Não é de hoje que sabemos da
impossibilidade de se agradar a todos. No mundo-paralelo a incidência dessa máxima é constante, ano após ano. E não poderia ser diferente, tendo em
vista que o alvo principal nesse universo é a beleza e suas nuances.
Quando falamos do Miss Universo, o principal concurso de beleza da
atualidade, os ânimos e as críticas entram
em ebulição. Já em 2012, foi estarrecedor o resultado com a eleição da
apática Olivia Culpo. Desengonçada e
destoante, ela conquistou, por milagre oculto, os jurados e venceu por um
mérito impossível de ser aferido, mesmo após se ver e rever o certame.
Sempre que ocorrem fatos assim, o público anseia pelo ano vindouro na
esperança de que ocorra uma retratação; que
a banca julgadora seja mais feliz na escolha da substituta. Em 2013,
infelizmente, as expectativas foram frustradas, solapadas em sarjeta indecorosa. Novamente, a Organização do Miss
Universo demonstrou um alto índice de
fisiologismo impregnado em suas ações.
Muitos afirmam que há nuances que o
telespectador não consegue perceber e que eventuais vitórias, como a da venezuelana em 2013, são explicadas pela condição privilegiada
da banca de julgadores, frente ao palco. Com a tecnologia que temos hoje e
a qualidade das transmissões, havemos de
crer que tais argumentos não se sustentam. Assim, podemos afirmar com toda
segurança que, por beleza e mérito, a noite de 09 de novembro de 2013, no
Crocus Hall, em Moscou, foi da miss
Equador, Constanza Baez.
Outro momento discutível para alguns, foi a preterição da miss Grã Bretanha ao
Top5. A apresentação sex da candidata
encheu muitos olhos, mas esqueceram de
dosar, especialmente na exposição de gala. O exagero tomou conta e foi-se o sonho da britânica envolto numa
performance de dama de cabaré. Por essa linha de visão errou a candidata e
acertaram os jurados ao ignorá-la para o Top5, contudo, fora mais forte que a fraca filipina.
Pelo desempenho naquela noite, especialmente após a formação do Top5, a equatoriana sobressaiu-se melhor em todos
os quesitos. Não bastasse o desempenho de palco, a contestação fora a mais adequada e segura.
Pelo que
nos foi apresentado, teríamos um Top3
com Brasil, Espanha e Equador, sendo a equatoriana a miss Universo 2013, por mérito pleno.
Não sejamos ingênuos. Para o público, vale a capacidade, a
beleza e o mérito da candidata. Já para
as organizações os valores podem ser outros, por isso levantamos a hipótese
da predominância do fisiologismo em eventos dessa natureza.
Diante de tudo que presenciamos ano após
ano, o mais viável a
fazermos enquanto público é apreciar as verdadeiras
belezas enquanto elas estão no foco dos holofotes do evento (como Equador,
Brasil e Espanha 2013). Enquanto do lado
de lá, os donatários curtem suas escolhidas da forma que lhes é pertinente.
Aí,
somos tentados a questionar: quem será a
miss Equador 2013 no miss Universo 2014?
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