Após
muita súplica de parte dos admiradores do Miss (Universo) Brasil, eis que o Olimpo
ouviu e determinou mudanças necessárias. Não é de hoje que se percebe que o
conceito do “ser miss”, como tudo no mundo, sofreu alterações. Agora, não mais é
possível conceber a ideia da miss princesinha de cândida beleza; não é sensato,
nem inteligente eleger uma mulher miss Brasil dentro de um padrão de beleza
cultuado nos anos 60.
O Miss
(Universo) Brasil 2015, deu uma pequena amostra de qual o caminho deve seguir
daqui em diante. O certame deu sinais de que o mundo da moda deverá entrar para
valer no mundo-miss e nele fazer morada. Veio tarde, mas antes tarde que nunca.
Muitos
saudosistas ainda esperneiam, afirmando que miss e modelo são mundos distintos;
que não toleram misses desfilando com cara amarrada de modelo de passarela.
Mas, modelos de passarela também desfilam sorrindo assim como misses não devem
ser espezinhadas por desfilar sérias. Vai depender do trabalho, do tema
abordado, da situação, do momento. Radicalizar mundos e ideias é que nos leva a
pensar a realidade sob um único ponto de vista e não nos permite vislumbrar novos
horizontes, compartilhar ideias e aglutinar ao novo o velho, sem danificar
nenhum dos dois.
Qual problema em ser alta, magra, bela e ousada?
Embora
nem toda modelo competente tenha capacidade para ser uma miss completa; todas
as misses precisam, necessariamente, agregar os atributos de uma modelo,
especialmente por se perceber hoje, que os concursos visam outros campos de
atuação além da beleza com propósito, da paz mundial e de aprender a acenar o “tchauzinho”
singelo e doce.
O mundo
mudou e continua a mudar… é assim que gira a roda da existência. Uma organização
miss'ológica, é e deve ser, antes de qualquer coisa, uma empresa, um grupo financeiro
que tem empregados, gastos, e, portanto necessita agregar lucro, fazer
trabalhos que visem também ganho material.
Poucos são os setores econômicos que passam décadas isentos dos solavancos das
crises; dentre aqueles que já demonstraram resistência às intempéries a maioria está atrelado à moda, à estética. Em todos os lugares, em qualquer tempo,
sempre haverá consumidor para suprir a necessidade de ganhos. A moda não morre,
reinventa-se; os procedimentos estéticos são aperfeiçoados e o bem-estar do ser humano
está intimamente ligado à boa aparência, mas não somente a isso, por óbvio. Portanto, é um setor inesgotável e ser
explorado.
Os tempos são outros... |
Vemos
com grandes expectativas regadas a esperança, essa nova roupagem que ora se
percebe na organização do miss Brasil. O evento mostrou-se dinâmico e
atrativo, embora alguns pontos desnecessários tenham sido mantidos, quem sabe,
por falta de um plano tempestivo dada a corrida para a realização antes do
miss Universo, apenas um mês adiante (20 de dezembro).
Em 2016,
imagina-se um calendário mais planejado. Indicações ou eleições estaduais
supervisionadas de perto pelo cedente, para assim, se evitar ao máximo, as
arruaças dos últimos anos e, em especial, deste ano de 2015.
A
aglutinação dos dois mundos – das modelos e das misses – foi uma atitude
simples e ousada que deu certo e apesar do curto prazo de organização provou
que é o caminho a ser seguido, pois o mundo-paralelo1, como todos os mundos, deve
seguir sua trilha evolutiva rumo a modernidade.
Que 2016
seja, ainda, muito melhor!…
1. mundo dos concursos de beleza
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