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Não é porque saiu de um ovo que deve ser um pinto. |
Hoje é difícil falar do Miss Brasil. Alguns argumentam que Miss Brasil só tem
um. Aquele tradicional que dá direito a
eleita a participar do Miss Universo. Esses, não admitem, jamais, que se
ouse dizer que há outros Misses Brasil.
Ocorre, para desespero desses mesmos “alguns”, que muitas vezes queremos falar do Miss
Brasil, que não o Universo. É Verdade. Saibamos
todos que existem outros, e inúmeros outros segmentos de concursos de beleza
no Mundo, portanto, no Brasil. Logo, ser
Miss Brasil, no Brasil (óbvio) não significa apenas Miss Brasil-oficial
(Universo).
Tão tradicional no mundo, talvez até mais (no entanto, arcaico) é o Miss World. E
por terras-tupiniquins faz tempo que a Miss Brasil eleita (em eleição única) não
ganha o passaporte para representar o País nos dois certames – Universe e World.
Em um período remoto, lá em passado longínquo,
isso já ocorreu, mas hoje as modalidades-miss’ológicas encontram-se tão antagônicas o quanto é o óleo quando misturado em agá-dois-ó
– vulgo - água.
Separados e inimigos-capitais, as misses Brasil
Universe e World, jamais participam de um mesmo evento. Dramático, não? Muitos ficarão tentados a taxar
tal afirmação de, no mínimo, exagerada. O
que nos instiga a ir mais longe: quantas vezes as misses do Brasil (Universo
e Mundo) já foram vistas juntas, em público, apoiando qualquer que fosse a
causa social, política, ou participando de qualquer que fosse o evento ligado à
moda? Pois é. A resposta a tal pergunta dispensa
maiores esforços ortográficos.
Para piorar,
ainda no cenário de modalidades
independentes, temos o Miss Terra Brasil e o recém-criado Miss Brasil
Supranacional, este que elegerá sua primeira soberana em 01 de maio de 2014
(claro, se não houver manifestações populares que impeçam o feito). Como
podemos inferir, todos eles licenciados
pelas respectivas organizações internacionais.
Pois
bem. Temos as Organizações
internacionais mais notórias (fiquei tentado a escrever “notáveis” – felizmente percebi a tempo
o erro crasso), quais sejam: Miss Universe – o dinâmico (e obscuro); Miss World – o arcaico
(e solidário); Miss Earth – o corrupto (e ambientalmente correto?); e agora o
Supranational – o indefinível (e jovem). Temos
também uma representante brasileira eleita de maneira independente para
cada um, logo, não seria prudente fincarmos a bandeira de um único Miss Brasil; um único Miss Brasil oficial.
Restou
bem claro agora, que o “ser oficial” não
deve se restringir ao tempo de realização do certame e sim à forma como ele é
realizado; ou mesmo à sua vinculação à Organização internacional. Oficiais
todos serão dentro da respectiva modalidade. Vendo pelo ângulo apresentado,
fica bem mais fácil não confundirmos oficial
com tradicional.
O tradicionalismo pode advir do tempo, já quanto ao “status” de oficial, a
recíproca não é, necessariamente, verdadeira. Para tanto estar vinculado a um segmento distinto e realizar a sua eleição
independente, já explicita a qualificação de oficial; ou ao menos deveria.
Por último, sejam os títulos de Miss
Brasil – Terra, Universo,
World ou Supranacional – é desnecessário
atribuí-los o termo “oficial”, posto que todos o são desde o nascedouro. Assim sendo, a briga fica por conta da pergunta: quem é o (mais) tradicional?
Melhor
pararmos por aqui.
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