva ser transviada e irresponsável. Precisamos preservar as
duras conquistas e buscar agregar força para chegarmos sempre a uma posição
mais favorável.
Recentemente, tomamos conhecimento de alguns
informes aqui no universo-paralelo (não menos importante que o outro universo)
de mais evidências sobre a efetividade de a bússola do Miss Universo Brasil - MUB vir a guiar os
navegantes, de fato, para o norte. Claro que tudo está sendo feito às escuras
de maneira muito acanhada, mas convenhamos, são mudanças. Elas sempre requer
parcimônia.
Outro ponto importante e o ponto central é a
possível participação de um “moço” em certame estadual e por consequência, nacional.
Explica-se: surgiu um informe dando conta de que um transexual concorreria ao miss Distrito Federal.

Nas ditaduras, as mudanças se dão pelo choque da
imposição, nas democracias pelos debates ideológicos, pela colisão de
pensamento e pela inclusão dos ditos “desiguais”. Caso seja confirmada (e
aceita) a participação da pretensa-aspirante, teremos mais uma prova de que
começamos a romper as paredes de mais uma casta-encasulada que ao longo dos
anos insistimos em fingir inexistência.
Ao contrário da nossa percepção, as castas existem
imbuídas em seus muitos disfarces. Felizmente, nunca experimentamos o sabor
real dessa famigerada e doente ideologia em sua plenitude, contudo, minúsculas
segregações existem e devem ser combatidas, pois o efeito delas em maior ou
menor escala é o mesmo. Quem o Homem pensa que é pra forjar uma pirâmide e determinar nela a posição de cada um?
Não obstante às lutas acirradas vigentes, aí está
mais uma guerra que não será fácil vencer, mas, nem por isso pode ser considerada
uma batalha perdida.
Discordar é ato de foro íntimo; criticar (com responsabilidade) é uma maneira de expressar a liberdade; mas, o respeito é o alicerce onde tudo se sustenta. Posicionar-se contra ou a favor não implica, necessariamente, ser homofóbico ou não. O diferencial é o grau de racionalidade utilizado para se defender cada ponto de vista. Soma-se isso a capacidade de se absorver críticas e olhá-las sem achar que o mundo conspira contra aquilo que se defende.
Discordar é ato de foro íntimo; criticar (com responsabilidade) é uma maneira de expressar a liberdade; mas, o respeito é o alicerce onde tudo se sustenta. Posicionar-se contra ou a favor não implica, necessariamente, ser homofóbico ou não. O diferencial é o grau de racionalidade utilizado para se defender cada ponto de vista. Soma-se isso a capacidade de se absorver críticas e olhá-las sem achar que o mundo conspira contra aquilo que se defende.
Por último, da
mesma forma que muitos se opuseram e desacreditaram em nossa liberdade vigente,
haverão insurgentes ferrenhos para tais casos. Muitos se oporão, mas o resistente
de hoje pode vir a tornar-se em herói amanhã.
Pessoalmente, tenho a convicção formada de que elas
jamais serão mulheres, mas convicção cada um tem a sua (isso é DEMOCRACIA), ademais, enfrentar
reprovações e polêmicas nunca foi nem será razão para se desistir de uma meta,
de um alvo lícito e sadio. Nem o é, também, a questão da sexualidade ou a do gênero.
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